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LITERATURA

Biografia de Cartola reúne manuscritos, imagens e canções

Por Mariana Paiva

19/02/2013 - 8:06 h
Cartola
Cartola -

Foi num dos bolsos da calça que Cartola guardou a letra de um samba canção que fez para o amigo, que acabara de perder um grande amor. O papel dobradinho se tornaria um clássico da música brasileira: ali estavam os versos de O Mundo é Um Moinho.

Histórias como estas recheiam o livro Divino Cartola - Uma Vida em Verde e Rosa, do paraense Denilson Monteiro. Além de explicar o surgimento de tantas outras canções de Cartola, ele faz um importante resgate de documentos, fatos e histórias da vida de um dos maiores compositores do País.

Ricamente ilustrada com fotografias de Cartola em momentos de trabalho e de sua vida familiar, a biografia é apresentada numa edição bilingue, português-francês. O prefácio é assinado pelo pesquisador de samba Sérgio Cabral, que assinou a produção dos últimos discos de Cartola.

A história de Cartola na escola de samba carioca Mangueira também aparece no livro: foi ele quem escolheu as cores verde e rosa para representar a escola, e foi para ela que compôs seu primeiro samba, Chega de Demanda. A ideia era unir os moradores do morro da Mangueira, e deu certo. No Carnaval de 1929, a Estação Primeira de Mangueira fez seu desfile de estreia na Praça XVI.

O livro apresenta também manuscritos de letras como As Rosas Não Falam, numa caligrafia desenhada e cursiva, com a assinatura no final: "Angenor de Oliveira. Cartola". Parcerias com Nara Leão e Dorival Caymmi também aparecem nas imagens, além do casamento com Zica, sua última mulher. Para quem é curioso, tem histórias interessantes como a cirurgia plástica que Cartola fez no nariz, acompanhada de foto para registrar o pós-operatório.

No fim, a obra entrega ao leitor uma possibilidade de ir além do texto escrito: um disco contendo 11 composições de Cartola, gravadas numa de suas últimas apresentações ao vivo.

Paixão antiga Foi em casa, no rádio da família, que Denilson Monteiro, autor do livro, foi apresentado às canções de Cartola. Era pequeno ainda, mas quando ouviu músicas como O Sol Nascerá e Disfarça e Chora, logo se encantou pelo compositor.

Quando começou a escrever, seu maior interesse era saber como tinha sido a composição das canções. "Essa foi minha fonte inspiradora".

O autor já se debruçou sobre trajetórias de outros artistas, como Carlos Imperial (no livro Dez, Nota Dez! Eu Sou Carlos Imperial) e Ronaldo Bôscoli (em A Bossa do Lobo: Ronaldo Bôscoli).

A diferença deles para Cartola, revela Denilson, é a unanimidade. "Ele é um personagem que sobreviveu à passagem do tempo. Todos admiram Cartola. É muito bom perceber que, passados 32 anos de sua morte, ele está cada vez mais presente, é um ídolo da juventude. Os jovens gostam dele, hoje em dia, o público dele é prioritariamente jovem", afirma o autor.

Denilson trabalhou um ano para que o livro ficasse pronto, e conta que a parte mais difícil foi enc

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