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MÚSICA

Guitarrista Angelo Canja estreia solo com álbum instrumental

Por João Lucas Dantas*

17/09/2021 - 6:07 h
Angelo Canja: gravação foi “mergulho interno” | Foto: Luã Borges | Divulgação
Angelo Canja: gravação foi “mergulho interno” | Foto: Luã Borges | Divulgação -

O guitarrista Ângelo Canja acaba de lançar seu primeiro álbum solo. Após quinze anos tocando com os mais diversos artistas, de mais diversos gêneros musicais, e com a chegada da pandemia, viu que era hora de, finalmente, produzir seu próprio conteúdo, expressar seus anseios e emoções através das oito faixas presentes no disco Vem Coisa Boa Pelaí.

Já tendo tocado com músicos do axé music, rock, reggae, blues, pop e até arrocha, o artista resolveu sair das laterais do palco para ocupar o holofote com as suas músicas autorais. O álbum, totalmente instrumental e gravado em casa, durante a pandemia, já está disponível nas plataformas de streaming, pelo selo Digital Ruffo.

“É um álbum, mas também foi uma terapia pra mim. Estou há mais de 15 anos acompanhando artistas, viajando o Brasil, tocando em grandes eventos, e com a chegada da pandemia, foi um momento de aproximação comigo mesmo. Eu comecei a tocar pra mim, desde o começo do lockdown até as primeiras notícias de vacina, transmitindo os meus sentimentos em cada momento e reuni isso no disco”, expressa Ângelo.

Lado autoral

Tendo aproveitado o período se resguardando em casa, durante o último ano e meio, e com a falta de shows, o lado autoral acabou florescendo e ganhando prioridade nesse momento, o que levou ao nascimento desse primeiro projeto solo.

“Quando a gente fala de música e a gente pensa em grandes nomes, como Ivete Sangalo, por exemplo, ali tem uma banda com artistas da percussão, da guitarra etc, que ajudam a formar o som daquela pessoa. Hoje em dia, tenho trabalhado com um cara que sou super fã, que é o Pedro Pondé, mas eu precisava desse momento para me reinventar, achar uma forma de me expressar. Mas, no meu caso, não uso letras, mas sim o som da guitarra”, afirma o músico.

Tendo passado por esse momento da carreira, de reinvenção, explorando um processo terapêutico de autoconhecimento, através da música, Ângelo comenta como tem sido essa experiência.

“Eu nunca fiz terapia, mas só pelo que eu ouço das pessoas próximas a mim, me contando como é a sensação, uma jornada dentro de si, entendendo coisas que ainda não haviam sido entendidas, foi igual pra mim. A música é muito mais que um trabalho pra mim. Hoje em dia, dou aula, dirijo, componho, tento passar todo esse sentimento pros meus alunos. Tem sido um grande processo de descoberta interna”, compartilha.

Título curioso

Uma das curiosidades desse trabalho, é justamente o título que leva: Vem Coisa Boa Pelaí. O músico aproveitou elementos da típica linguagem coloquial local para dar nome ao seu primeiro trabalho solo.

“Todos os elementos do disco fazem parte desse mergulho interno. Esse nome surgiu de uma resenha, todo mundo acabava chegando no estúdio e falando ‘vem coisa boa por aí, viu?’ e a gente não via mais. Aí eu resolvi brincar com a galera. Eu presto muito atenção nas palavras e eu gosto desse linguajar, quando as pessoas falam rápido. ‘Por aí’ soa como ‘pelaí’, então resolvi fazer esse jogo. Quando me diziam vem coisa boa por aí, eu já consertava pra pelaí. E isso também remete à certeza do fim da pandemia em um futuro próximo, com a chegada das vacinas”, explica o guitarrista.

Através da guitarra

Com temas muito complexos a serem trabalhados, emoções, pandemia, o desafio do músico instrumental é conseguir transmitir todo esse peso através do seu instrumento. No caso, Ângelo conseguiu falar perfeitamente, através da sua guitarra, sem precisar dizer nem uma palavra.

“Apesar da música instrumental ser tida como nichada, na verdade, ela é uma parte de tudo que tem aí. Se a gente separar os instrumentos da letra da música, talvez não funcione bem. Se muitas vezes a canção é a parte mais importante da composição, sem dúvidas nenhuma, a minha é a guitarra. Ela aparece de diversas formas, aqui eu sou Ângelo, eu sou Armadinho Macedo, sou Junix, Robertinho do Baiana System, sou Durval Lélys, sou todos esses guitarristas, mesmo que alguns usem a voz, estão todos presentes nesse aspecto. Eu estou querendo trabalhar com esse conceito, com essas linguagens”, pontua Ângelo.

Tendo sido lançado no último dia 31, o álbum tem recebido ótimos feedbacks daqueles que já puderam aproveitar o material.

Desde Pandemia (faixa que abre o disco com um trap que dialoga com a eletrônica e o rock, com uma guitarra cortante representando o susto inicial), até Luz, a mais calma entre todas, que fecha o projeto com uma alusão à vacina e à luz no fim do túnel. Também criadas de forma espontânea, as outras canções misturam beats, riffs, acordes, solos e harmonias em diferentes texturas originais.

“Depois de quinze anos tocando para outros artistas, já produzi coisas que me marcaram bastante. Eu ficava com o pé atrás de lançar algo meu e não escutarem ou não gostarem, mas graças a Deus, a todos os orixás, o álbum tem sido muito bem recebido pela galera. Boas críticas, a galera da música e da guitarra elogiando. Eu recebi mensagens dizendo ‘eu ouvi e entendi tudo que você queria dizer, sem precisar dizer uma letra sequer’. Alunos que vieram me procurar pra ter aula comigo por conta desse disco, querendo aprender a se expressar com o violão dessa forma”, conclui Ângelo.

Na equipe que ajudou a tornar o projeto possível, ele conta com a produção musical e arranjos de Enio Nogueira e do próprio Canja. A produção executiva de Rafaela Moreira, projeto gráfico de Luã Borges, mixagem e masterização de Hugo Rodrigues e Victor Vaughan, além das participações de Miguel Freitas (bateria), Lívia Mattos (sanfona), Japa System (percussões eletrônicas) e Igor Gnomo (guitarras).

Tudo gravado em home estúdio, com produção totalmente online.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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