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ECONOMIA

Renegociar dívida está mais acessível, mas é preciso atenção com taxas

Oito em cada dez famílias brasileiras estão inadimplentes, apontou pesquisa divulgada semana passada pela CNC

Por Mariana Bamberg

23/01/2023 - 6:00 h
Juliana diz que é melhor começar pagando contas com juros altos
Juliana diz que é melhor começar pagando contas com juros altos -

Não é difícil encontrar alguém com dívidas em aberto, afinal, a inadimplência atingiu quase oito em cada dez famílias brasileiras (77,9%), segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada semana passada, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Cada vez mais práticas e acessíveis, as renegociações diretamente com os credores são uma forma de deixar de fazer parte desse número. O elevado número, no entanto, pode significar oportunidade para os inadimplentes. Isso porque, segundo o advogado Afonso Morais, especialista em recuperação de crédito, apesar da situação ser preocupante, quando se tem muitas pessoas devendo se tem também muitas empresas querendo receber.

“Isso faz com que o momento seja bom para negociação", diz o especialista.

O assessor administrativo Breno Gonçalves aproveitou esse período para fazer uma renegociação de suas dívidas com cartão de crédito e cheque especial no final de dezembro. Ele fez diretamente pelo aplicativo do banco, depois de fazer muitos cálculos.

“O banco vai oferecendo e você vai usando e se perdendo. No meu caso, acredito que foi o acesso fácil ao crédito que me fez ficar inadimplente. Fui pagando a parcela mínima, entrando no cheque especial e acabei me perdendo”, conta.

Olhar crítico

Os cálculos de Breno foram reflexo do medo de acabar pagando, com os juros mensais, muito mais do que a dívida dele, que chegava a R$ 3 mil. Ele conta que, em uma das condições dadas pelo banco, acabaria parcelando a dívida em mais prestações, mas pagaria o triplo do valor. A orientação do advogado, nestes casos, é ter um olhar crítico e sangue frio na hora de avaliar as ofertas.

“Não aceite as primeiras ofertas, às vezes, é preciso ter sangue frio, saber trucar. Também é preciso ter os números muito claros, fazer contas e não aceitar pressão por uma decisão. A pessoa quer pagar, mas do outro lado também tem alguém que quer receber, por isso se deve negociar de igual para igual”, orienta.

A outra dica do advogado é fazer justamente como Breno, ficar atento às taxas de juros, ao parcelamento, ao valor total da operação e às cláusulas do contrato, que podem acabar prejudicando o devedor. Afonso Morais chama a atenção ainda para a necessidade de observar se o acordo contemplará todos os valores devidos.

Mas antes de chegar neste momento é preciso se planejar para a renegociação. Essa é a dica da economista e educadora financeira Juliana Barbosa. De acordo com ela, a maior dificuldade de quem busca negociar a dívida costuma ser encontrar uma prestação que realmente cabe no orçamento, sem impactar as demais despesas.

“O primeiro passo é sempre conhecer seus números. Fazer um levantamento detalhado da receita e das despesas. Montar um orçamento doméstico e saber qual parcela da renda pode ser destinada a pagar essas dívidas. Em seguida, procurar os credores e tentar renegociar”, explica.

Foi o que Breno fez. Ele conta que quando escolheu dividir as parcelas da renegociação em apenas cinco vezes, precisou colocar na ponta do lápis todas as suas despesas fixas, para só então aceitar a proposta. Agora, ele se prepara para tentar renegociar outra dívida.

Nestes casos, a dica da economista é sempre começar por aquelas que têm juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. “Em seguida, a preferência deve ser dada às dívidas que têm bens como garantia, é o caso do financiamento imobiliário e de veículo. Pois, caso não sejam pagos, o bem pode ser levado em busca e apreensão pela instituição credora”, explica.

Para quem, assim como Breno, está se preparando para um nova renegociação, a economista lembra que durante o ano existem feirões e empresas oferecendo bons descontos para dívidas vencidas há mais tempo, como é o caso do Serasa Limpa Nome.

O período ideal, segundo Juliana, vai depender sempre da realidade financeira de cada um, se, naquele momento, o devedor terá como arcar com essa nova prestação no orçamento.

“Na maior parte das vezes, negociar é sempre a melhor opção. Para evitar que os juros e multas aumentem diariamente. Entretanto, terão pessoas que não vão conseguir renegociar, seja porque estão sem renda ou porque já não têm espaço no orçamento para mais prestações. Renegociar envolve o compromisso de pagar. E, caso não seja feito, aumentarão os juros e a dor de cabeça”, afirma.

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