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MÚSICA

Um gospel que se irradia para o jazz, soul e samba

Por Debora Rezende

29/12/2014 - 10:36 h
Thalles Roberto
Thalles Roberto -

Soul music, jazz, samba e uma participação especial de Naldo Benny. A combinação, que poderia ser o resultado de um novo álbum pop, é o que o público ouve no disco Ide - Ao Vivo Na Igreja Bola de Neve, do cantor gospel Thalles Roberto.

Lançado em setembro, o disco atingiu a segunda posição nos mais baixados do iTunes Brasil no dia da sua estreia. Com 14 faixas, o sexto trabalho gospel de Thalles traz participações especias como o cantor Naldo Benny e de Paulinho Fonseca, baterista do Jota Quest.

Aos 37 anos, o mineiro Thalles Roberto foi backing vocal da banda Jota Quest de 2003 a 2008, tendo também uma participação na banda baiana Jammil e Uma Noites, entre 2008 e 2011. Deste então, sua carreira tem se estabelecido inteiramente na música gospel.

No começo de 2015, o cantor lança um disco em espanhol pelo selo Motown Gospel, da mesma gravadora americana que lançou trabalhos de artistas como Stevie Wonder, Jackson Five e Diana Ross. E, no mesmo ano, Thalles planeja lançar um disco de MPB com as canções românticas que fez para a esposa.

Do soul ao samba

Ide - Ao Vivo na Igreja Bola de Neve é o sexto álbum da carreira gospel de Thalles. No disco, o artista traz faixas que perpassam pela soul music, pelo jazz e chegam no samba, embalando temáticas religiosas com roupagem bem dançante.
"Esse último trabalho é a maturidade, quando você começa a ter experiência e começa a sintetizar tudo o que você aprendeu na vida", explica Thalles.

Todo o trabalho criativo de concepção e produção do disco ficou por conta do mineiro, que só passou os arranjos usados em Ide para os músicos depois de testar cada instrumento por conta própria.

Gravado ao vivo em São Paulo, no templo religioso que traz uma prancha de surf como altar - uma homenagem ao investidor inicial da Igreja Bola de Neve - o disco apresenta participações especiais em quatro faixas, metade delas com dois cantores gospel ainda desconhecidos do grande público, Delino Marçal e Edvaldo Santos.

Thalles convida Paulinho Fonseca para a bateria de uma das canções. E, na faixa Quero Sua Vida Em Mim, o cantor divide o palco com Naldo Benny. "O Naldo é meu amigo e a gente tem uma história juntos porque ele me procurou para conhecer mais de Deus", conta.

O filho do pastor

Caçula de quatro irmãos e filho de um pastor evangélico, Thalles não começa sua carreira na música já dentro do segmento gospel. Pelo contrário. Na adolescência, tudo o que o mineiro desejava era sair da rotina rígida da religião.

"A gente, que é criado na Igreja, vive num âmbito meio bitolado, sabe?", conta Thalles. Assim, o rapaz que ocasionalmente cantava com o pai nas igrejas, deixou a família em Passos, interior de Minas Gerais, e aceitou o convite do Jota Quest para gravar junto à banda como backing vocal. "Quando saí na turnê, eu não queria saber de Igreja nunca mais".

Nesse período, Thalles Roberto passou a se envolver com drogas e se tornou dependente químico. Ele conta, pelo telefone, que chegou a arriscar a própria vida diversas vezes, além de ter ficado afastado da casa da família por um ano.

"Sabe aquele menino que nunca tinha comido doce? Quando eu fui, me lambuzei", diz. A loucura, como Thalles chama o período, era reconhecida pelos demais integrantes do Jota Quest, que tentavam alertá-lo para os excessos.

"Eu passei dos limites na minha loucura e comecei a destruir a minha vida". Depois de uma overdose em Curitiba, a depressão começou a atingir o mineiro. Foi então que Thalles passou a pedir por socorro.

O cantor conta que suas composições sempre estiveram ligadas ao seu modo de pensar e aos sentimentos do momento. Assim, desesperado, Thalles começou a pedir ajuda e reconhecer que precisava mudar o estilo de vida. "Eu comecei a procurar pessoas que tinham Deus no coração", explica.

O caminho de volta à religião não foi imediato. Mas, depois de um período na banda Jammil e Uma Noites, Thalles explica que sentiu a necessidade de voltar sua música para as pessoas que também precisavam de ajuda. "Agora eu queria cantar para Deus", diz. Hoje, casado e pai de três filhos, o mineiro de Passos se dedica unicamente a transmitir mensagens de paz através da música.

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