MÚSICA
"Voltar pra Salvador tem aquele gostinho de saudade", afirma Pablo
Por Ashley Malia | Foto: Reprodução | Instagram

Conhecido como o Rei da Sofrência, o cantor Pablo tem uma longa trajetória na música, principalmente no que diz respeito ao ritmo que convida os apaixonados a dançarem agarradinhos, o Arrocha. Se consolidando no mercado já no final dos anos 90, o artista fez parte da banda Asas Livres, responsável por lançar o ritmo no Brasil.
Recentemente, Pablo lançou um EP, intitulado "Meu Coração", com quatro músicas inéditas. Em entrevista ao Portal A TARDE, ele revelou o que o público pode esperar do seu show no evento 10 Horas de Arrocha, que acontece no dia 10 de agosto, em Salvador, além de falar sobre novos trabalhos, carreira e sobre ter saído da Bahia para conquistar o mercado nacional.
O evento 10 Horas de Arrocha já está em sua segunda edição e é considerado o maior evento do gênero no Brasil. O que você está preparando de especial para o show?
Vai ser o show da nossa turnê atual, com um mix de canções, desde as que marcaram a carreira, que sei que o público fica ansioso pra ver e ouvir. Aquelas músicas que tocaram o coração desde a época do Asas Livres. Tem também as mais atuais que estão no meu EP “Coração”, que lancei tem um mês.
Recentemente você lançou um EP, que é uma versão menor de um álbum. Qual foi sua intenção ao apostar neste formato para o lançamento?
O EP te dá a liberdade de colocar poucas canções, não precisa crescer muito a ponto de virar um álbum. Eu acho bacana também por que assim, dá pra fazer um clipe de todas.
Você é considerado um dos cantores mais populares do arrocha no Brasil. Como foi sair da Bahia para conquistar o mercado nacional?
Ver sua música nacionalmente conhecida é gratificante demais. Uma honra pra mim, levar a música da minha terra, pra os quatro cantos do Brasil. Até pra fora. Já tivemos turnê internacional.
Você também tirou o “Arrocha” do seu nome artístico, deixando apenas o primeiro nome. De quem partiu a ideia e como isso impactou na sua carreira?
Na verdade, eu nunca tirei nada e nem coloquei. O público que sempre me deu títulos. Pablo do arrocha, Pablo da sofrência. Rei...Desde quando sai do Asas Livres e do grupo Arrocha, que depois virou Pablo e grupo arrocha, que o nome artístico virou Pablo.
Após tantos anos de carreira falando sobre amor e sofrência, existe alguma outra temática que você gostaria abordar em suas músicas?
Acredito que o amor é a base de tudo. Tem às vezes aquele sofrimento. Afinal, quem nunca sofreu uma desilusão amorosa? Falo muito do cotidiano das pessoas. Eu não sou compositor, mas tenho parceiros incríveis, que já sabem a minha linha, o que eu gosto. Tenho vontade de gravar algo com esse momento que estamos vivendo. Ninguém conversa mais, é tudo no celular agora rs.
Você já declarou em entrevista que foi o responsável por criar o arrocha há 15 anos. Com novos artistas surgindo dentro desse meio, quais são as suas estratégias para se renovar e não perder espaço?
Estamos optando agora por EPs e por clipes. A imagem e o áudio andando junto. Claro que, parcerias bem firmadas também se destacam. E o repertório romântico, como tudo que rege a minha carreira.
O arrocha é um gênero baiano, que vem das antigas serestas, e hoje conquistou o Brasil. Quais diferenças você percebe na forma que o público consome o gênero aqui na Bahia e em outros estados?
O show é o mesmo. Acho diferente o calor do público. Na Bahia, por ser minha terra, Salvador me recebe diferente. Como, ultimamente, tenho feito muito show fora, voltar pra Salvador tem aquele gostinho de saudade.
O que o público pode esperar de novidades e lançamentos de trabalhos para os próximos meses?
Como falei, clipes desse EP e estou programando uma parceria com uma cantora muito especial. Aguardem...
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