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ECONOMIA

Apesar de queda, preços dos alimentos pesam no orçamento

No início de agosto, os produtos que vão para a mesa do consumidor caíram 1,4%

Por Inara Almeida*

21/08/2023 - 5:15 h
Consumidores observam queda ‘tímida’ nos preços
Consumidores observam queda ‘tímida’ nos preços -

Quem bate ponto em supermercados e feiras todo mês já percebeu: os custos para encher a geladeira e os armários sofreram uma baixa. No início de agosto, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os preços dos alimentos no Brasil tiveram uma redução de 1,4%. Se mantida essa tendência ao longo de todo o mês, será a maior queda mensal no ramo alimentício desde 1999.

Diante das boas notícias de redução de preços e da queda na inflação de alimentos para consumo em domicílio, que acumula alta de 3% ou menos este ano, ante 13,23% em 2022, pode parecer que o cenário caminha para os parâmetros pré- pandêmicos. Os brasileiros, no entanto, continuam quebrando a cabeça na hora de montar a lista de compras do mês. Afinal, por que a contenção no encarecimento dos produtos não alivia o bolso dos consumidores?

A resposta está no observado ao longo dos últimos quatro anos. Diante da pandemia de Covid-19 e da guerra da Ucrânia, a oferta de produtos reduziu, fazendo com que os preços fossem lá para cima. Este ano, segundo o economista e conselheiro do Corecon-Ba Edval Landulfo, o mercado está abastecido, o que justifica a atenuação dos preços, mas ainda não garante a retomada aos patamares de antes.

“Uma cultura ou outra pode ter o preço elevado devido a alguma estiagem ou chuva, mas, no geral, nos próximos meses, continuaremos sentindo essas pequenas reduções, porque estamos abastecidos. Infelizmente, mesmo com uma maior oferta, a queda não é acentuada. Vai demorar para voltar aos patamares de outrora e, talvez, nem volte”, explica.

Consumidores atentos concordam que, na hora de pagar as contas, as quedas nos valores dos produtos revelam-se modestas. O feirante Elismar dos Santos até tenta fazer uma pesquisa de preços para economizar mas, segundo ele, não tem sido fácil.

“Em um lugar você encontra o café a um preço melhor, mas aí, neste mesmo lugar, o leite está mais caro. Não compensa. No final das contas, não senti muita diferença nos valores ao longo dos últimos meses”, pontua.

O mesmo tem sido observado por Rayssa Santos, que mal identifica a queda no preço de algum item, já se dá conta da elevação de outro produto. De acordo com a estudante, o valor de suas compras do mês estão mais caras quando comparado ao cenário de pré-pandemia, ainda que tenha reduzido ou aberto mão de alguns alimentos, como carne vermelha e azeite.

Dentre os principais itens que sofreram redução de preço este ano, quando comparado a dezembro de 2022, estão a carne bovina (-9%), o óleo de soja (-28%) e o frango (-18%). Na primeira semana de agosto, segundo a Fipe, a redução foi puxada pela batata (-16%) e seguida pelo feijão (-8,8%) e o tomate (-7,1%).

Em contrapartida, o ovo de galinha teve alta de mais de 20% nos últimos 12 meses, a maior em uma década. Entre as frutas, a banana-prata e o mamão são destaque nas altas, de 4,44% e 3,25%, respectivamente. O arroz e o leite também estão na lista dos alimentos básicos que encareceram, com aumento de 6,6%.

Mesmo diante das quedas nos preços, os consumidores, além de seguirem enchendo os carrinhos e cestas com cautela, desenvolvem estratégias para conseguir economizar. Rebeca Cerqueira, por exemplo, tem ampliado suas idas à Feira de São Joaquim, já que, segundo ela, é mais fácil conseguir promoções e negociar com os vendedores.

Além disso, Rebeca deixou de fazer compras para todo o mês e tem priorizado a aquisição de alimentos semanalmente. “Assim, eu compro exatamente o que preciso e consigo pegar mais promoções”, afirma

Edval destaca ainda a importância de ir ao supermercado com uma lista atualizada dos itens indispensáveis, a fim de evitar o encarecimento das compras com produtos dispensáveis.

Além disso, não comprar todos os itens no mesmo lugar e estar atento aos estabelecimentos menores, que tendem a oferecer alguns produtos com valores mais acessíveis, é uma estratégia inteligente, garante o economista.

*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló

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