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CULTURA

Cachaça é pior que maconha, diz Mano Brown

Por Agencia Estado

25/09/2007 - 13:03 h

Mano Brown, líder dos Racionais MCs e um dos rappers mais importantes do cenário musical brasileiro, disse ontem em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, que a cachaça faz mais mal que a maconha. "O que faz mais mal? Cachaça ou maconha? A cachaça", afirmou. "Esses caras (da indústria de bebida alcoólica) não vão presos porque não são pretos, nem pobres". Ao falar em drogas, ele disse também que era difícil usar a palavra traficante "porque muitas vezes são caras que estão do seu lado", e preferiu o termo "comerciante".

Durante 1h30 de programa, ontem à noite, Brown manteve o discurso sobre os problemas da vida da periferia, "que grande parte da sociedade não enxerga", mas foi pouco provocado sobre temas como a violência policial. Brown manteve a posição - explicitada em suas músicas - de considerar a polícia como inimiga nas áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos. E essa constatação, disse o rapper, vem da infância, antes mesmo de começar a compor suas letras. "Desde que nasci já me falavam: fica longe de polícia. Eles não gostam de nós", declarou o rapper.

Mesmo ao comentar esse assunto, não foi explorado o incidente ocorrido durante o show dos Racionais na última edição da Virada Cultural, promovida pela prefeitura de São Paulo em maio deste ano, quando fãs do grupo e policiais entraram em confronto nas ruas do Centro de São Paulo. Nenhum dos entrevistadores aprofundou o debate sobre o confronto "periferia/polícia".

Racionais

Os Racionais MCs surgiram no início dos anos 90. Com o sucesso de "Sobrevivendo no Inferno", de 1998, o grupo alcançou o sucesso, vendeu milhares de discos e chegou às classes mais altas. Morador do Capão Redondo, na região do Campo Limpo, em São Paulo, Mano Brown aponta que a realidade hoje é diferente em seu bairro. E que seria "cego de não perceber as mudanças". No entanto, ponderou: "Foram bem menos (significativas) do que deveria". A pergunta sobre política foi inevitável. Afinal, o que pensa Mano Brown da condução do governo Lula? "Gosto do Lula e o apóio, mas não espero nenhum benefício do PT", rebateu.

Mano Brown disse, ainda, não querer o fardo de ser "líder". "Não admito ser exemplo de ninguém. Só falo o que acho e sinto. Nunca disse que tenho um discurso", pontuou. Em clima amistoso, respondeu a última pergunta sobre se ele era "paz e amor". "Não. Eu sonho com paz e amor, mas a vida não é assim".

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