FINANÇAS
Tesouro Educa chega como nova opção de poupança para financiar estudos
A modalidade de aplicação financeira foi lançada pela Secretaria do Tesouro Nacional no início do mês
Se tem algo que incentiva adultos a se planejarem financeiramente é o nascimento de um filho. Além das despesas que vão surgindo, os responsáveis costumam estender as preocupações e se programar a longo prazo através, por exemplo, da criação de reservas para garantir a educação de seus descendentes. As possibilidades são diversas: poupança, previdência privada e, mais recente, o Tesouro Educa +, lançado pela Secretaria do Tesouro Nacional no início do mês.
O novo título tem o objetivo de auxiliar pessoas a construírem reservas para a educação, seja de ensino médio, superior ou especialização. O valor inicial de aplicação é de R$ 30 e, após o vencimento do título selecionado, o investidor receberá fluxos mensais recorrentes por cinco anos a partir do dia 15 de janeiro do ano escolhido.
Segundo Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, o Tesouro Educa + visa “levar a educação financeira para dentro dos lares e apoiar o ciclo educacional”, através da mobilização de família e amigos para garantir uma renda extra mensal.
A modalidade garante proteção contra os efeitos da inflação, com a renda proporcionada pelo acúmulo de títulos ao longo dos anos sendo corrigida pelo IPCA, além de uma taxa real, dando mais segurança para os planejamentos futuros do investidor.
Quando o assunto é juntar dinheiro, no entanto, muito antes do mais novo lançamento do Governo Federal, famílias já se articulavam através de outras modalidades. A caderneta de poupança é a mais popular entre os brasileiros e foi uma das alternativas adotadas por Abraão Silva, pai de Isaac, 7, além da previdência privada.
Inicialmente, a ideia de juntar dinheiro surgiu para incentivar a educação financeira dentro de casa, através do clássico “porquinho” de cerâmica. O professor, no entanto, decidiu ampliar os investimentos e acredita que isso fará diferença na hora de arcar com os estudos do filho futuramente.
“Ele tem demonstrado interesse por medicina. Eventualmente, se ele fizer uma faculdade privada, que é bem cara, essas reservas já garantem, se não a faculdade toda, o sustento durante um período”, pontua.
Quem também se planeja desde cedo é Thaiana Macedo, que decidiu dar início a uma reserva para o seu filho Eduardo antes mesmo dele completar um ano. Na ocasião, a Relações Públicas estudou as alternativas de investimento e optou pela previdência privada, no valor de R$ 164 por mês.
Segundo Thaiana, apesar dos estudos serem um destino interessante para o dinheiro, não foi exclusivamente com esse intuito que ela resolveu poupar. O valor investido pode ser retirado a qualquer momento por ela ou pelo filho, hoje com cinco anos, quando completar a maioridade.
“A ideia é usar como reserva financeira. Pode ser para os estudos, mas também para aquisição de um imóvel ou reserva para questões de saúde, mas não para adquirir algum bem não durável, como um automóvel, por exemplo”, explica.
É essencial pesquisar
Em meio a tantas possibilidades, é importante pesquisar, estar atento à rentabilidade de cada modalidade e, assim, descobrir o que é mais viável para o bolso. A tradicional caderneta de poupança, por exemplo, apesar da popularidade, tem baixa rentabilidade, segundo o economista Raimundo Sousa.
Segundo ele, “o Tesouro Educa +, além de render mais, viabiliza um aporte inicial que ajuda a reduzir o valor mensal da contribuição”. Além disso, existe a possibilidade de o investidor vender o título após 60 dias do contrato, sob taxa de custódia.
Outra alternativa é a previdência privada, que consiste em uma contribuição regular que possibilita o resgate do dinheiro após determinado período. O Certificado de Depósito Bancário (CDB), oferecido por instituições financeiras, também é uma opção que pode ter rentabilidade maior que a poupança.
Além disso, há as letras de câmbio do agronegócio (LCA) e do setor imobiliário (LCI), cujas rentabilidades são superiores à poupança. Em relação à renda variável, Raimundo chama atenção para o mercado de ações, que podem oferecer rentabilidade superior às demais aplicações, porém, com maior risco.
“No caso do mercado de ações, é importante que o investidor estude antes, analise e até busque um profissional da área. A pessoa pode ganhar dinheiro, mas também pode perder bastante, devido às variações do mercado”, alerta o economista.
*Sob supervisão da deitora Cassandra Barteló
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