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02/08/2022 às 20:15 - há XX semanas | Autor: Da Redação

TELEVISÃO

Netflix não mudou cenas de Klara Castanho em 'Bom Dia, Verônica 2'

Episódios que retratam abuso sexual foram gravados antes da atriz relatar que foi vítima de estupro

Nova temporada estreia nesta quarta, 3
Nova temporada estreia nesta quarta, 3 -

A Netflix disse que não cortou as cenas de abuso sexual da personagem de Klara Castanho na segunda temporada de "Bom Dia, Verônica". A possibilidade havia sido debatida por internautas após a atriz tornar público o fato de que foi vítima de um estupro, depois de ter a gravidez exposta por jornalistas e influenciadores.

>>> Klara Castanho pede indenização de R$ 100 mil a Antonia Fontenelle

Os episódios foram gravados antes do caso vir à tona e, segundo informações da Folha de S. Paulo, não passaram por uma nova edição. A nova temporada estreia nesta quarta, 3.

Na série, Klara vive a filha de um líder religioso que abusa sexualmente de mulheres ao prometer a elas a cura para diferentes problemas. Em casa, ele também assedia sexualmente a personagem, que é uma adolescente.

No entanto, as cenas que destacam a atriz, não trazem a violência de forma muito gráfica, e sim de uma maneira sutil. "Bom Dia, Verônica" possui classificação indicativa de 18 anos.

Exposição

Tudo começou quando durante uma entrevista ao programa The Noite, do SBT, em 16 de junho, Leo Dias afirmou que estava vivenciando um dilema profissional sobre publicar ou não uma reportagem sobre uma atriz. Na ocasião, ele não citou nomes ou deu detalhes sobre o caso.

No entanto, em live no YouTube, Antonia Fontenelle contou que a pessoa envolvida na situação era uma atriz da Globo de 21 anos, que havia engravidado, escondido a gestação e entregado a criança para a adoção após o nascimento. Apesar de também não ter citado o nome de Klara, os internautas associaram o caso a ela, gerando muita especulação na web.

Com isso, Klara veio a público se pronunciar. Ela publicou um relato em suas redes sociais e revelou que foi estuprada, engravidou e decidiu entregar o bebê diretamente para adoção.

"Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e um trauma que sofri", afirma ela. "Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo”, disse ela em uma carta aberta onde repudia o vazamento do caso.

"Fui estuprada. Relembrar esse episódio traz uma sensação de morte, porque algo morreu em mim. Não estava na minha cidade, não estava perto da minha família nem dos meus amigos", continua ela.

Segundo Klara, a criança nasceu poucos dias após a gravidez ser descoberta, pois seu corpo não deu nenhum indício da gestação. "Foi um choque, meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso nem barriga", diz.

Klara segue contando que durante uma consulta, foi obrigada pelo médico a ouvir o coração da criança, o que representou uma nova violação.

"Naquele momento do exame, me senti novamente violada, novamente culpada. Em uma consulta médica contei ter sido estuprada, expliquei tudo o que aconteceu", diz.

"O médico não teve nenhuma empatia por mim. Eu não era uma mulher que estava grávida por vontade e desejo, eu tinha sofrido uma violência. E mesmo assim, o profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo", lamentou.

Na carta, Klara contou ainda que, pouco após o parto, quando ainda estava sob efeitos de anestesia, foi abordada por uma enfermeira que ameaçou contar sua história a um colunista. "Quando cheguei no quarto, já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro. Eu conversei com ele, expliquei tudo o que tinha me acontecido." A atriz não citou nomes e diz que foi procurada ainda por um outro colunista.

A artista disse que não fez boletim de ocorrência contra o estuprador porque se sentia envergonhada e culpada. "Tive a ilusão de que se eu fingisse que isso não aconteceu, talvez eu esquecesse, superasse. Mas não foi o que aconteceu. As únicas coisas que eu tive forças para fazer foram: tomar pílula do dia seguinte e fazer alguns exames. Somente a minha família sabia o que tinha acontecido."

Ela reafirma que todo o processo de adoção foi realizado dentro dos trâmites legais. "Tudo que eu fiz foi pensando em resguardar a vida e o futuro da criança. Cada passo está documentado e de acordo com a lei", afirma. Pela lei brasileira, Klara teria direito a fazer um aborto legal.

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