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29/09/2024 às 7:00 • Atualizada em 29/09/2024 às 9:10 | Autor: Priscila Dórea

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

‘Espaço Fazer’ permite a jovens a prática de criar e inovar

Localizado no Ifba de Camaçari, local é o maior do gênero no Norte-Nordeste e conta com equipamentos de ponta para estudos

Lucas Rego Farias e Jonas Magalhães Silva no Espaço Fazer
Lucas Rego Farias e Jonas Magalhães Silva no Espaço Fazer -

Inaugurado em junho, após investimento de R$ 1 milhão, o Espaço Fazer do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba) de Camaçari é o maior do gênero no Norte e Nordeste. Conta com 20 impressoras 3D, 4 scanners 3D, 4 máquinas CNC Laser, 42 notebooks, 30 kits de robótica, 48 canetas 3D, 40 kits arduino, 3 laboratórios e outros equipamentos à disposição de estudantes, empreendedores e desenvolvedores de novas tecnologias e protótipos.

O objetivo do espaço é estimular inovação nas áreas de eletrônica, robótica, marcenaria e fabricação digital, visando ao desenvolvimento de pesquisas, projetos e ideias inovadoras. O Espaço Fazer é executado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), do governo da Bahia, em parceria com o governo federal, e é aberto ao público – basta apresentar o projeto e agendar a visita. Uma iniciativa externa ao Ifba ativa no momento, por exemplo, é um projeto de extensão no formato de curso de desenvolvimento de games, em parceria com a Instituição Burburinho Cultural.

Há, claro, alguns projetos de pesquisa internos, como o “Dispositivo vestível no monitoramento de treinandos em atividades esportivas”. O dispositivo tem como objetivo monitorar e auxiliar atletas em suas práticas e o projeto nasceu bem antes de o Espaço Fazer chegar ao Ifba.

“Essas ferramentas e programas realmente contribuem muito na nossa formação profissional, pessoal e na construção de nossas ideias”, afirma o estudante do Ifba Jonas Magalhães Silva, de 24 anos, integrante da equipe de criação do dispositivo. “Quando o Espaço Fazer chegou, abriu um mundo de possibilidades. Imagina quantos garotos e garotas de diversas comunidades, que antes só sonhavam com isso, agora podem ter acesso à robótica e a outras tecnologias durante a sua formação”.

Agora, os criadores do dispositivo têm a oportunidade de desenvolver até protótipos físicos do vestível. “Uma estrutura dessas mexe muito com a autoestima, sabe?”, pondera Jonas. “Você pensa: ‘posso acessar um ambiente com tecnologia bacana e laboratórios equipados, quero participar disso’. As possibilidades são inúmeras, por isso iniciativas assim são importantes, não só as voltadas para a educação, mas qualquer coisa que fomente o conhecimento do ser humano”.

Para o estudante Lucas Rego Farias, de 22 anos, colega de Jonas na equipe, o espaço permite que as ideias ganhem vida. “Quando temos uma ideia, logo pensamos em como realizá-la”, explica. “E é comum que o objetivo final esteja claro, mas o ponto inicial não”.

E esse ponto inicial, pondera Lucas, é o que eles têm hoje com o Espaço Fazer. “Temos uma ideia e, se quisermos desenvolvê-la, podemos fazer nos três laboratórios, integrando desde a construção do algoritmo até o molde da peça propriamente dita”.

Cultura ‘maker’

Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e coordenador do curso técnico integrado em informática do Ifba Camaçari, Adilson Oliveira Almirante acredita que investimentos em políticas públicas que trazem o foco à juventude são muito importantes para o desenvolvimento do Estado.

“Ações como criação de escolas de tempo integral e investimento tecnológico em escolas federais como a nossa, que atuam diretamente junto à população jovem do Estado, são bons sinais das intenções de um governo com seu povo”, argumenta o professor, que é membro do comitê gestor do Espaço Fazer.

Além de contribuir fortemente com a formação desses jovens por meio do contato e conhecimento prático de variadas tecnologias, um local como o Espaço Fazer também contribui para a imersão da juventude numa cultura multidisciplinar, que é a cultura maker – ou a cultura do “faça você mesmo”. “Isto leva esses jovens a transcenderem sua criatividade, trazendo ao mundo prático muitas coisas que, para eles até então, não haviam emergido de um plano teórico”, explica Adilson.

Inovação

A estudante do curso integrado de eletrotécnica do Ifba Camaçari, Isabelle de Jesus Santos Ribeiro, de 21 anos, integra a equipe que desenvolveu o app PaceFree, uma tecnologia assistiva que auxilia pessoas com deficiência visual a atravessarem a rua. A equipe, que é toda composta por alunas do Ifba Camaçari, conquistou o segundo lugar na edição 2023 do programa de formação de jovens meninas líderes Power4Girls Empower to Lead, uma iniciativa da embaixada e consulados dos EUA.

“Ter esse espaço no instituto é uma dádiva para o futuro dos nossos projetos e muda completamente as nossas projeções, aumentando muito as chances de escaloná-lo”, afirma a estudante. “Ter acesso a essas tecnologias modernas e a equipamentos de alta qualidade nos permite desenvolver habilidades essenciais e ter experiências práticas inestimáveis para o futuro”.

Também parte da equipe PaceFree e do mesmo curso de Isabelle no Ifba Camaçari, a estudante Gracielle Dias, de 19 anos, explica que o instituto sempre incentivou os alunos a entrarem em projetos de iniciação científica que aguçam a criatividade. “Com o Espaço Fazer, agora as portas do Ifba foram abertas para alunos e a comunidade externa, dando oportunidade para mais pessoas mostrarem sua criatividade na prática”.

Aprender na prática, trazer novas ideias e, principalmente, promover inovações, são algumas das coisas que mais bem descrevem a importância de iniciativas como o Espaço Fazer, afirma a estudante Kauany Loureiro Mendes, de 20 anos, também integrante da equipe. “Espaços assim ajudam a desenvolver habilidades que podem fazer a diferença tanto na vida pessoal quanto profissional, conectando as pessoas com o que há de mais novo e abrindo portas para o futuro”, avalia. “Esses lugares são essenciais para quem quer estar preparado para os desafios do mercado e contribuir com o progresso da região onde vive”.

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