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ECONOMIA

Rua Chile atrai investidores locais e de outros estados

Por Gilson Jorge

06/12/2014 - 14:50 h
Rua Chile
Rua Chile -

Símbolo máximo da elegância para as classes média e alta de Salvador até a década de 1970, a região da Rua Chile vai receber mais de R$ 300 milhões em investimentos privados nos próximos anos. "Será uma nova rua. Com o charme, a arquitetura e os laços afetivos que temos, totalmente reconfigurada", afirma a titular da Diretoria do Centro Antigo de Salvador (Dircas), Beatriz Lima, que desde 2007 coordena a reestruturação da região.

Ainda em 2015, um fundo imobiliário deve ser criado por um banco e pelo governo do estado para financiar a venda de cerca de 150 imóveis em ruas vizinhas. Um dos projetos que serão financiados é uma pousada no conceito bed&breakfast (em inglês, cama e café da manhã), que será montada por um grupo de arquitetos em um casarão de mil metros quadrados que une a Rua Chile à Rua Pau da Bandeira. "Serão 11 quartos e haverá um terraço, com vista para o mar, onde haverá um café aberto ao público", anuncia Griselda Pinheiro Klüppel, professora da Universidade Federal da Bahia e uma das sócias do projeto. O casarão foi adquirido junto à Santa Casa de Misericórdia, em um leilão em 2004 para fins de moradia. Com a revitalização da área, Griselda e a diretora da Faculdade de Arquitetura da Ufba, Naia Alban Suarez, atraíram um sócio paulista, também arquiteto.

E, como antecipou a coluna Muitíssimo, do jornalista Ronaldo Jacobina, vários imóveis estão sendo adquiridos na região pela Fera Investimentos, empresa paulista que adquiriu o Palace Hotel, que deve voltar a abrir as portas em 2015.

As aquisições envolvem o emblemático Edifício Chile, um prédio de sete andares situado no número 25, com vista para a Baía de Todos-os-Santos. A TARDE apurou que o imóvel situado no térreo e no primeiro andar do edifício, que até o ano passado pertencia à massa falida da Viação Aérea São Paulo (Vasp), foi arrematado por R$ 426 mil em leilão feito em São Paulo, em 7 de novembro de 2013, na 1ª Vara de Falência e Recuperações Judiciais. O leilão do imóvel, que desde 2007 é ocupado pela Sapataria Bezerra, aconteceu um ano e quatro meses depois que foi constituída juridicamente na Bahia a Fera Investimentos, braço local da Construtora Massafera, empresa paulista que adquiriu o Palace Hotel. O dono da sapataria, José Bezerra, preferiu não dar entrevista.

No mesmo prédio, várias salas já foram comercializadas para uma única empresa, segundo informou uma fonte ligada à administração do prédio. E um outro edifício de três andares, na esquina com a Rua do Tira Chapéu também foi comercializado recentemente. Esse último deve virar um centro comercial. A empresa não confirmou as informações.

A movimentação de compra de imóveis na Rua Chile é vista com otimismo pelo diretor de marketing da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), José Azevedo Filho, que celebra o futuro do tradicional logradouro do centro, mas condiciona o sucesso do local a medidas do poder público. "Só vai funcionar se forem criados novos espaços residenciais no Centro Histórico, o que é vetado pela legislação municipal em vigor", afirma Azevedo, que aposta na aprovação do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e da Lei de Ordenamento do Uso do Solo (Louos), em tramitação na Câmara Municipal, que fica logo ali, no fim da Rua Chile.

Para o executivo da Ademi, o Comércio seria uma boa opção como nova zona residencial, que permitiria sustentabilidade para negócios que se instalem não apenas na pequena faixa que forma a Rua Chile, mas também ao seu redor, para que não se repita o que aconteceu no Pelourinho, que, após o frenesi causado na época da reforma, em 1993, acabou se transformando em um ambiente voltado exclusivamente para o turismo.

Outros executivos estão mais otimistas. "Esses investimentos são o reconhecimento de que o Centro Histórico de Salvador é um lugar para se viver e se fazer negócios", avalia Nilson Nóbrega, vice-presidente da Prima Empreendimentos, empresa que adquiriu o prédio da antiga sede de A TARDE na Praça Castro Alves, onde será instalado o Hotel Fasano, com orçamento de reforma estimado em R$ 48 milhões, cujas obras devem começar ainda no primeiro trimestre de 2015.

Por enquanto, a notícia de compra de imóveis na área tem trazido mais tristeza do que alegrias. O imóvel que até o ano passado era da Vasp tornou-se o único endereço da Sapataria Bezerra, empresa criada em 1970, no auge do comércio de rua. Uma crise financeira nos anos 1990 reduziu a rede a uma loja na então decadente Rua Chile.

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