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Novos desafios motivam profissionais experientes e recém-formados

Publicado domingo, 02 de abril de 2017 às 10:16 h | Autor: Milena Hildete*
Gouveia recomenda que os estudantes criem um direcionamento para a carreira
Gouveia recomenda que os estudantes criem um direcionamento para a carreira -

Por que profissionais de diferentes áreas estagnam a própria carreira? O que faz estudantes ficarem desestimulados com o curso antes mesmo de terminar a graduação? A resposta pode estar em uma famosa expressão que costuma aparecer nos livros motivacionais: zona de conforto.

Na psicologia, a expressão aparece como uma série de ações, pensamentos e comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco.

Certamente, não é errado estar nessa posição, no entanto a especialista em inteligência emocional e liderança colaborativa Semadar Marques alerta para o preço que a zona de conforto pode ter na carreira profissional. “O ser humano é movido a desafios. Se a gente não faz um esforço para questionar a nossa carreira, a tendência é que a desmotivação chegue”, fala.

A ausência de estímulo também pode estar aliada a fatores como subutilização na empresa ou até mesmo falta de oportunidade de ingressar na área desejada. A especialista recomenda que o profissional tenha um olhar pessoal para a carreira. “Para sair dessa situação, o profissional deve ter um olhar para si e buscar uma solução”.

Nesses casos, o profissional deve perguntar para si mesmo o que mais gosta de fazer e, principalmente, escolher o tipo de profissional que deseja ser. Por exemplo, quem está incomodado com o emprego pode conversar com o chefe, pois, às vezes, o problema pode estar com a gestão da empresa.

Outra dica é fazer um freelancer, começar uma pós-graduação. “O ideal é ter algumas metas que estejam alinhadas àquilo que vai te motivar”, conta a especialista. Quando passamos a nos conhecer, os cenários aparecem”, completa. Ela ainda recomenda que o profissional também calcule riscos da futura mudança.

No final do curso, a falta de ânimo costuma chegar porque o aluno começa a perder a base da faculdade. Nesse momento, é natural que o aluno fique com a sensação de dúvida e medo, pois as oportunidades são mais difíceis para quem está começando a carreira.

O coordenador do curso de gestão em recursos humanos da Universidade Salvador (Unifacs), Antônio Gouveia, recomenda que os estudantes criem um direcionamento para a carreira. “É interessante que o estudante se envolva com atividades da área para que ele possa desenvolver habilidades”.

Faça perguntas para você 

O que te faz ficar sem motivação? 

Nesse exercício, o profissional vai olhar para si. É necessário fazer uma avaliação sobre o que está causando a falta de motivação, pois dessa maneira fica mais fácil achar uma solução para o problema

Que tipo de profissional você quer ser? 

Defina o que você quer e escolha  o tipo de profissional que deseja ser. Faça um planejamento e comece a executar pequenas ações diariamente

Quais são os temas que te motivam a aprender?

Faça uma análise e veja quais são os temas que realmente te chamam mais a atenção. Além disso, o profissional pode investir em atividades da área de seu interesse

O que a empresa pode fazer para te ajudar?

O profissional que esteja com algum tipo de insatisfação deve conversar com o gestor. Toda empresa precisa de novos talentos, e, por conta disso, é fundamental que a organização  tenha atenção especial para a falta de motivação dos funcionários

Devo calcular riscos?

Nem tanto. O profissional deve estudar  riscos   financeiros, pois o planejamento  irá minimizar as chances de perdas . No entanto, não é necessário ficar se prendendo a incertezas. Ter atitude é fundamental

*Estagiário sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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