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CULTURA

Vilã Flora é destaque em A Favorita

Por Joceval Santana, do A TARDE

15/01/2009 - 22:58 h | Atualizada em 15/01/2009 - 23:14

Opine: Qual final você daria para A Favorita?

Chateado com o vazamento das informações sobre o final da vilã Flora, o autor João Emanuel Carneiro decidiu trocar o algoz da personagem no último capítulo de A Favorita, que vai ao ar hoje. No desfecho inicial, Flora levaria um tiro da filha, Lara (Mariana Ximenes), e depois seria presa. Agora, a pistola pode ser disparada também por Silveirinha (Ary Fontoura), Donatela (Cláudia Raia) ou Irene (Glória Menezes).
Como o segredo está sendo guardado a sete chaves, ninguém se admire se até um outro desfecho vá ao ar.

A gravação da cena, que aconteceu anteontem, também contou com a participação de Carmo Dalla Vecchia (Zé Bob), já que Flora será ferida na lua-de-mel do personagem com Donatela. A Globo nega, mas, escaldada, teria prometido retaliação – como quebra de contrato – para quem desse com a língua nos dentes. Afinal, o castigo da personagem é o que mais interessa ao público.

Tanto que há mais de um mês as hipóteses começaram a pipocar nas revistas de televisão: suicídio, loucura, assassinato, prisão... A curiosidade vem do fato de que Flora se manteve como principal trunfo e responsável pelo sucesso da novela, que foi subindo no Ibope, chegando a uma média de 51 pontos. O capítulo de terça-feira, no qual a vilã matou Dodi (Murilo Benício), alcançou 54 pontos: 73,7% dos televisores estavam sintonizados no folhetim.

Boa receita – Os pontos vão para o autor Carneiro e, unanimente, para Patrícia Pillar. Com Flora, ela espantou a sombra de ficar com cara de ”mulher de coronel”, papel que desempenhou nos remake de Cabloca e Sinhá Moça) e mostrou que ainda continua como uma das atrizes da linha de frente da Globo. E seu passe cresceu, ao ganhar vários prêmios, inclusive o prestigioso APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

Com uma atuação econômica, sem afetação (uma tentação para este tipo de personagem), mas cheia de recursos, Patrícia dominou a novela de ponta a ponta, desde o início, quando o autor jogava com a dubiedade da personagem. Flora acabou ficando com o papel de vilã fria e calculista, foi ganhando mais humor e, por fim, se humanizou, ao explicitar a paixão/obsessão pela rival Donatela.

A receita que sempre faz o vilão cair no gosto dos homens de bem (maldade + inteligência + cinismo + humor cáustico) pegou mais uma vez. Flora é do tipo que chama o pai (Genézio de Barros), com mal de Parkison, de “tremilique”, apelida a filha boazinha de “purgante“, compara a grandalhona Donatela com uma ”jumenta” e diz que Silveirinha é uma “maricona velha” que “caça“ no parque paulista Trianon. Aí não sobrou pra ninguém.

Cláudia Raia até tentou, mas, na hora da redistribuição dos papéis, ficou com o de heroína e se deu mal. Além de mostrar menos recursos dramáticos que Patrícia, não inspira comoção e passou boa parte da trama foragida, sem enfrentar diretamente sua antagonista.

Com uma heroína que não podia aparecer, um herói sem vigor (equivocadamente entregue a Dalla Vecchia) e um mocinho chocho (Cassiano, de Thiago Rodrigues), Haley (Cauã Reymond) assumiu o papel de enfrentar a vilã, para defender a amada Lara. Passou de aprendiz de malandro a herói, no melhor trabalho.

Murílio Benício também fez certo ao recusar o papel de Zé Bob e segurar o de Dodi: mais uma vez acertou no tom e na composição do personagem. E, mais uma vez, os veteranos Lilia Cabral (Catarina), Ary Fontoura e Mauro Mendonça (Gonçalo) fizeram a diferença, numa novela com boa direção de cena (com algumas falhas, claro) e de atores.

Caminhos – Talvez assombrado pelo sucesso de Os Mutantes, da Record, cuja segunda parte estreou um dia depois de A Favorita, o diretor Ricardo Waddington chegou a pedir para o elenco ”priorizar” as gravações da novela e se afastar de outros trabalhos. Mas ele só precisou se preocupar com a audiência no começo da trama, quando o autor ainda não tinha deixado claro quem seria a verdadeira vilã e mocinha.

Frente às ambiguidades, o público não respondeu bem à novela e Carneiro teve de recorrer aobem x mal com contornos bem definidos. Ele diz que não, que a revelação e reviravolta no inicio já estavam previstos. O fato é que o iniciante, autor apenas de Da Cor do Pecado (2004) e Cobras & Lagartos (2006), segurou bem as rédeas de um folhetim das oito.

Cometeu alguns deslizes, como ter “esquecido” os personagens de Rosi Campos e Ângela Vieira, mas resolveu bem seus 200 capítulos, criando vários ganchos dramáticos que sustentaram o interesse na trama. Já pode se colocar na seleta lista de autores do horário nobre que, com A Favorita, reiterou a necessidade de renovação. Vem aí Caminhos das Índias, de Glória Perez.

Serviço:

A Favorita, Com Patrícia Pillar e Cláudia Raia terá o último capítulo exibido nesta sexta, dia 16, às 20h05, na Globo

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