Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > cultura > LITERATURA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

LITERATURA

Bienal do Livro Rio celebra 40 anos e é reconhecida como patrimônio

Programação da 21ª edição começou nesta sexta e segue até 10 de setembro, com cerca de 300 autores

Por Thais Seixas*

01/09/2023 - 14:12 h
São esperados 600 mil visitantes nos 10 dias de evento
São esperados 600 mil visitantes nos 10 dias de evento -

São 40 anos de história, incentivo à leitura e fomento ao mercado editorial. A 21ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro foi aberta nesta sexta-feira, 1º, no Riocentro, onde segue com uma programação de palestras, mesas, encontros e lançamentos, reunindo cerca de 300 autores até 10 de setembro. São esperados 600 mil visitantes, incluindo moradores da capital, estudantes e visitantes de outras partes do país.

A cerimônia de abertura foi realizada no Pavilhão Azul, com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, o governador em exercício, Thiago Pampolha, o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, que representou a ministra Margareth Menezes, além de outras autoridades e profissionais do setor.

"Nas últimas quatro décadas, a Bienal sempre se portou como um espaço de vanguarda, preocupando-se com o desenvolvimento da cultura do país. Hoje, lançamos nossos olhares para o uso ético da inteligência artificial, para garantir os direitos dos autores. Esperamos que esta edição seja o marco de um novo momento para o mercado editorial, que enfrentou momentos difíceis no passado recente. Lutamos contra tentativas de tributação do livro, além de impensados ataques ao PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático). Para os autores, a Bienal é muito mais que a venda de livros, é a oportunidade de conexão com as dezenas de fãs", revela o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Dante Cid.

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, discursa na abertura do evento
Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, discursa na abertura do evento | Foto: Divulgação

Homenagens

Além de celebrar os 40 anos, a Bienal do Livro também lembra a trajetória de um personagem icônico do imaginário infantil: a Mônica, criada por Maurício de Sousa há 60 anos. O desenhista participa de três mesas, incluindo encontros com o público infantil e a participação no painel que contempla toda a trajetória do evento literário.

Já a grande homenageada desta edição é a escritora Ana Maria Gonçalves, autora do livro ‘Um defeito de cor’. A obra inspirou a criação do samba-enredo da Portela para o Carnaval do Rio em 2024, e também foi tema de uma exposição que acabou de sair do Museu de Arte do Rio (MAR) e vai passar por Salvador.

Escritora Ana Maria Gonçalves é a  homenageada desta edição
Escritora Ana Maria Gonçalves é a homenageada desta edição | Foto: Divulgação

Ao receber a homenagem, Ana Maria Gonçalves enfatizou que o mercado editorial brasileiro ainda precisa de mais diversidade. “Apesar de ter se modificado para acolher a diversidade da literatura, o mercado editorial continua sendo controlado por homens brancos, héteros e cis. Me incomoda o fato de eu ter sido a oitava escritora negra a publicar um romance no Brasil. Acho que a gente precisa prestar atenção em quais histórias estamos contando. Que a minha presença aqui hoje se dê por essas ausências, esses romancistas negros, indígenas e LGBTs, que durante muito tempo ficaram ausentes deste mercado.

Prêmio José Olympio

Entregue desde 2015 na solenidade que dá início à Bienal, o Prêmio José Olympio desta edição foi para a coordenadora-geral dos Programas do Livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Nadja Cézar Rodrigues, que citou o poema “O livro e a América’, de Castro Alves, para falar sobre a importância da literatura.

“Essa homenagem é muito significativa, porque o Prêmio José Olympio é uma marca definitiva na minha alma. Significa que não estamos sós e vale a pena lutar pela leitura. Esse prêmio foi entregue a outras pessoas representativas em nosso país, como Maurício de Sousa e a ministra Carmen Lúcia, por isso é uma grande responsabilidade”, destaca ela.

O secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba, aproveitou a entrega do prêmio para exaltar a importância do PNLD para a cultura do país. “Essa Bienal traduz os quatro eixos do Plano Nacional da Leitura, e neste ano homenageia o PNLD. São 85 anos de um programa, uma política de estado que promove o acesso ao livro nas escolas. Paulo Freire disse que a gente aprende a ler para escrever a própria história. E a leitura é um ato de transformação de vidas e realidades”, afirma.

Patrimônio

A própria Bienal ganhou também uma homenagem. Isso porque o prefeito Eduardo Paes entregou o documento que a reconhece como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial. E nada mais carioca do que terminar a cerimônia com samba. A Portela animou o público e saiu em cortejo pelo pavilhão, finalizando a programação da primeira manhã da Bienal. Ainda hoje, às 17h, acontece o painel “40 anos de Bienal: uma celebração”, com a participação de Maurício de Sousa, Ruy Castro, Talita Rebouças, Ana Maria Machado, Clara Alves e Rosa Maria Araújo.

*A jornalista viajou a convite da organização da Bienal do Livro

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
São esperados 600 mil visitantes nos 10 dias de evento
Play

“Flica é a mãe de todas as feiras literárias da Bahia”, diz curador

São esperados 600 mil visitantes nos 10 dias de evento
Play

Programação da Flipelô

São esperados 600 mil visitantes nos 10 dias de evento
Play

Felica: festa literária começa neste domingo de forma online e gratuita

São esperados 600 mil visitantes nos 10 dias de evento
Play

Festa Literária da Caramurê aborda o livro como instrumento de transformação

x