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MÚSICA

Falamansa celebra forró e amizade em novo CD

Por Gislene Ramos

09/07/2014 - 13:18 h
Falamansa
Falamansa -

Forró pé-de-serra tradicional, fiel ao clássico trio sanfona, zabumba e triângulo. Assim é o grupo paulista Falamansa, que lança novo disco, Amigo Velho, um trabalho autoral no qual o valor da amizade é a grande bandeira.

Com 13 faixas, o disco foi gravado no estúdio do próprio vocalista da banda, Tato, proporcionando, por duas semanas, um ambiente descontraído e favorável à criação conjunta.

Mesmo ficando seis anos sem fazer um disco autoral, o Falamansa continuou trabalhando em músicas e em composições, pois a característica principal da banda é investir em canções próprias.

União

A faixa-título do CD, Amigo Velho, retrata bem a amizade que acompanha o grupo Falamansa, há 16 anos juntos com a mesma formação. "A gente não via a hora de entrar no estúdio para fazer um disco autoral e voltar às nossas raízes", conta Tato, compositor, violonista e cantor da banda, que se completa com Alemão, na zabumba, Dezinho, no triângulo, e Valdir do Acordeom, na sanfona.

Entre um churrasquinho e uma jam session, o disco foi surgindo em clima caseiro. "Estar junto numa mesma casa é diferente de estar junto na estrada. E o legal é que foi um disco sem pressa, deu tempo para elaborar melhor cada música com cuidado, todos os arranjos", conta Tato sobre o processo de gravação do disco.

Principal compositor da banda, ele afirma que já tinha composto a música Amigo Velho há um tempo, mas foi no processo de pré-produção que o grupo percebeu o quanto a canção era representativa e acabou influenciando toda a produção.

"O disco não se chamaria Amigo Velho nem teria os quatro velhinhos na capa", diz Tato, que mantém a temática da amizade nas letras do Falamansa. Segundo o cantor, todo o resultado do processo do disco é fruto da amizade, do respeito um com o outro e, sobretudo, porque tem o mesmo objetivo de se manter com o forró pé-de-serra. "A Falamansa se manteve sempre fiel ao que propôs ainda no primeiro disco", completa o músico.

As músicas apostam na simplicidade do forró pé-de-serra, com elementos tradicionais, mas não deixam de ser atemporais. "A gente optou por fazer um disco mais raiz, mais pé no chão. Tiramos a bateria e guitarra e trocamos por viola, violão de aço. Tudo isso no intuito de tornar o disco mais raiz, mais autêntico", explica Tato.

Tendo como base os elementos do forró tradicional, as músicas do disco passeiam por diferentes estilos, como o folk, o country, o punk cigano, mas sem perder de vista o denominador comum da Falamansa, que é o forró pé-de-serra.

Tato explica sobre o caráter universal do disco: "O engraçado é que, se você analisar o mundo da música hoje, tudo que é de raiz está muito moderno, contemporâneo, e nessa intenção de deixar o disco regional a gente acabou ficando mais universal, mais fácil de ser absorvido por qualquer pessoa, mesmo aquela que não goste de forró".

Em meio à indústria do forró, o grupo caminha na contramão das grandes bandas, como explica o cantor. "Buscar no cenário da grande mídia uma banda com o mesmo estilo que a Falamansa é algo muito difícil no mercado fonográfico, a Falamansa anda um pouco sozinha", diz.

Banda revolucionária

O vocalista desabafa, dizendo que não ter se rendido às letras apelativas, ao mercado ou mesmo ao utilizar elementos que se distanciam do forró de Luiz Gonzaga faz da Falamansa uma banda revolucionária, que insiste naquilo que acredita.

"Todas as bandas que são de forró atualmente caminham cada vez mais para letras mais apelativas, uma linguagem mais sacana e muitas vezes simplificando tudo para o uso do teclado e voz somente. E o fato da Falamansa não se dobrar a isso faz dela uma banda revolucionária", explica Tato.

"O sentido do revolucionário é em querer mudar o mundo que a gente vive e eu, junto com a Falamansa, tenho essa vontade de levar o bem, a amizade e a alegria através das letras", conta ele e, assim, explica o fato do forró feito pelo grupo ser amigo e revolucionário.

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