BANCO CENTRAL
Mais de 35,3 milhões de Pix de um centavo foram feitos em 2023
A modalidade tem sido usada entre jovens para troca de mensagens curtas
Em 2023, o número de vezes em que pessoas fizeram Pix de um centavo no Brasil chegou a 35,3 milhões, cerca de 10,7 milhões a menos em comparação com 2022, quando a quantidade de operações foi de 24,6 milhões. Os dados são do Banco Central.
A modalidade de envio de um centavo tem sido usada por brasileiros, em sua grande maioria entre jovens, como meio de comunicação. A pessoa envia um centavo e usa o espaço de descrição da transferência para mandar um recado.
É o caso de Karolayne Costa, de 25 anos, que em entrevista à Folha de São Paulo relatou que já chegou a fazer um Pix de R$ 0,01, e alguns outros valores menores, para conseguir ter contato com o ex-namorado que tinha bloqueado ela nas redes sociais.
"Meus Pix de R$ 0,01 são basicamente histórias de relacionamentos frustrados, onde fui bloqueada em tudo quanto é lugar. "É [um método de comunicação] eficiente, mas, às vezes, não funciona. Com meu ex-namorado, não deu em nada. Mas, teve uma vez que foi o contrário: bloqueei outro menino de tudo, e ele me mandou um Pix pedindo para que eu o desbloqueasse. Aí eu respondi o Pix dele com um recado e devolvi com o mesmo valor", contou ela ao jornal.
Apesar de ser um espaço aparentemente eficiente, especialistas alertam sobre o perigo da ação, que inevitavelmente leva ao usuário compartilhar dados bancários e informações sensíveis.
Leia também: BC comunica vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix
"Não tem sigilo, e o banco tem acesso. Acho que vai da consciência do usuário. Na medida que os jovens vão crescendo, eles vão fazendo PIX mais sérios", mencionou o professor de finanças Ricardo Rocha ao Jornal Nacional,
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