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FUP e Sindipetro- BA se posicionam contra a privatização da Bahiagás
Para as entidades sindicais venda é um retrocesso que vai gerar prejuízos aos baianos e à Bahia
Por Da Redação

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) divulgaram nesta quarta-feira, 9, posicionamento sobre uma 'manobra' que pode resultar na privatização da Bahiagás. Um edital da BAHIAINVESTE abre caminho para a venda da companhia.
O material chegou a ser publicado duas vezes no Diário Oficial, apenas no último ano. Na primeira vez, o material que citava o nome da Bahiagás foi suspenso logo após a divulgação. No entanto, em novembro de 2022, ele foi republicado sem citar a companhia no texto, segundo informações das entidades sindicais.
A FUP e o Sindipetro-BA ainda alegam que existe uma "estranheza" na republicação. "O fato é que a BAHIAINVESTE já anunciou a contratação do consórcio Genial (o mesmo que conduziu a privatização da Eletrobras e ESGás) e desde o mês de abril este consórcio tem trabalhado dentro da Bahiagás, coletando informações e elaborando o projeto de privatização da empresa", acrescenta o comunicado.
Cenário
A Bahiagás, responsável pela distribuição de gás canalizado no estado, é a maior distribuidora de gás natural do Nordeste e a segunda maior do Brasil, levando o gás a muitos locais que podem não ser de interesse de uma empresa privada. A companhia possibilita ainda diversas intervenções de infraestrutura e é o principal patrocinador do setor artístico e cultural do estado.
“A Bahia já foi muito castigada devido às privatizações indevidas como a da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), que antes pertencia à Petrobrás e foi vendida a preço abaixo do valor de mercado no governo Bolsonaro, prejudicando o povo baiano”. Bacelar lembra que após a privatização da Rlam, a Bahia passou a ter os combustíveis – gasolina, gás de cozinha e diesel - mais caros do Brasil, se comparando apenas ao Paraná e Amazonas, onde as refinarias da Petrobrás também foram privatizadas", explica Deyvid Bacelar, coordenador Geral da FUP.
Após comprar as ações da Bahiagás em 2022, que pertenciam à Gaspetro (subsidiária da Petrobrás), o governo do Estado passou a ter 75,5% das ações ordinárias da companhia, além de 58,5% do capital total. Após a negociação, em apenas 8 meses, a empresa retornou aos cofres públicos 18% do capital investido.
Neste cenário, segundo a avaliação de Bacelar, não faz sentido colocar à venda uma empresa que é lucrativa e fundamental para o desenvolvimento econômico, social e cultural do território baiano.
Bacelar ainda ressalta que a FUP e o Sindipetro Bahia confiam que o governo do Estado não vai permitir o avanço da privatização da Bahiagás”.
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