Enem: estigma associado às doenças mentais no Brasil é o tema da redação

O tema da redação do Enem 2020 é 'O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira'. Como de costume, o tema de redação foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em suas redes sociais.

Nesta edição, o tema da redação é “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Participantes têm até 19h (horário de Brasília) para finalizar o exame. pic.twitter.com/va5gMhM6dF

— Inep (@inep_oficial) January 17, 2021

Conforme o Inep, as redações são avaliadas de acordo com cinco competências. A nota pode chegar a 1.000 pontos, mas há critérios que podem zerar a redação, a exemplo da fuga do tema.

Estudantes preocupados

No primeiro dia de aplicação das provas do Enem em Salvador, estudantes relatam preocupação em fazer o exame em meio à pandemia de Covid-19.

Presente no Colégio Central para prestar a prova pela segunda vez, o estudante Yuri Fêsan, de 24 anos, lamentou a execução do Enem durante a crise sanitária, que já vitimou mais de 208 mil brasileiros.

Para Fêsan, a execução da prova, neste domingo, 17, promove a desigualdade entre estudantes que puderam se preparar e aqueles que não tiveram ferramentas educacionais disponíveis para continuar com os estudos durante o isolamento.

“Não era o momento. Ainda mais com os últimos acontecimentos, como a falta de oxigênio em Manaus, e com muitos estudantes de escola pública que não puderam estudar durante esse período e foram os mais prejudicados. Muitas não tiveram acesso ao ensino remoto, então era sim para adiar”, confessou.

População relata movimento fraco

A primeira prova do Enem acontece em Salvador em meio à alta de taxa de transmissão Covid-19 e tem sido matéria de discussões entre a população de Salvador. Morador do Bairro da Mouraria há 27 anos, frequentador de um estabelecimento em frente ao Colégio Central, Luiz Conceição dos Santos, 60, nunca viu uma movimentação tão fraca durante aplicação do exame.

"Muito fraco. Não tem coletivo, além da pandemia que está acontecendo", disse.