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PESQUISA

Estudantes desenvolvem pomada cicatrizante à base de romã e aroeira

Produto alia sustentabilidade e propriedades especiais para a regeneração da pele

Por Redação

15/12/2024 - 22:09 h
Pablo, Mirele, Rogério e a orientadora, Laíse: equipe acredita no potencial do produto
Pablo, Mirele, Rogério e a orientadora, Laíse: equipe acredita no potencial do produto -

Valorizar as plantas nativas e suas propriedades medicinais é uma das formas de destacar a riqueza dos biomas baianos, que abrigam espécies com potencial terapêutico. Inspirados por essa biodiversidade, três estudantes do Colégio Estadual Duque de Caxias, em Barreiras - na região Oeste do estado, a 860 km de Salvador - desenvolveram uma pomada cicatrizante que utiliza o potencial curativo da romã e da aroeira.

Pesquisado por Pablo Gabriel Ferreira, Rogério Brandão e Mirele Lima, sob a orientação da professora Laíse de Jesus, o produto se destaca como uma solução natural e sustentável para promover a regeneração da pele. Segundo Pablo, a escolha dos ingredientes reflete a busca por alternativas sustentáveis e eficazes.

“A romã tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que favorecem a cicatrização, estimulando a produção de colágeno e prevenindo infecções. Já a aroeira é antimicrobiana e acelera a cicatrização, aliviando dor e desconforto. Essa combinação busca oferecer uma solução natural para cuidados com a pele, valorizando as plantas nativas da nossa região e usando recursos locais para soluções sustentáveis”, explicou o jovem pesquisador.

Grande potencial

Pablo também destaca os testes realizados, que trouxeram resultados positivos. “Testamos a pomada em uma família e, em menos de dois dias, as feridas cicatrizaram, e a pele foi regenerada. Esses resultados iniciais nos motivam a explorar novas formulações e investigar aplicações adicionais, como em casos de queimaduras e úlceras cutâneas. Acreditamos que o potencial desse produto é enorme”, projeta.

Para o jovem cientista, o projeto, que tem apoio da Secretaria da Educação da Bahia (SEC), vai além do cuidado pessoal, abrangendo também aspectos culturais e econômicos que são muito importantes para a região.

“Esse projeto tem o potencial de impactar o mercado fitoterápico, atendendo à demanda crescente por produtos naturais. Além disso, promove a valorização da medicina tradicional, fortalece práticas locais e incentiva a economia regional com o cultivo dessas plantas. Nosso próximo passo é melhorar o projeto e levá-lo ao conhecimento de todos”, afirma Pablo.

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