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EXPOSIÇÃO

Mostra e livro mantêm vivas memória e obra de Pierre Verger

Por Caroline Magalhães*

17/07/2018 - 14:03 h | Atualizada em 21/01/2021 - 0:00
As fotografias exploram a religião no Velho e no Novo Mundo, África e América
As fotografias exploram a religião no Velho e no Novo Mundo, África e América -

Fotógrafo, antropólogo e, principalmente, um curioso: Pierre Fatumbi Verger foi uma figura importantíssima para a pesquisa e o registro das culturas africanas e afro-brasileiras. Em mais de 40 anos de trabalho, o francês criou um patrimônio imagético inestimável, fruto de suas viagens pelo mundo.

Neste tarça-feira, 17, o público soteropolitano poderá relembrar uma parte deste acervo: o livro Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo, publicado pela primeira vez no Brasil em 1981 (Editora Corrupio), foi reeditado e será relançado em um evento na Paulo Darzé Galeria, às 19h. Além do livro, a noite terá a abertura da exposição fotográfica Entre Bahia e África, com fotos de Verger.

Na nova edição, feita pela Fundação Pierre Verger, o livro manteve um conteúdo quase idêntico ao original (com apenas três fotos inéditas), mas sua identidade visual foi remodelada pelo designer Enéas Guerra, também responsável pela obra original. O resultado é um trabalho com 250 fotos, além de textos, todos dedicados ao universo dos orixás.

Após anos esgotada nas livrarias, a perspectiva é de uma procura muito grande pela obra. "Este livro é um clássico do assunto, que já é, por si só, muito atrativo. Então mais do que o público com interesse religioso ou com interesse acadêmico, procuramos abraçar um grupo mais amplo, que se interessa por Pierre Verger", explica Emerson Cabral, que coordenou a reedição.

Como novidade, a Fundação Pierre Verger acrescentou dois textos aos livros: um prefácio, assinado por mãe Stella de Oxóssi, sobre o papel do francês no candomblé brasileiro, e um posfácio, assinado pela professora da Universidade Federal da Bahia Ângela Luhning, sobre a relevância da obra de Verger na atualidade.

Para a professora, Orixás ainda se destaca, mesmo após 37 anos. "O livro não tem a predominância da fotografia ou do texto. Ele consegue juntar duas linguagens, que é a da pesquisa através da fotografia e da pesquisa aprofundada em documentos históricos", comenta.

Exposição

A partir do convite da fundação para complementar o lançamento do livro, a galeria Paulo Darzé apresenta a exposição Entre Bahia e África. Foram selecionadas 55 fotos dentre o acervo de Pierre Verger, que estarão expostas no espaço até dia 18 de agosto, gratuitamente.

Thaís Darzé, diretora da galeria, fez a curadoria das fotografias a partir de um recorte específico. "Escolhi fotos de cerimônias e de personalidades importantes do candomblé. Depois, quis contemplar todos os orixás, numa ordem que obedece à hierarquia da religião e que o próprio Verger definiu", explica.

As fotografias, ampliadas em grandes formatos, serão uma nova experiência mesmo para quem já conhece o trabalho do fotógrafo. Um resgate importante da obra de mestre Fatumbi que costumava definir sua paixão pelo desconhecido da seguinte forma: "A sensação de que existia um vasto mundo não me saía da cabeça e o desejo de ir vê-lo me levava em direção a outros horizontes".

Imagem ilustrativa da imagem Mostra e livro mantêm vivas memória e obra de Pierre Verger
| Foto: Pierre Verger | Divulgação
Cerimônias, personalidades e ritos do candomblé foram retratados por Verger

>> Exposição entre Bahia e África e lançamento do livro orixás / Paulo Darzé Galeria / hoje, às 19h / gratuito

*Sob a supervisão da editora Márcia Moreira

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