TBG conclui obra da Gasbol e estuda ampliar trecho para o Sul

A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) concluiu na semana passada a expansão da capacidade de transporte do Gasbol para 30 milhões de metros cúbicos de gás natural diários e, agora, estuda ampliar o trecho do gasoduto para o Sul do país.



"A perna (do gasoduto) do Sul é um projeto concorrente com a instalação de plantas de GNL (Gás Natural Liquefeito) na região. Se resolverem pelo GNL, a expansão da perna sul pode ser menor", disse à Reuters o diretor superintendente da empresa, Ricardo Salomão,



Ele se referiu ao projeto da Petrobras de instalar plantas móveis de GNL no país para substituir parte do gás que seria importado da Bolívia com a duplicação da capacidade atual do Gasbol, obra iniciada em 1996 e que consumiu 2,2 bilhões de dólares.



O investimento total para a perna sul do gasoduto seria de 900 milhões de dólares, elevando a capacidade do trecho que liga São Paulo ao Rio Grande do Sul, e carregaria gás natural produzido nas bacias do Espírito Santo, Santos (SP) e Campos (RJ).



A necessidade de aumento de fornecimento de gás à região Sul do país surgiu após o cancelamento dos planos de duplicação do Gasbol pela Petrobras, sócia majoritária da TBG, depois da nacionalização dos ativos de empresas estrangeiras no país vizinho.



De acordo com Salomão, a suspensão de duplicação do Gasbol pode não ser definitiva, já que a demanda de gás é crescente e o mercado pode mudar nos próximos anos.



"A crise na Bolívia é conjuntural. Até lá, o mercado vai ter uma modificação grande e vamos ter necessidade de ampliar, de um jeito ou de outro (...) estamos falando em 13 anos, é muito tempo", explicou Salomão.