LITERATURA
Pedro Bandeira lança novas edições de obras
Por Eduarda Uzêda

Autor de literatura juvenil mais vendido do Brasil, Pedro Bandeira lança, nesta quarta-feira, 21, a partir das 20 horas, na Livraria Cultura (Salvador Shopping), as novas edições de oito obras: Alice no País da Mentira, Brincadeira Mortal, Gente de Estimação, O Grande Desafio, Descanse em Paz meu Amor..., Prova de Fogo, Mariana Menina e Mulher e Histórias Apaixonadas.
Os livros, que foram lançados há 20 anos e que agora saem pela Editora Moderna, ganham novo conceito visual e textos que foram revistos pelo autor, que já recebeu vários prêmios, como o da Associação Paulista de Críticos de Arte - APCA, o Jabuti, o Adolfo Aizen e o Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
O escritor, 74 anos, que tem 104 livros publicados e estudou Ciências Sociais, também atuou na área de jornalismo e publicidade. Ele conta que, ao decidir escrever para o público infantojuvenil, estudou Psicologia do Desenvolvimento.
Identificar características
"Cada faixa etária tem suas características específicas. Não é a mesma coisa, por exemplo, escrever para um menino de oito anos, que tem ainda uma relação muito grande com os pais, que tem uma forma específica de ver o mundo, para outro, de 13 a 14 anos, que é bem mais independente da família, tem grupo de amigos e já está na fase de pensar em namorar", frisa o autor.
Ele atribui o seu sucesso de vendas justamente a esta qualidade: a de ter consciência e adaptar a linguagem para diferentes públicos, sem falar no estudo e nas pesquisas de determinados temas.
O que Pedro sinaliza, na verdade, é que não basta querer escrever para criança ou adolescente, mas, sim, saber ingressar no universo de cada faixa etária captando sonhos, desejos, projeções, temores, etc. "É necessário que o público se identifique, que ele se reconheça", diz o autor.
Teatro
Pedro Bandeira, vale lembrar, foi ator, diretor, cenógrafo e chegou a ter experiência com teatro de bonecos. Como esta experiência com o teatro e jornalismo influenciaram seu percurso literário?
Ele afirma que, sem dúvida, o jornalismo e o teatro contribuíram para a sua escrita. "Todo livro é, de certa maneira, uma peça de teatro. Pois as três etapas das obras incluem a apresentação do conflito, o desenvolvimento e, na última fase, a resolução do problema", diz o autor. Ele lembra que o teatro faz muito uso das falas, do diálogo, e esta experiência foi útil nos diálogos das obras literárias.
"O jornalismo é a melhor escola para o escritor. Primeiro porque é necessário disciplina para elaboração de matérias e pautas e no momento de fechamento de edições. Segundo, porque para trabalhar em jornal não tem esta coisa de inspiração. Todo dia tem que se estar inspirado", afirma.
O autor da série Os Karas e de O Fantástico Mistério de Feiurinha ainda afirma que a prática do jornalismo diário ensina o profissional a escrever assuntos diversos.
O autor, que há muitos anos vive só de direito autorais, está envolvido em um novo projeto: poesia para crianças, com muita rima e humor. O público juvenil pode conhecer melhor o escritor de alma jovem na noite de autógrafos.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes