Transporte de cargas pede nova logística
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A promoção de encontros como o organizado recentemente pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) da Bahia é uma das estratégias possíveis para mobilização de recursos visando viabilizar um plano de escoamento de cargas produzidas no estado.
A avaliação partiu de especialistas em logística, preocupados com as dificuldades enfrentadas pelas empresas e investidores para transportar o minério e os grãos, entre outros produtos, desde as regiões onde são produzidos.
Segundo ficou demonstrado, cargas há, como são os exemplos da soja, do milho e do algodão vindos do Oeste de caminhão para o Porto de Aratu.
Também a produção de papel desce para Vitória, no Espírito Santo, porque falta ferrovia para levar os contêineres para os 11 portos disponíveis no litoral baiano, o maior do Brasil.
-É preciso um estudo para saber o custo que a VLI Vale terá para devolver ao estado brasileiro a Ferrovia Centro Atlântica funcionando como foi entregue”, propôs o ex-presidente da Companhia Bahiana de Pesquisa Mineral, Antonio Carlos Marcial Tramm, um dos entusiastas de um projeto de logística para o desenvolvimento da economia e atração de novos investimentos.
Para Tramm, é possível verificar o abandono de locomotivas e vagões, para ele, um fato inaceitável e capaz de produzir indignação da sociedade civil.
A mobilização de lideranças empresariais pode ser decisiva, na avaliação do gestor público, no sentido de contribuir para evitar o “isolamento logístico” do estado.
A Bahia pode utilizar-se do Oceano Atlântico para transportar as riquezas, no entanto, a indefinição acerca da linha férrea permite projeções provisórias e incertas.
Indígenas relembrados
Desenterrar as “ossadas” simbólicas e ancestrais dos paneleiros-mongoyós, indigenas vítimados por chacina antecedente à fundação do município de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, é um dos objetivos do quilombo artístico Sertão Sankofa, entre os dias 18 e 21 de outubro. Os indígenas vão “ressuscitar”, no trabalho liderado por uma das descendentes do povo covardemente traído, a multiartista Dani de Iracema. O projeto destaca o solo de dança “Memórias imaginadas das terras por onde andei”, no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, com diversas apresentações de outras linguagens artísticas.