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CULTURA

Lost aumenta faturamento da AXN em 76%

Por Agência O Globo

30/05/2006 - 10:36 h

A série “Lost” — que a AXN exibe aqui toda segunda-feira, às 21h — estreou com estardalhaço nos Estados Unidos no dia 22 de setembro de 2004. Poucos dias depois, a saga dos sobreviventes do vôo 815 da Ocean Air já tinha ganho status de cult no mundo todo. Com o passar dos meses e dos episódios, no entanto, a febre “Lost” perdeu um pouco a sua força. A falta de respostas para os muitos mistérios apresentados pelo seriado criado pelo über-nerd JJ Abrams (de “Missão Impossível 3”) começou a irritar seus milhões de fãs. O frustrante último episódio da primeira temporada foi a pá de cal.



Passado pouco mais de um ano da exibição do último episódio da primeira temporada nos Estados Unidos, no dia 25 de maio, a lostmania chegou a níveis inimagináveis. Exibido no último dia 24 nos EUA, o último episódio da segunda temporada — que passa no Brasil no dia 7 de agosto — foi assistido por cerca de 18 milhões de pessoas. No Brasil, a série é a mais assistida na TV paga na sua faixa, às 21h. Por causa de Jack, Kate, Sayid e cia., o faturamento da AXN aumentou nada menos que 76% .



O número de sites, blogs e comunidades dedicados ao programa cresce numa velocidade impressionante. Num capítulo ainda inédito no Brasil, o personagem Sawyer aparece lendo o manuscrito de um romance chamado “Bad twin”. Semanas depois, o livro desembarcou nas livrarias americanas e imediatamente se tornou um best-seller. Seu autor é Gary Troup, uma das pessoas mortas no acidente aéreo que serviu de pontapé para as mil tramas de “Lost”.



Especula-se que Gary Troup (um anagrama de “purgatory”, purgatório) seja na verdade o escritor Stephen King, fã confesso do seriado. Diferentemente de alguns fenômenos ocorridos na ilha de “Lost”, a volta por cima do seriado tem explicação: um salto de qualidade nos roteiros da segunda temporada. Cada episódio novo continua trazendo novos mistérios. Aos poucos, no entanto, alguns dos antigos estão começando a ser resolvidos. Num episódio que será exibido em breve no Brasil, por exemplo, Claire descobre onde ela esteve nas duas semanas em que ficou desaparecida na primeira temporada.



No último episódio da segunda temporada, nada menos que três mistérios são resolvidos. E estamos falando de mistérios importantes. O público vai descobrir por que o avião da Ocean Air caiu, o que acontece quando os números de Hurley não são digitados no computador e onde está Walt. Três episódios antes, mais dois personagens vão ser assassinados.



No passado, assistir a um capítulo de “Lost” por semana bastava para muitos fãs do seriado. Por conta da virada da série, isso mudou. A historiadora Juliana Ramanzini, por exemplo, passa cerca de cinco horas diárias procurando novidades e fofocas sobre “Lost” na internet. Juliana é uma das idealizadoras do blog “Dude, we are lost!” (algo como “Cara, estamos perdidos!”).



— Fiz amizade na internet com outros fãs e achamos que seria legal colocar comentários e imagens sobre a série num blog. Começamos com duas pessoas e, logo na semana de estréia, o blog estourou. Chamamos amigos e hoje são oito pessoas na equipe — conta Juliana, de Porto Alegre.



Um dos colaboradores do blog é o jornalista Carlos Alexandre Monteiro, também vocalista da banda de surf music Netunos. Assinada por ele, a coluna “Direto da escotilha” trata dos mais diversos aspectos da série: da relação entre pais e filhos à trilha sonora, passando pelas similaridades com a trilogia “Star wars”:



— Tento não fazer comentários diretos sobre a história. Minha idéia é divagar. Faço isso porque acho realmente que há muito mais em “Lost” do que a narrativa principal, e é isso que faz dela uma série muito especial — explica ele.



