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28/08/2023 às 1:00 - há XX semanas | Autor: Tamires Silva*

VISUAIS

Visões precisas das as raízes que formam grande parte do Brasil

A exposição Cultura e suas Peculiaridades parte do hiper realismo para retratar a ancestralidade africana

Carvalho posa diante da obra Olhar Africano, que recebeu o Prêmio Funarte Artes Visuais de 2020
Carvalho posa diante da obra Olhar Africano, que recebeu o Prêmio Funarte Artes Visuais de 2020 -

Com forte inspiração na ancestralidade africana, a exposição Cultura e suas Peculiaridades do artista plástico Eduardo Carvalho, entrou em cartaz no Museu Eugênio Teixeira Leal (Pelourinho). Após passar por São Paulo, Rio de Janeiro e outras quatro cidades, a mostra foi inaugurada em Salvador com um workshop gratuito de desenho realista, realizado na última quinta-feira, 24.

“A mostra busca compartilhar elementos da riqueza e da complexidade da identidade brasileira através da arte. A exposição convida a comunidade a se envolver com as histórias que moldaram nossa cultura. Quero que as pessoas se conectem com essas narrativas e reflitam sobre o valor das raízes ancestrais na construção de nossa identidade coletiva”, convida o artista.

“Explorar a ancestralidade brasileira é uma forma de homenagear as raízes que são fundamentais para nossa cultura. A presença da ancestralidade africana tem um impacto profundo em nossa identidade, e isso é algo que ressoa na cultura contemporânea. Ao abordar esse tema, espero que as pessoas reflitam sobre nossa diversidade étnica e reconheçam a importância de compreender e valorizar nossas origens. Essa conexão entre passado e presente contribui para uma compreensão mais profunda de nossa cultura em evolução”, afirma Eduardo de Carvalho.

Ao entrar no espaço expositivo, o visitante se verá imerso em um universo de sensações, onde as obras de Eduardo revelam a profunda beleza dos povos que moldaram o Brasil. Cada traço meticulosamente desenhado revela a riqueza e a diversidade étnica que constituem a matriz da gente brasileira.

Conferir o trabalho de Carvalho é uma oportunidade de vivenciar uma experiência enriquecedora e inspiradora. A exposição é um mergulho na riqueza e complexidade da identidade brasileira.

Com seu estilo realista e hiper-realista, Eduardo Carvalho captura minúcias como texturas, reflexos e sombras, ao representar a beleza da nossa ancestralidade.

“Meu processo artístico envolve um mergulho nas histórias e nas realidades que quero retratar. Minha inspiração surge das experiências cotidianas, especialmente aquelas ligadas à cultura brasileira, à ancestralidade africana e ao contexto social. Para mim, pesquisar e compreender as nuances culturais e urbanas é uma parte importante do meu processo. As histórias, as cores e as texturas que encontro ao meu redor me ajudam a criar obras que não apenas procuram retratar visualmente, mas também transmitem emoções e narrativas”, conta.

“Minha opção pelo hiper-realismo visa retratar detalhes minuciosos. O estado da arte hiper-realista tem o intuito exatamente de procurar expressar reflexos e texturas de maneira quase real. Essa técnica me permite explorar profundamente os elementos visuais e emocionais das cenas que represento. Cada traço ajuda a criar uma ligação mais profunda com as histórias e as emoções por trás de cada peça”, detalha o artista.

O poder transformador

Uma das peças centrais da atual exposição é a premiada obra hiper-realista Olhar Africano, que recebeu o conceituado Prêmio Funarte Artes Visuais de 2020. Eduardo Carvalho, cujo talento excepcional foi reconhecido internacionalmente, convida os visitantes a explorar e refletir sobre a profunda conexão entre a ancestralidade africana e a identidade brasileira. Esse reconhecimento não apenas enaltece a importância do trabalho de Carvalho, mas também destaca como sua arte resgata e celebra as raízes africanas que permeiam nossa cultura.

O artista mineiro iniciou sua vida como trabalhador rural e hoje tem reconhecimento internacional. No encontro, ele compartilhou, em primeira mão, sua jornada artística e seu processo criativo.

A própria jornada artística do jovem Eduardo Carvalho é um testemunho do poder transformador da arte. Sua trajetória é um conto de superação. De trabalhador rural, padeiro e montador de móveis, a professor universitário e artista premiado, Eduardo nos mostra a importância da perseverança e do sonho.

“Minha jornada artística começou de maneira muito modesta em minha cidade natal, lá em Minas Gerais. Desde jovem, sempre tive um amor pela arte, e isso só cresceu durante meus estudos na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao longo dos anos, trabalhei para aprimorar minha arte, principalmente no estilo hiper-realista”, relata o jovem artista.

“Aos poucos, esses esforços começaram a ser reconhecidos, e essa jornada tem sido uma fonte constante de aprendizado e gratificação. A arte tem um papel incrível na vida dos jovens. Ela é como um canal para expressar o que a gente sente, pensa e sonha, de um jeito único. Quando você se envolve com arte, isso acende a criatividade e a imaginação, é como abrir portas para um mundo de possibilidades”, acrescenta.

Um fiel crente no poder transformador da arte, Carvalho incentiva a todos a acreditarem no sonho e na capacidade de criar.

“Você sabe, na arte, cada traço, cada cor – é uma lição de paciência, é um jeito de treinar a persistência quando as coisas ficam difíceis. Então, se você tem aquele sonho, aquela coisa que te faz brilhar os olhos, vá em frente, insista. Não importa se é a pintura, a música, teatro, qualquer coisa. Acho que isso vale, não só para os jovens, mas para todos à nossa volta. Vale a pena acreditar nos sonhos, mesmo que pareçam longe. É como se a arte fosse uma ferramenta que nos ajudasse a construir uma vida melhor”, conclui Carvalho.

Exposição “Cultura e suas peculiaridades”, de Eduardo Carvalho / Em cartaz até 24 de setembro / Museu Eugênio Teixeira Leal (Rua do Açouguinho, 01, Pelourinho) / Visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 12 e das 13h às 18h (com visita guiada)

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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