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YouTube contribuiu R$ 4.55 bi para PIB e gerou 140 mil empregos

O Relatório de Impacto da plataforma foi lançado nesta segunda, em São Paulo

Publicado terça-feira, 15 de agosto de 2023 às 06:01 h | Atualizado em 15/08/2023, 16:04 | Autor: Carla Melo
Atualmente, os criadores de conteúdo da plataforma de vídeo possuem 10 formas alternativas de monetizar os seus conteúdos
Atualmente, os criadores de conteúdo da plataforma de vídeo possuem 10 formas alternativas de monetizar os seus conteúdos

Uma das maiores plataformas de vídeo do mundo, o YouTube, contribuiu R$ 4,55 bilhões para o Produto Interno Brasileiro (PIB) em 2022, no Brasil. É o que aponta o Relatório de Impacto do YouTube, realizado pela Oxford Economics, e lançado nesta segunda-feira, 14, em São Paulo.

A pesquisa estuda a contribuição econômica, social e cultural que a plataforma gerou para o PIB brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e também na geração de empregos diretos e indiretos pelo Youtube e na sustentação de negócios na plataforma.

Mais de 140 mil empregos, equivalentes a tempo integral, foram gerados pelo site de reprodução de vídeos em 2022, isso quer dizer que que o YouTube é a principal fonte de renda de 4 em cada 10 criadores no Brasil.

Para Patrícia Muratori, Diretora do Youtube Brasil, isso representa uma importante oportunidade para quem está adentrando ao mercado de vídeos, oferecendo caminhos para novos negócios e dando apoio para aqueles que já estão na plataforma.

“O YouTube tem uma função importante que é cristalizar os negócios. É a plataforma que mais entrega. Isso é essencial quando acreditamos na plataforma, que acolhe todos, desde pequenos e grandes negócios, empreendedores, criadores de conteúdos, marqueteiros e muito mais”, explica Muratori.

Imagem ilustrativa da imagem YouTube contribuiu R$ 4.55 bi para PIB e gerou 140 mil empregos
 

Cerca de 87% dos criadores que ganham dinheiro com o YouTube concordam que a plataforma oferece uma oportunidade de criar conteúdo e ganhar dinheiro que não encontrariam na mídia tradicional. 

Atualmente, os criadores de conteúdo da plataforma de vídeo possuem 10 formas alternativas de monetizar os seus conteúdos, desde anúncios tradicionais até assinaturas do Clube dos canais pelos fãs. Eles recebem uma parte da receita gerada pelas assinaturas do YouTube Premium e pela publicidade dos anúncios exibidos nos vídeos.

Além disso, a receita também são repassadas através do Super Stickers, Super Thanks, Super Chat, shopping, fundos para apoiar grupos específicos de criadores, contratos com marcas e patrocínios, vendas através do próprio site ou empresa e participações em eventos ao vivo

Só em dezembro de 2022, mais de 15 mil canais ganharam dinheiro com produtos de monetização alternativa, um aumento de mais de 15% em relação ao ano anterior.

Os impactos do YouTube na economia brasileira também estão na forma em que os criadores se relacionam na plataforma. Mais de 195 mil criadores e parceiros recebem pagamentos ligados às suas presenças na aplicação de reprodução e compartilhamento de vídeos. Além disso, 105 mil empregam outras pessoas para trabalharem em seus canais da plataforma.

Educação Digital 

O relatório mostrou também relevância no número de usuários que buscam conhecimento no Youtube, e da quantidade de criadores que utilizam da plataforma para levar conteúdo através de recurso acessível, flexível e gratuito para brasileiros de todas as idades e níveis de formação. Felipe Araujo (@FelipeAraujoEdu), foi um desses destaques, nascido na periferia de Campina Grande, na Paraíba, ele criou um canal onde desenvolveu sua própria metodologia de estudos, para incentivar e compartilhar sua forma de estudar com outros estudantes. 

“Busquei ferramentas quando terminei o ensino médio para estudar para o Enem, e dentre essas plataformas, o que me salvou foi o YouTube, que é uma das principais plataformas de democratização da educação. Agora busco mostrar para os estudantes que é possível sim estudar pela plataforma e conseguir passar em qualquer curso e em qualquer universidade”, explica o criador.

Felipe Araujo (@FelipeAraujoEdu) criou um canal onde desenvolveu sua própria metodologia de estudos
Felipe Araujo (@FelipeAraujoEdu) criou um canal onde desenvolveu sua própria metodologia de estudos |  Foto: Divulgação | Youtube
  

Segundo dados do estudo, 98% dos usuários entrevistados pela Oxford Economics afirmam que usam o YouTube para obter informações e conhecimento. Por outro lado, 84% dos professores que usam a aplicação de vídeos concordam que a plataforma ajuda os estudantes a aprender melhor.

O bom cenário também acompanha o público infantil. Segundo relatório, 94% dos pais que usam o YouTube concordam que a plataforma (ou o YouTube Kids para crianças menores de 13 anos) tem conteúdo de aprendizagem e/ou entretenimento de qualidade para seus filhos. 

É o cenário que o Eduardo San Marino e sua família, composta pela esposa Fernanda e os filhos Duda e Ricardo, aproveitaram. Juntos, eles são responsáveis pelos Bolofofos, cinco personagens de desenho que são fenômeno entre as crianças. Criado em 2014, Bolofofos contam com mais de 9,4 milhões de inscritos, e um dos seus vídeos mais famosos, “Funk do pão de queijo”, 1 bilhão de visualizações.

"Nos inspiramos muito naqueles momentos em que toda a família ficava em frente à televisão. Então pensamos em criar algo que conectasse a família inteira novamente. Foi aí que o YouTube entrou e ampliou o leque de possibilidades a partir da nossa ideia", explica Eduardo e Duda.

Eduardo San Marino e sua filha, Duda, do canal Bolofofos
Eduardo San Marino e sua filha, Duda, do canal Bolofofos |  Foto: Divulgação | Youtube
  

No evento de lançamento do relatório, também foi realizada a premiação dos vencedores do Prêmio Youtube de Educação Digital. Foram ganhadores os canais Centro de Mídias do Amazonas, Canal Politize, Professor Noslen, Aprendi Lá, Gis com Giz e Escola do Flow.

Vencedores do Prêmio Youtube de Educação Digital
Vencedores do Prêmio Youtube de Educação Digital |  Foto: Divulgação | Youtube
  

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