CULTURA
Os Cafajestes ganha nova montagem baiana este ano
Por Mariana Alcântara, do A Tarde
Sucesso de público e crítica, o premiado espetáculo Os Cafajestes encerrou sua temporada carioca e continua com apresentações em diversas capitais brasileiras. Com uma nova formação do elenco, o musical foi remontado no Rio de Janeiro, pelo diretor baiano Fernando Guerreiro, que buscou referências na stand-up comedy.
Em entrevista, Guerreiro adiantou que ainda este ano pretende remontar a peça, que fez tanto sucesso em Salvador nos anos 90. "O que posso dizer, por enquanto, é que terá outro elenco, formado por atores baianos, mas sem data prevista para estreia, provavelmente será no primeiro semestre deste ano".
Em turnê pelo País, a montagem carioca, que também foi dirida por Guerreiro, já passou por São Paulo, Curitiba, Manaus, Vitória e estará em cartaz em Natal e Niterói do próximo dia 23 a 8 de fevereiro. As modificações ficaram por conta da entrada de dois novos atores no elenco. Estêvão, Alfredinho, Alencar e Onório são interpretados, respectivamente, por Fábio Lago, Osvaldo Mil, Juan Alba e Leo Jaime. A antiga versão baiana, além de Lago e Osvaldo, contava com os atores George Vassilatos e Daniel Boaventura.
Atualizações – Guerreiro conta que, para a montagem carioca, foi preciso fazer algumas mudanças, como alterar a idade dos quatro personagens. “Antes, tinha quatro jovens adultos solteiros à minha disposição. Agora, temos quatro senhores casados, mas que também não deixam nada a desejar em termos de disposição e diversão”.
Para essa nova turnê, o texto passou por uma modernização, partes da peça foram suprimidas e novos quadros acrescentados. “Além de todas essas inovações estéticas, criamos novas piadas sobre plásticas e celulite”, informa Guerreiro. Nas alterações também constam a redução dos discursos que remetiam à violência contra a mulher. "Não podíamos continuar falando sobre assuntos polêmicos como este, mesmo sendo em tom de brincadeira", argumentou.
O ator Fábio Lago comemora o resultado do musical nos palcos brasileiros. “A cada cidade que visitamos encontramos pessoas dispostas a rir e dividir seus pensamentos sobre o universo masculino”, disse. “Quando estamos em cena procuramos interagir com o público, que vira nosso cúmplice e confidente. Ele é o quinto personagem”, diz.
Integrante de Os Cafajestes desde a primeira edição, em Salvador, Lago diz que a fórmula de sucesso da peça é a identificação da platéia com os perfis dos personagens e suas histórias. “Quando vamos para uma cidade procuramos inserir informações locais, como um bairro ou um nome de algum estabelecimento”, informa. “Também acho que a qualidade do espetáculo faz toda a diferença, pois os quatro atores interpretam, cantam e dançam”.
Histórico – Os Cafajestes teve primeira montagem em 1994, permanecendo seis anos em cartaz e tendo sido vista por mais de 250 mil pessoas. Assim como esta nova versão, a primeira também foi dirigida por Fernando Guerreiro. O texto de Aninha Franco ganhou o Prêmio Sharp de melhor musical brasileiro em 1995.
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