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TEATRO

Caio Castro será chefe do tráfico em "I Love Paraisópolis"

Por Carla Ferreira | Estadão Conteúdo

29/04/2015 - 9:48 h
Caio Castro - I Love Paraisópolis
Caio Castro - I Love Paraisópolis -

Quem guardou na memória os personagens bonzinhos de Caio Castro, pode ir tratando de esquecer. Em "I Love Paraisópolis", próxima novela das 19h da Globo, ele vai interpretar Grego, o chefão do tráfico da favela que dá nome à trama. Como todo ator, Caio faz questão de defender o seu personagem. Para ele, o bandido não é um mau caráter, apenas faz oposição ao mocinho, que será vivido por Maurício Destri. Para compor o personagem, além da ajuda do coach Chico Accioly, ele resolveu fazer um "intensivão" em comunidades paulistas e chegou a conversar com bandidos. Isso sem contar do esforço para assimilar o sotaque - parecido com o dos moradores de São Bernardo do Campo, como ele faz questão de dizer. A novela também tem no elenco a namorada de Caio, Maria Casadevall. Só que, sobre esse assunto, silêncio total. Ele se limita a dizer que eles não contracenam e nem estão no mesmo núcleo.

Como foi o trabalho com o Chico Accioly?

Foi muito breve. O encontrei duas vezes, se não me engano. Porque optei por fazer um trabalho de laboratório muito forte. Fui para a comunidade e fiquei meio que internado nela durante duas semanas, em São Paulo.

Você já tinha ido a alguma comunidade antes?

Eu tenho amigos que moram em comunidades, mas eu nunca tinha ido tão fundo.

Conhecia alguém de Paraisópolis?

Quando morei em São Paulo, era longe de Paraisópolis. Eu morava para o lado do Jabaquara, que não é tão perto. Falando bem a real, só fui a Paraisópolis quando teve a primeira gravação lá. Eu nunca tinha ido e não conhecia ninguém de lá. Fui a outras comunidades.

O que mais chamou a sua atenção na comunidade?

Das vezes que fui para a novela, entrei com um olhar mais observador, fui um pouco mais a fundo. Não sei bem o que me chamou mais a atenção, porque não era da comunidade, não estava habituado àquela realidade. Foi uma coisa muito mais sensível, mais minuciosa, de ver pequenos detalhes. Eu não questionava porque eles estavam fazendo aquilo, ou porque existe um poder paralelo. Eu tentei entender para trazer para o Grego um pouco dessa história.

Acha que vai quebrar paradigmas interpretando um chefão do tráfico tão bonito?

Essa é a ideia. Estou trabalhando para isso.

Ele é o vilão?

Ele é oposição total. Não é defendendo, mas ele está ali porque tem as próprias fraquezas. Ele usa o poder como forma de defesa. Eu não criei e não escreveram ele sendo um mau caráter. Ele não é do mal, mas é oposição ao menino rico e bonzinho que tem oportunidade de oferecer uma vida boa para a mocinha. E ele achaque é certo ostentar o poder dele.

Como você criou o gestual dele?

A composição física e a expressão corporal foram fundamentais. A postura, o jeito de andar, de falar...

Ele é daqueles chefões do tráfico que ostenta armas ou mulheres?

Não. Até porque em São Paulo não é assim. Rio e São Paulo têm uma diferença bem grande. Os bandidos paulistas não ostentam armas, não ficam com o fuzil pra cima, não rola isso. São mais discretos.

Você chegou a conversar com algum traficante?

No Rio, não, até porque nunca conheci nenhum. Talvez só de ver em bailes na favela e alguém comentar. Em São Paulo, eu fiz questão de chegar perto e conhecer, para puxar alguma informação, para conversar. Expliquei que queria saber para fazer a novela.

Foi fácil?

Não foi tão fácil. Me receberam legal, mas não falaram muito.

Buscou referências para a composição também na ficção?

Busquei referências na ficção do que não fazer. Não quis copiar ninguém, mas vi bastante coisa: Breaking Bad e outras séries do tipo.

Você não tem medo de que as pessoas acusem você ou a novela de romantizar os bandidos?

Estamos fazendo novela, trabalhamos em folhetim. Ele pode ser um assassino ou o que for, mas é claro que ele vai ter a parte romântica, vai ter a história com a mocinha. Essa troca de interesses vai sempre existir, é da novela. Só nas pequenas brechas é que a gente vai colocando essa coisa de realidade.

E esse reencontro com a Maria (Casadevall) em uma mesma novela?

A gente não tem relação na trama. Não trabalhamos juntos.

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