ECONOMIA
Guedes: Bolsonaro se excedeu em palavras, mas nunca em ações

Por Da Redação

Ao ser questionado por investidores internacionais sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o chefe do executivo se excedeu em palavras, mas nunca em ações. Segundo Guedes, Bolsonaro está fazendo "o máximo que pode" para permanecer nas regras do jogo.
O ministro particiou da conferência promovida pelo Credit Suisse nesta sexta-feira, 10. Na ocasião, Guedes pontuou que, quando alguém transpassa seu território, as outras instituições aparecem e colocam os transgressores de volta às quatro linhas.
“O Brasil pode destravar seu potencial econômico, expandir sua economia e reduzir o desemprego quando você tem barulho de diferentes líderes institucionais, [com] a retórica do presidente e de outros [atores], um barulho geral? Como o Brasil pode evoluir com esse nível de ruído? Você falou com o presidente [sobre] quão importante a estabilidade é para investidores, e qual sua visão sobre o cenário adiante?”, questionou Goldfajn lendo a pergunta enviada por um executivo do banco em Nova York.
Guedes afirmou que essa era uma ótima pergunta vindo dos Estados Unidos, dizendo que aquele país também teve muito ruídos no último ciclo eleitoral.
“O que aconteceu no Brasil nos últimos dias? Milhões, centenas de milhares de pessoas, foram às ruas celebrar pacificamente, sem violência, todas vestidas de verde e amarelo. Isso é novo na política brasileira, todos acenando bandeiras [do Brasil]. Uma pacífica celebração da democracia de um lado”, afirmou Guedes.
“Do outro lado, atores –e especificamente o presidente– podem ter ultrapassado [os limites] em palavras. Mas e sobre as ações? O presidente nunca ordenou nada para ser preso [sic], nunca transgrediu nada no front fiscal. O presidente está tentado o máximo que pode para permanecer nas quatro linhas, para não sair das regras do jogo”, disse Guedes.
“Minha confiança na democracia brasileira é que toda hora que um ator passa seu território, outro ator aparece e coloca os transgressores de volta em suas quatro linhas”, disse o ministro. “Nós somos seres humanos, cometemos erros. Algumas vezes ultrapassamos nossos territórios. Mas o importante é que estamos evoluindo as instituições. Elas melhoram a todo momento. Toda vez que alguém transpassa, outra instituição aparece e a demarcação de territórios corrige os dois lados”, afirma.
“Se um lado está impedindo pessoas de terem liberdade de expressão e outro lado chuta de volta, ambos os lados precisam voltar a seu território”, disse.
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