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09/11/2021 às 6:05 - há XX semanas | Autor: Victor Hernandes*

MÚSICA

Mesmo com pandemia e o governo federal contra, Festival de Jazz do Capão retorna online

Quartinas: quarteto liderado por Lea Freire | Foto: Agalma Filmes | Divulgação
Quartinas: quarteto liderado por Lea Freire | Foto: Agalma Filmes | Divulgação -

Após não acontecer em 2020 por conta da pandemia, o Festival de Jazz do Capão volta neste ano em uma edição diferente, mas com a marca musical de sempre. O evento vai acontecer de forma online de 12 a 14 de novembro no canal do YouTube da produção e também por transmissão na TVE.

Neste formato virtual, sem presença do público, o evento precisou ser reinventado. A gravação ocorreu diretamente tendo a paisagem do Vale do Capão, localizado no município de Palmeiras, a 440 km de Salvador, como cenário. De acordo com o diretor artístico e idealizador do Festival, Rowney Scott, a produção enfrentou grandes desafios.

“Precisávamos reinventar o Festival. Foi uma grande experiência compreender esse formato e saber de que maneira ele chegaria nas pessoas. Se ninguém podia ir para o Capão, nós precisávamos levar o Capão a todos. A beleza e natureza do local teriam que ser transmitidas. Era muito importante que o clima da música e dos músicos fossem acolhedores e amorosos para o público”, explica Scott.

Uma parte dos shows foi gravada em um ambiente artístico dentro do Sítio Ad Libitum, de Rowney. Somando com as apresentações musicais, as histórias do festival, workshops e campanhas de conscientização ambiental serão também promovidas pela organização. Os workshops acontecerão nesta terça-feira, 9, e quarta, 10.

Resiliência

Além da grande marca cultural e musical, o festival também é sinônimo de resistência e força. Mesmo depois de ter três pareceres desfavoráveis para captar recursos da Lei Rouanet, impedidos pela Fundação Nacional das Artes - Funarte e Secretaria Especial da Cultura do Governo Federal, o festival ganhou apoio e solidariedade de diversas pessoas e instituições. Entre eles, as Secretarias da Fazenda e de Cultura da Bahia, junto com patrocínio cultural da Paulo Coelho e Christina Oiticica Foundation, com realização da Cambuí Produções.

“Conseguimos outro aporte financeiro e isso salvou. A gente pretendia captar através da Lei Rouanet, mas esse outro apoio permitiu trabalharmos com tranquilidade, ainda mais fazendo neste formato novo. É um produto muito mais caro de se realizar. Acho que essa edição vai ser histórica neste sentido da força e união para manter viva no país a cultura que está sendo desmantelada”, conta o diretor.

Nas edições anteriores, o FJC já teve em seu palco nomes como Egberto Gismonti, Ivan Lins, Naná Vasconcelos, João Bosco, Orkestra Rumpilezz, Hermeto Pascoal, Toninho Horta, Dori Caymmi, Joyce Moreno, Debora Gurgel, Michaella Harrison (EUA), Gabriel Grossi, Kapelle 17 (Alemanha), além de músicos de Salvador e do Vale do Capão.

A programação musical da 9ª edição do Festival de Jazz do Capão está recheada de artistas com grande trajetória e qualidade sonora. O formato de audiovisual permitiu que além de atrações locais, músicos nacionais e até internacionais, participem do evento.

Um exemplo é o quarteto Quartinas, composto por Léa Freire, Tatiana Parra, Tarita de Souza e Thaís Nicodemo. O grupo, que é de São Paulo, tem uma grande expectativa pois se apresenta pela primeira vez no festejo.

“Foi maravilhoso gravar para o festival, queria estar no Capão presencialmente, mas infelizmente não foi possível por conta da pandemia. Estou muito curiosa para ver como ficou a junção de todas as apresentações, tem bastante variedade. Adorei a curadoria e as outras atrações convidadas”, comenta Léa Freire.

O pianista Marcelo Galter e seu conjunto é outro nome que marcará presença no palco virtual da FJC. Ele que lançou recentemente o seu álbum, Bacia do Cobre, promete trazer um repertório baseado neste novo trabalho e também homenagear personalidades que deixaram um legado instrumental influenciado pelo viés cultural baiano.

“O Festival de Jazz do Capão é uma grande referência para todos nós baianos que fazemos música instrumental. Ele é conhecido por ser um grande espaço democrático. Nesse show toco composições do meu disco recém lançado e abro espaço para interação ou improvisação do meu grupo. Terá presença muito forte da percussão da Bahia. Procuramos também reverenciar pessoas que tanto contribuíram para nossa cultura”, diz Galter.

Imagem ilustrativa da imagem Mesmo com pandemia e o governo federal contra, Festival de Jazz do Capão retorna online
Isa Cardona, Luciano Menderete, Leonardo Frodo e Çagil Çokan | Foto: Riani Mariane | Divulgação

Participações afetivas

Além das atrações oficiais, outros artistas que já participaram do festival vão apresentar uma música e um relato sobre sua relação com o evento. Segundo o produtor executivo Tiago Tao, uma homenagem e recordação de lembranças serão feitas por essas figuras que têm uma relação mais afetiva com a festividade do Capão.

“Começamos a convidar alguns músicos que passaram pelo festival para eles enviarem uma canção e um depoimento sobre sua participação. Recebemos oito vídeos desses convidados. Faremos algumas homenagens especiais a algumas pessoas importantes para gente, como o mestre Raul de Souza que é uma referência no jazz e vamos também prestar uma última homenagem, dedicando o festival à memória de Letieres Leite”, explica Tao.

As participações afetivas serão de Dori Caymmi, Gabriel Grossi, Joyce Moreno, Cesar Camargo Mariano, André Mehmari, Banda de Boca, Jaques Morelenbaum e João Bosco.

O festival será transmitido no canal de YouTube do Festival de Jazz do Capão e também na TVE, de sexta até domingo, sempre às 20h. A programação completa dos três dias pode ser encontrada nas mídias digitais da organização.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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