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CULTURA

Novo show de Tom Zé lota Concha Acústica

Por Lucas Cunha, do A Tarde On Line

30/08/2008 - 23:46 h | Atualizada em 31/08/2008 - 8:15

Pintado como se fosse para a guerra, o músico baiano Tom Zé, 71, fez na noite de sábado, 30, mais uma marcante apresentação em Salvador, demonstrando a sempre impressionante vitalidade e irreverência, para uma cheia, especialmente por um público muito jovem, Concha Acústica do Teatro Alves. O show era parte do fórum Universidade, Juventude e Diversidade, promovido pela Coordenadoria de Ações Afirmativas, Educação e Diversidade da Universidade Federal da Bahia.

Segundo o cronograma, Tom Zé faria uma pequena “aula show” antes das apresentações. Na prática, o que se viu foi mais uma rápida “aula de causos” deste artista natural da cidade de Irará, como quando contou sobre sua prisão durante a ditadura.

O show de abertura ficou por conta do competente banda local Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicletas , que aproveitou a presença de Tom Zé para cantarem juntos “Tô”, música do disco “Estudando o Samba”(1976), do cantor iraraense.

Na seqüência Ronei Jorge e sua banda - formada originalmente por Edson Rosa (guitarra e teclado), Maurício Pedrão (bateria), Sergio Kopinski (baixo) - tocaram, em aproximadamente 40 minutos, muitas músicas novas, desconhecidas até pelo público que costuma a acompanhar suas apresentações na cidade. Isso dificultou um pouco a recepção do público, que já se fazia em bom número para um show de abertura, e reagiu com mais fervor nas canções mais conhecidas como “Obediência” e “Aquela Dança”.

Por outro lado, as novas músicas e entrada de um quinto membro na banda (o guitarrista Juninho, da banda local Subaquático ) deixaram uma boa impressão. Surpreendentemente, a entrada de um segundo guitarrista deixou a banda ainda mais distante da pegada rock do início da sua carreira, já que a guitarra de Juninho aumentou a – já existente - dose de swing e samba do som do grupo.

As mudanças no arranjo de uma música relativamente nova, como “Vidinha”, lançada este ano como single audiovisual , mostrou no show mais claramente essa tendência, que deve predominar no segundo disco da banda, em fase de pré-produção.

Mas a maioria do público estava na Concha para presenciar mais uma apresentação de Tom Zé. Apesar de não poder se dizer que houve algo novo no show, fora a inclusão de algumas canções do seu último álbum Danç-eh-sá (disponível para download gratuitamente no site da sua gravadora ), é sempre forte conferir o show deste artista, que apesar de já estar na casa dos setenta anos, mostra uma vitalidade incomum, ao dar pontapés que os pés vão mais alto que sua cabeça, ou na forte cumplicidade que consegue com um público que tem, em sua maioria, entre um terço e um quarto da sua idade.

Com a cara pintada, Tom Zé já entra convocando a participação do público (“vamô botar pra quebrar hoje”). No set list, canções conhecidas do público como “Xique Xique”, “2001”, “Politicar”, “Companheiro Bush”, “Angélica, Augusta e Consolação”, dentre outras. Quando era a vez de canções novas como “Atchim”, do Danç-eh-sá (disco em que as letras das canções não tem palavras, só sons), Tom Zé ensinava o público a “cantar” a música e depois ironizava: “Vocês não podem gostar disso, isso é música difícil. Depois, como é que os intelectuais vão dizer o público não pode ouvir uma música mais complexa?”.

Mais do que um show, a apresentação de Tom Zé funciona como um espetáculo, que causa surpresa em que vê pela primeira vez, e pode causar uma sensação de déjà-vu em quem já tenha visto o cantor recentemente. Mas não perde a força e a certeza da sua grandiosidade.

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