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10/08/2023 às 12:25 • Atualizada em 10/08/2023 às 15:53 | Autor: Bianca Carneiro e Edvaldo Sales

OBRAS ETERNAS

Na Flipelô, alunos e professores celebram vida e obra de Jorge Amado

Primeiro dia da Festa Literária, nesta quinta, acontece na data em que o escritor nasceu

O professor Luã Carvalho levou a turma para conferir vida e obra de Jorge Amado
O professor Luã Carvalho levou a turma para conferir vida e obra de Jorge Amado -

Após anos ocorrendo em outros meses, a Festa Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ) volta a ocorrer na semana em que Jorge Amado nasceu. O primeiro dia da 7ª edição acontece nesta quinta-feira, 10, dia de nascimento do escritor.

Passar adiante o legado das obras de Jorge é uma das missões do professor Luã Carvalho, do colégio Carpe Diem. Ele, que levou um grupo de estudantes da instituição para conferir as atividades da festa, disse que o evento é importante para reforçar a importância histórica e cultural do escritor, tanto para os seus alunos, quanto para o público geral.

“Muitas vezes, as gerações vão passando e alguns escritores vão acabando sendo pouco comentados, poucos descritos tanto em sala de aula, como no dia a dia, na vida, no cotidiano, né? A importância de Jorge Amado a gente pode ver não só nas novelas, não só nos filmes, mas em tudo isso que ele produziu a partir das literaturas dele”, aponta.

Um dos points da Flipelô é a Fundação Casa de Jorge Amado. Para o professor, a visita ao local é obrigatória para desenvolver uma relação mais íntima entre os estudantes e o autor.

“É bom a gente poder vir aqui na Fundação da Casa de Jorge Amado. Essa relação mais íntima das crianças com o escritor deixa a gente mais interessado na literatura, mais interessado naquilo que ele escreveu e com certeza eles vão sair daqui hoje e vão chegar em casa, pesquisar alguma coisa, vão querer saber um pouco mais da vida de Jorge Amado, um pouco mais daquilo que ele escreveu. E alguns até vão procurar ler alguma obra dele”, afirma.

Quem também foi visitar a Fundação foi o grupo de estudantes Maiara Ribeiro, Ana Beatriz Souza, Emilly Moreira e Mariana Rocha. As jovens saíram encantadas com tudo o que aprenderam.

“A gente está aqui na Flipelô com o intuito de tentar aprender um pouco mais sobre esse artista e até então está tudo muito legal. Estamos gostando, aprendemos sobre várias pessoas que ele conheceu. Ele morou em outros países, sobre as obras dele espalhadas por vários lugares do mundo. Então, está tudo divertido e legal”, diz Mariana.

Em sua primeira vez na Flipelô, Emily disse que vem aproveitando a experiência. “Eu estou gostando muito, achando super legal, adorando conhecer mais Jorge Amado. Eu já tinha ido na casa dele, lá no Rio Vermelho, mas estou adorando vir aqui também”.

As estudantes Maiara Ribeiro, Ana Beatriz Souza, Emilly Moreira e Mariana Rocha
As estudantes Maiara Ribeiro, Ana Beatriz Souza, Emilly Moreira e Mariana Rocha | Foto: Edvaldo Sales | Ag. A TARDE

O grupo assistiu na escola “Capitães de Areia”, filme que adapta a obra de mesmo nome de Jorge Amado. Após a exibição, as estudantes disseram que ficaram com ainda mais vontade de saber mais sobre o escritor.

“Foram várias críticas sociais que o filme aborda, né? Questão sobre a pobreza, sobre o candomblé, religião, então, foi algo que passou pra gente olhar e ver várias coisas que a gente não tinha pensado ou pensou, mas não dessa forma”, explica Mariana.

“É um filme antigo. Só que trata de questões muito contemporâneas, por isso que eu gostei muito e pretendo ler o livro mais uma vez”, diz Emily.

Após a visita na Fundação, Mariana se surpreendeu com os títulos de Jorge. “Eu não sabia que tinha tanta coisa assim. Eu estava vendo as medalhas dele, aí a moça informou que ele ganhou mais de 300 medalhas, então a gente conhece bem pouco e tem que conhecer bem mais, porque a gente tem que valorizar os artistas brasileiros. Que nem sempre são valorizados da forma que merecem”.

“Eu já combinei de vir no sábado porque eu gostei e a gente ainda vai também nas feiras literárias que a professora falou que vai levar, a gente tem um grupo também de outra sala que vai no teatro e a gente está se dividindo em cada um em um espaço”, enumerou Ana Beatriz.

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