TEATRO
Pela primeira vez em Salvador, Ópera dos Terreiros é apresentada no TCA
Pela primeira vez em Salvador, a “Ópera dos Terreiros” promete emocionar com a história de amor entre um negro banto e uma negra nagô. O espetáculo, que também faz a sua estreia mundial, é exibido no sábado, 14, às 18h30, no projeto Concha Negra da Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA).
Com música e libreto de Aldo Brizzi, e letras de Jorge Portugal, a abertura da Ópera será feita pelo projeto Casalabê. No centro do musical, o casal Nzailu e Dara, sofrem as desventuras de viver um amor em meio aos tempos de escravidão. A relação é complicada desde que os bantos, primeiras populações negras a chegarem ao país, foram destinados ao trabalho pesado nas lavouras de cana-de-açúcar, café e mineração. Também foram os primeiros a montarem as resistências quilombolas.
Já os nagôs, chegados depois, sobretudo as mulheres, seguiram para os trabalhos na casa grande e se dedicaram aos serviços domésticos. Por isso, a família de Dara, que é nagô, jamais consentiria seu casamento com o banto Nzailu, que eram vistos como “afeitos ao trabalho braçal” e cultuadores de inquices, não dos orixás.
Além da rivalidade entre os grupos étnicos, a Ópera dos Terreiros fala também sobre a busca da liberdade. A música marca a narrativa, através de sons da afro-descendência, misturando canto lírico e alabês. Alguns trechos da ópera já haviam sido apresentados, no final do ano passado, em Roma e Grenoble, mas agora a obra chega completa ao circuito de Salvador.
Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia) e já estão à venda na bilheteria do TCA, nos SACs dos shoppings Barra e Bela Vista ou pelos canais Ingresso Rápido.
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