CORONAVÍRUS
Semana começa sem máscara obrigatória em Salvador
A peça de proteção ainda será exigida em transportes públicos, e seus terminais, e nas unidades de saúde
Por GABRIELA CRUZ*

Na véspera da liberação do uso de máscaras em locais abertos, a praia da Barra estava lotada e com pouca utilização de máscara do calçadão. A partir de hoje, o uso do acessório de proteção em locais abertos é facultativo para a população baiana, devido à diminuição constante do número de casos de Covid-19 e da taxa de ocupação de leitos.
No sábado, o governador Rui Costa assinou o decreto Nº 21.247 que torna facultativo, a partir de hoje, o uso de máscaras em lugares ao ar livre, com ventilação natural, respeitado o distanciamento social adequado e os protocolos sanitários estabelecidos. A decisão foi tomada após o parecer técnico da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e, em seu instagram, Rui defendeu a vacinação: “Vacinar é o grande remédio, a grande solução para a gente mandar embora de vez esse vírus”.
O último Boletim Epidemiológico da Sesab registra 1.328 casos ativos de Covid-19 na Bahia, com 67 novos casos e 3 óbitos em 24 horas. A taxa de ocupação de leitos clínicos adultos está em 12% e os pediátricos em 64%; já quanto à ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a adulta está em 15% e a pediátrica em 91%. Em Salvador, a taxa de UTI adulta está em 22% e a pediátrica em 33%.
Pedro de Jesus, pintor automotivo e morador da Barra, afirma que há muito tempo as pessoas não utilizam máscara no bairro. “Eu vou continuar usando a minha, vejo que poucas pessoas utilizam e me sinto mais seguro com a máscara”, afirma. Apesar da faixa de areia estar bem cheia, o calçadão da Barra tinha pouco movimento na tarde de ontem.
Para o médico infectologista Adriano Oliveira, retirar a obrigatoriedade das máscaras no cenário atual não é um perigo. “Com a queda de casos, internações e óbitos, é um momento seguro para este decreto porque há baixa circulação do vírus na população. Essas medidas não devem ser suspensas de um vez só. O ideal é ir experimentando e observando as consequências das medidas que foram desfeitas e estudando as próximas até eliminarmos todas”, tranquiliza.
Segundo o médico, a retirada total de máscaras está próxima. “Precisamos de pelo menos duas semanas para uma total retirada de máscaras, pois é preciso ter cautela. A possibilidade dessas medidas serem reintroduzidas existe, provavelmente vamos ter momentos onde as precauções serão máximas e outros que serão mais tranquilas”, analisa Adriano.
Permanência
O uso de máscaras de proteção contra o coronavírus segue obrigatório nos transportes públicos, a exemplo de trens, metrô, ônibus, lancha e ferry boat, e seus respectivos locais de acesso, como estações de embarque; hospitais e demais unidades de saúde, como clínicas, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e farmácias; shopping centers, bares e restaurantes; teatros, cinemas e museus; igrejas e outros templos religiosos; escolas e universidades.
Permanece obrigatório o uso de máscaras, ainda que em lugares ao ar livre, quando o cidadão estiver em filas de atendimento de serviços públicos ou privados; em ruas que funcionam como corredores comerciais e em outros lugares com características semelhantes, com intensa interação entre pessoas, a exemplo de feiras livres. O decreto recomenda que idosos, imunossuprimidos e gestantes, ainda que vacinados contra o coronavírus, mantenham o uso de máscaras como garantia de proteção.
*Sob supervisão do jornalista Luiz Lasserre
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes