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CULTURA

Yamandu Costa lança CD Continente

Por Chico Castro Jr.

11/08/2013 - 21:32 h
Yamandu Costa
Yamandu Costa -

Festejado desde seu surgimento no cenário musical como um dos maiores virtuosos do violão brasileiro, Yamandu Costa resolveu explorar as possibilidades da formação em trio no seu novo álbum, Continente.

Com onze faixas, o CD traz Yamandu em dez delas ao violão de sete cordas e requinto (violão menor e mais agudo), mais Guto Wirtti no baixolão (baixo acústico horizontal de cordas de náilon) e Arthur Bonilla no violão de sete cordas. A exceção é a faixa Aperto, um belo solo de Guto ao baixolão.

Explorar a formação em trio acústico era um velho desejo de Yamandu: "Esse CD foi gravado há uns dois anos, estava na lista de espera para sair", conta o músico, por telefone.

"É minha homenagem a uma tradição musical da América Latina, que é o trio de violões. Essa formação existe desde o México até a Argentina, é supertradicional esse tipo de sonoridade e eu queria mostrar isso no Brasil, com uma linguagem fronteiriça", detalha Yamandu.

A abordagem que ele chama de "fronteiriça" se refere às tradições gaúchas - e aqui se entende o termo gaúcho como referente não apenas àqueles nascidos no estado do Rio Grande do Sul, mas à toda a região dos Pampas, que cruza o estado sulista, o Uruguai e a Argentina.

"A tradição de trios que eu conheço mais é uruguaia e argentina. E é engraçado isso, porque no Brasil se conhece mais a tradição mexicana (mariachis) do que sul-americana", nota.

Mas que não se espere de Continente uma sonoridade meramente folclórica. Todas as faixas são autorais - de Yamandu, Guto (a maioria) e Arthur.

Para alcançar essa sonoridade dita fronteiriça, o trio se vale tanto de técnica, quanto de intuição. "É as duas coisas juntas. Tem uma raiz ibérica muito forte. Representa um outro Brasil que as pessoas não conhecem direito, já que em termos musicais, sempre se foca muito na coisa do samba, no estereótipo de Brasil", percebe.

Música culta - "O Brasil tem tanta diversidade. Estive no Maranhão e, meu Deus, é outro mundo. A gente nem sabe o que existe por lá. Como aí na Bahia, que tem o Elomar. Seria legal focar nessas diferenças também", exorta.

Requisitadíssimo, Yamandu está sempre a viajar pelo Brasil e pelo mundo, levando sua música aos mais variados públicos. "Nos últimos anos tenho ido muito ao exterior, mais ou menos seis ou sete vezes por ano. Viajar levando essa música que eu faço é um privilégio, uma alegria muito grande", diz.

Como todo viajante, Yamandu descobre ainda mais sobre o próprio país no exterior: "Estive em Tel Aviv e Jerusalém e vi uma plateia muito fina, muito preparada. A diferença é essa: lá, há muita curiosidade pelo que não se conhece. Isso não acontece aqui. Estamos tão longe disso, de ter plateias preparadas para o que não conhece. Nosso povo é televisivo demais, só sabe do que está na TV", lamenta.

"A internet ajuda a mudar um pouco isso, pois segmenta os guetos e dá acesso a essa música, que Egberto Gismonti chama de 'música culta'", conta. Para Yamandu, "música instrumental" é "um termo que nos atrapalha. Quando você vai no show de um cantor, você não fala que vai num show de 'música cantada'. Isso de 'instrumental' so existe na América Latina", observa.

Mas triste mesmo Yamandu ficou com a recente perda de um dos maiores talentos brasileiros das últimas décadas: Dominguinhos, com quem gravou dois álbuns. "Me deu uma brochada. Era uma pessoa que só fez o bem, não era de excessos. Tive a felicidade de trabalharmos juntos e ele me ensinou muito. Estou amargando muito isso. Desde a morte do meu pai, eu não tinha esse sentimento de pesar tão profundo", conclui.

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