Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > CULTURA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

CULTURA

O Carnaval da banda Eddie

Por Carla Bittencourt

30/08/2009 - 16:52 h | Atualizada em 31/08/2009 - 10:36

As duas filas que se formaram na porta da Boomerangue anunciavam que seria quase impossível entrar no show que o Eddie fez em Salvador no último sábado(29). Empurra-empura, briga com quem sonhava em guardar lugar, mas ninguém arredava pé de tentar um espacinho que fosse perto do palco para ver o terceiro show da banda aqui com o disco "Carnaval no Inferno".

Onze e meia e ainda tinha gente equilibrando a paciência na fila, que ia se desfazendo conforme passava o tempo. Para quem previa o inferno, foi um alívio ver metade daquele mundaréu entrando na festinha que rolava no primeiro piso da Boomes. Era uma da manhã quando os pernambucanos subiram no palco. "Ainda há fogo em mim", dizia a voz gravada de Karina Buhr (ex-Comadre Fulozinha), no começo do frevo "Bairro Novo, Casa Caiada", para uma plateia totalmente entregue. Pena que a participação especial da cantora no disco não se estendeu aos shows do Eddie. Ela é ótima.

Na terceira música, a galera parou para cantar parabéns para Fábio Trummer. Com um copo erguido, o vocalista agradeceu lembrando que também era aniversário de Michael Jackson e, sem comentar o homicídio do rei do pop, dedicou a ele a música 'Original Olinda Style". Na sequencia, Trummer reverenciou Junio Barreto, parceiro na autoria de "Quase Não sobra Nada". " Ele tem o dom de transformar palavra em cinema", disse. Os versos do músico de Caruaru pareciam mesmo um filme: "Sobra uma volumosa e amarga demência / sobra o tempo /passou".

Eddie faz show em Salvador com a intimidade de quem toca em casa. "Aqui está sendo o lugar que a gente tem feito questão de tocar sempre, subindo ou descendo, a gente pára e faz o show", disse Trummer, lembrando que uma parte da banda mora em Recife e outra, em São Paulo. As músicas são para dançar com o olho fechado ou agarradinho, como no "Baile de Betinha". Perto do fim, como tinham anunciado que fariam, eles tocaram duas do Ramones no "estilo Eddie"." I wanna be Sedated' e "Teenage Lobotomy" com pegada de Olinda.

A despedida, que é sempre de um bocado de música, teve "Bebete Vambora", de Jorge Ben, "Pode me chamar" e "Quando a maré encher", que Cássia Eller fez muita gente cantar sem nem saber quem era o Eddie. Eles fazem todo mundo pular ao mesmo tempo em que canta problemas sociais, questões filosóficas ou versos de amor. "Desde que começamos, a cena musical do Recife amadureceu muito. A gente surgiu num momento em que pouco se refletia sobre as coisas em Pernambuco. Isso mudou", disse Fábio Trummer. Carnaval no Inferno está aí para provar. Agora é esperar para queimar outra vez.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Cidadão Repórter

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Play

Lobão 'incendeia' a Concha com Rock em estado bruto e celebra 50 anos de carreira

Play

VÍDEO: Fernanda Torres chega ao tapete vermelho do Globo de Ouro

Play

Web resgata Claudia Leitte trocando hit de Saulo: "Canto pra Javé"

Play

Tony Salles confirma primeiro ensaio de verão; saiba detalhes

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA O CARRASCO POLÍTICA