Davi Garcia é moderador da maior comunidade dedicada à série no site de relacionamentos Orkut, a Lost Brasil, que hoje tem mais de cem mil membros. Ele passa boa parte do seu dia em sites e fóruns como o o Lost Media, o Lost Forum e o Lost TV.



— Se você estiver a fim mesmo, fica o dia inteiro nisso. Eu normalmente entro em um ou dois desses para ver as novidades. É um roteirinho que eu sigo diariamente — conta o estudante de marketing. — Acho que esse fenômeno deve-se à mistura de conceitos: não é apenas uma série de mistério, ela explora também os dramas dos personagens com um grau de comédia e ainda tem aventura. É uma mescla de estilos que agrada a todos.



Garcia conta que está tentando achar “Bad twin” na internet.



— Ainda não consegui baixar. E estou com o “O terceiro tira”(que segundo um dos roteiristas de “Lost”, Craig Wright, traria pistas importantes sobre o seriado). Gosto de ler esses livros porque certamente os autores beberam em várias fontes, e conhecê-las ajuda a aproveitar melhor a série.





A advogada Teresa Garcia transformou a paixão pelo seriado numa brincadeira.

— Eu e uns amigos fizemos um curta chamado “Bost”. É uma paródia. Agora, com o fim da segunda temporada, estamos prontos para fazer o “Bost 2”. A seleção de elenco está a todo vapor — diz ela, que nunca foi fã de séries americanas até se deparar com os sobreviventes do vôo 815. — Acho que o mais interessante de “Lost” é que ninguém é de todo bom ou de todo mau. Todo o mundo tem qualidades e defeitos, e os flashbacks sempre nos deixam em dúvida sobre os motivos reais e as intenções dos personagens. Como na vida real, não há vilões e mocinhos.





LOST LITERÁRIO:



BAD TWIN: Ainda não publicado no Brasil, o livro aparece como um manuscrito lido pelo personagem Sawyer em um dos capítulos da segunda temporada. Na série, a obra que narra as peripécias de um detetive contratado por um homem para achar o seu irmão gêmeo teria sido escrita por Gary Troup, um dos passageiros do vôo 815, que, aparentemente, morreu no acidente. Na vida real, “Bad twin” acaba de ser lançado nos EUA pela editora Hyperion, assinado pelo mesmo Gary Troup. No site Amazon.com, onde o livro é campeão de vendas, uma nota bem-humorada sobre o autor informa que “‘Bad twin’ foi entregue à Hyperion poucos dias antes de Troup embarcar no vôo 815 da Oceanic Airlines, desaparecido durante um vôo de Sydney a Los Angeles em setembro de 2004”.



O TERCEIRO TIRA: Escrito na década de 40 pelo irlandês Flann O"Brien, o livro aparece por poucos segundos no terceiro capítulo da segunda temporada. O romance — cujo enredo tem um quê de surrealismo — narra as aventuras de um criminoso numa delegacia de polícia de duas dimensões e seu confronto com teorias das mais inusitadas, como a que diz que a Terra tem o formato de uma salsicha. Um dos roteiristas de “Lost”, Craig Wright, afirmou em entrevista ao jornal “Chicago Tribune” que os leitores do livro teriam mais munição para tentar desvendar os mistérios da série.



PRESA: O livro de Michael Crichton, lançado em 2003, vem sendo apontado pelos fãs nos fóruns de discussão como uma provável fonte de inspiração dos criadores de “Lost”. A história, uma mistura de aventura e ficção científica, tem como protagonista um homem chamado Jack (coincidência?) que precisa salvar o mundo de um enxame de milhões de organismos vivos artificiais criados por nanotecnologia. Eles se movem em forma de fumaça e soam como um barulho mecânico descontrolado (como o “Lostzilla”). Além disso, no fórum da ABC, fãs que leram o livro comentaram que os nano-robôs de “Presa” são capazes de se agrupar a ponto de formar qualquer objeto, inclusive, humanos. As criaturinhas também conseguiriam entrar no cérebro de pessoas (através do ar e, posteriormente da corrente sanguínea) para controlá-las.

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