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MÚSICA

Som lisérgico da banda Jefferson Starship chega a Salvador

Por Eduardo Bastos

13/08/2013 - 11:07 h
Banda Jefferson Starship
Banda Jefferson Starship -

Há exatos 48 anos, a banda americana de rock psicodélico Jefferson Airplane fazia o primeiro concerto de sua história no clube The Matrix, em San Francisco, Califórnia. Eram tempos de cultura hippie e o Jefferson, junto com bandas como Grateful Dead, iria fazer a trilha sonora perfeita para o movimento.

O grupo tocou em eventos históricos, como Monterrey Pop, Filmore, Woodstock (no dia 18 de agosto de 1969 - portanto, neste sábado, serão exatos 44 anos) e Altamont. No início dos anos 1970, passaria por reformulações internas e viraria Jefferson Starship.

Nesta quinta-feira, o grupo se apresenta no Teatro Sesc Casa do Comércio com pelo menos um de seus membros-fundadores, o guitarrista Paul Kantner.

Salvador é uma das seis cidades incluídas na primeira turnê brasileira do Jefferson Starship, que começou na quinta-feira passada em São Paulo e termina domingo, em Belo Horizonte.

É claro que ficará um sabor de incompletude, já que a banda que aqui aterrissa não conta mais com a força dos membros originais, como os cantores Grace Slick e Marty Balin e os músicos Jorma Kaukonen e Jack Casady - estes dois últimos tripulantes dos primeiros voos do Airplane, que deixaram a banda ainda nos anos 1960 para formar o Hot Tuna.

Mas, se serve de consolo, o Jefferson Starship que aqui desembarca mantém, além de Paul Kantner, o guitarrista e tecladista David Freiberg (ex-integrante de outra banda histórica, o Quicksilver Messsenger Service), que entrou posteriormente no Airplane.

E traz no posto que já foi de Grace Slick uma cantora que, entre outros, tem o mérito de ser a substituta de Janis Joplin no grupo Big Brother and the Holding Company: Cathy Richardson.

"Cathy é uma cantora extraordinária e sempre em crescimento, que traz um excitante e emocionante nível de performance para a banda. Para mim, ela é a verdadeira aventura", diz Paul Kantner, em entrevista ao A TARDE.

É certo que o Jefferson, quando virou Starship, ficou um pouco mais pesado e menos folk e psicodélico. Mas, nesta nova fase, e em cima do palco, acaba rolando uma síntese das duas bandas. "Temos feito alguns shows em que tocamos o clássico álbum Surrealistic Pillow, do Jefferson Airplane, inteiramente", diz Cathy. "Tocamos um bocado do material do Airplane".

Repertório - Os fãs também podem esperar músicas dos ótimos três primeiros álbuns do Jefferson Starship: Dragon Fly, Red Octopus e Spitfire. "Com certeza, tocamos canções como Count On Me, Miracles e Fast Buck Freddie em quase todos os shows e fazemos um rodízio com outras, como Ride The Tiger, St. Charles, Hyperdrive e All Fly Away", afirma a cantora.

Já David Freiberg sinaliza para a possibilidade de outras surpresas. "Podemos tocar músicas de qualquer período de nossa história, talvez mesmo de minha primeira banda, que foi o Quicksilver Messenger Service. Com certeza haverá muitas grandes canções, tanto do Jefferson Airplane como do Jefferson Starship. Talvez até mais surpresas, nunca se sabe".

Se o som do Jefferson Starship ganhou mais consistência em relação ao chamado acid rock que bandas como Jefferson Airplane e Grateful Dead praticavam nos anos 60, na década de 1980 enveredou para um rumo mais pop.

Para Freiberg, as mudanças são naturais, com as constantes entradas e saídas de integrantes e a própria passagem do tempo. "A mudança é a única coisa que é constante, nada pode continuar o mesmo", filosofa.

A explicação de Kantner também passa pela filosofia, mas tem um teor mais científico, para não dizer lisérgico: "Estamos continuamente no modo da alegoria da caverna de Platão, em que somos constantemente expostos a novas e iluminadas emoções plenas; um universo quântico alternativo, por assim dizer".

Mais pé no chão, Cathy concentra-se na estrutura da música e no espírito das bandas: "Diria que o Airplane era mais experimental e mais psicodélico, apesar de que eles tiveram muitas canções pop como Today e Somebody to Love. Ambas as bandas eram, até um certo ponto no tempo, muito comunitárias e colaborativas. Quando o tempo passou, houve mais do que um esforço para escrever e encontrar hits, e a natureza colaborativa começou a se perder".

Formação - A formação que chega a Salvador inclui, além de Kantner (vocais e guitarra), Freiberg (vocais e guitarra) e Cathy (vocais), os músicos Judah Gold (baixo), Christopher Smith (teclados) e Richard Newman (bateria).

Se você for ao show, nunca é demais lembrar-se do velho hino hippie de Scott McKenzie: "Se você está indo para San Francisco / não se esqueça de colocar algumas flores no cabelo".

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