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04/08/2023 às 5:00 | Autor: Eugênio Afonso

BODAS DE OURO EM SALVADOR

Simone comemora 50 anos de carreira com a turnê 'Tô Voltando'

Apresentação, que acontecerá na Concha Acústica do TCA nesta sexta, terá participação do Ilê Aiyê

“Sou uma pessoa vencedora. Estou em cena aos 73 anos, com 50 anos de carreira, fazendo um trabalho que amo”, disse Simone
“Sou uma pessoa vencedora. Estou em cena aos 73 anos, com 50 anos de carreira, fazendo um trabalho que amo”, disse Simone -

‘Nossos heróis morreram de overdose’, como bem vaticinou Cazuza (1958-1990), ou então estão todos completando meio século, ou um pouco mais, de estrada. É o caso da soteropolitana Simone, que está festejando 50 anos de carreira com a turnê Tô Voltando.

Hoje, às 19h, a intérprete de O Amanhã, sobe ao palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves para relembrar, junto com o público, antigos – e nem tão remotos assim – sucessos.

Simone conta que o roteiro do show foi elaborado pelo jornalista, curador e produtor musical Marcus Preto – diretor artístico de Gal Costa – em parceria com ela. “A gente se baseou nas músicas para as quais eu dei voz primeiro e que foram lançadas por mim”, esclarece a cantora.

Vai ter O Que Será (À Flor da Terra), de Chico Buarque – tema do filme Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976) -, Jura Secreta (Sueli Costa / Abel Silva), Começar de Novo (Ivan Lins / Vitor Martins), Encontros e Despedidas (Milton Nascimento / Fernando Brant), De Frente pro Crime (João Bosco / Aldir Blanc) e Tô Voltando (Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro), música que dá nome à turnê, dentre outras.

Também está no repertório Divina Comédia Humana, canção que Belchior escreveu para ela lançar no disco Face a Face (1977), mas que ficou fora do álbum. “Não cheguei a gravar, mas foi uma música feita para mim. Foi um presente do Belchior. Naquela época, a gente fez um show junto. Mas tudo tem a hora certa de fazer”, conta a Cigarra.

E depois de um convite da própria Simone, que queria muito ter no palco uma das mais emblemáticas expressões da sonoridade musical baiana, o Ilê Aiyê vai participar do show como convidado especial, em um encontro inédito entre a cantora e o bloco afro.

Outro que também deve estar na Concha, hoje à noite, é o cantor e compositor carioca/mineiro Milton Nascimento. Ele está visitando o Litoral Norte e se comprometeu a ir ao show da amiga de longa data. Milton esteve no palco da Concha em setembro do ano passado, quando apresentou a turnê de despedida com participação de Simone.

Fragmentos da história

Assim que surgiu, em 1973, com o álbum Simone, a artista causou grande impacto na indústria fonográfica. Aos poucos, a cantora começou a ser descoberta por público e crítica com sua voz grave e presença marcante no palco. Hoje, ela é reconhecida como a maior vendedora de discos da década de 1980 no Brasil. Além de ser considerada uma das maiores intérpretes da nata da MPB.

Quando Simone esteve em Salvador, pelo projeto Pixinguinha, em 1978 – mesmo ano de lançamento do emblemático LP Cigarra -, ao lado de Sueli Costa (1943 – 2023), de quem gravou várias músicas, a plateia do Teatro Castro Alves (TCA) foi pequena para abrigar toda a gente que queria ver de perto a cantora nova que arrebatava corações.

Naquela época, o TCA permitia que o público ocupasse também as escadarias do teatro e teve muita gente que assistiu sentada ali por falta de poltrona disponível. Mas nada disso atrapalhou o prazer de poder ver a mais nova sensação da MPB. Simone desfiou seus sucessos da época e deixou o público hipnotizado com sua presença.

De lá pra cá, lotou estádios, gravou mais de 30 álbuns de estúdio, seis ao vivo e teve quase 50 canções em trilhas de novelas. Em 1995, lançou o temático 25 de Dezembro, só com canções de Natal e bateu 1,5 milhão de cópias em menos de dois meses. O disco segue no posto de álbum natalino mais ouvido do país, apesar de ter sido mal recebido pela crítica especializada.

Agora, a cantora está preparando um disco novo e confessa que tem gostado de fazer parcerias com outros artistas. “Eu tenho um trabalho recente, o Da Gente, em que trabalhei com um pessoal lindo e novo. Então, tem Karina Buhr, Joana Terra, Isabela Moraes, Rogéria Dera, Juliano Holanda, Martins, PC Silva e muitos outros”.

“Além disso, farei um show com o Zé Ibarra (compositor, arranjador, multi-instrumentista e cantor carioca), na Sala São Paulo. Ele está aí batalhando, lindo, maravilhoso, canta muito bem, toca muito bem e vai ser ótimo”, complementa a cantora baiana.

Em novembro, em Sevilha (Espanha), durante a semana do Grammy Latino, a artista receberá o prêmio à Excelência Musical pelo conjunto da obra e contribuição à música latina. “Vou até lá buscar o prêmio que recebi. Olha, que coisa mais maravilhosa. Um prêmio muito importante. Vou buscar meu gramofone”, comemora Simone.

Quanto às cinco décadas de estrada celebradas em 2023, a intérprete de Jura Secreta garante que é só agradecimento. “Eu sou uma vencedora. Estar em cena aos 73 anos, com 50 anos de carreira, fazendo um trabalho que amo, também é merecimento. Trabalho bastante, sou muito disciplinada e estou aí, sempre junto”, finaliza.

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