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EMPREGOS & NEGÓCIOS

Supermercados esperam gerar negócios de R$ 400 mi em evento do setor

A 12ª edição da Super Bahia vai acontecer entre terça e quinta-feira, no Centro de Convenções de Salvador

Por Rafaela Araújo | Ag. A TARDE

09/07/2023 - 6:00 h
Mauro Rocha, da Abase, garante que essa será a maior edição da feira
Mauro Rocha, da Abase, garante que essa será a maior edição da feira -

Os corredores de supermercados e mercadinhos de bairro, cheios de gôndolas e prateleiras, serão trocados na próxima semana por dois pavilhões no Centro de Convenções de Salvador, na orla da Boca do Rio, em Salvador. Isso porque, entre terça e quinta-feira, acontecerá a 12ª edição da Super Bahia 2023, feira baiana do segmento. Lá, empresários ou interessados no setor vão conhecer as principais tendências e discutir desafios, como a logística e a onda das redes atacadistas neste mercado que tem sido o responsável por impulsionar o crescimento do comércio baiano.

Superintendente da Associação Baiana de Supermercados (Abase), Mauro Rocha garante que essa será a maior edição da feira e vai mostrar a força do segmento no estado. Nos três dias de evento, serão, de acordo com ele, 150 expositores, uma média de 20 mil visitantes e R$ 400 milhões em negócios fechados - o que representa um aumento de 15% no total movimentado durante a última edição.

É um evento tanto para o grande quanto para o médio e o pequeno empresário da área. Vai ser uma oportunidade para conhecer as tecnologias e tendências do mercado e se capacitar para guiar seu negócio da melhor forma possível”, afirma Rocha.

A feira vai contar com cerca de 20 palestras, cujos temas vão desde como reduzir as perdas e a importância do layout da loja até formas de melhorar a venda online e gestão de colaboradores. Assuntos que são, segundo o superintendente da Abase, alguns dos principais desafios do empresário do setor de varejo de alimentos.

Até agora, nos quatro primeiros meses de 2023, o segmento vem mostrando um tímido crescimento, mas, por sua expressividade, ele tem puxado o desempenho do varejo baiano, segundo aponta a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge). De acordo com o estudo, de janeiro a abril deste ano, a categoria formada por hipermercados e supermercados teve um aumento de 3,8% no volume de vendas quando comparado aos mesmos meses do ano anterior.

Por sua relevância na composição do varejo baiano, foi a que mais contribuiu para que o comércio tivesse um crescimento de também 3,8% no mesmo período. Apesar disso, o coordenador de comércio e serviço do Sebrae Bahia, Edicarlos Moreira, prevê que as vendas em 2023 devem se manter muito semelhantes ao atingido no ano passado, quando houve, no acumulado dos 12 meses, uma queda de 1,4%, segundo a PMC do Ibge.

Para Moreira, o destaque de crescimento nesse segmento vem sendo as redes atacadistas. O especialista avalia esse modelo de negócio como mais rentável para o empresário, mas também como o responsável por uma competitividade desfavorável para o pequeno empreendedor.

“Hoje já temos redes atacadistas praticamente em cada bairro de Salvador. Os empresários estão, cada vez mais, abrindo os olhos para esse modelo que é mais rentável, viabiliza preços mais arrojados principalmente para volumes de compras maiores. Mas Salvador ainda está apenas no início desse movimento, que ainda deve crescer muito”, prevê o coordenador do Sebrae.

Pequenos empresários

Para os pequenos empresários do setor, a orientação do especialista é enfrentar essa competitividade com união. “Formar centrais de compra coletivas ou redes para barganhar maior negociação com o fornecedor é a única solução. Ao se juntar com outros pequenos empresários, é possível realizar compras mais volumosas e colocar preços mais competitivos frente a essas grandes redes”.

Foi o que fez o sócio do Novomix, Demetrio Machado. Ele conta que junto com outros empresários do mercado regional formou uma rede de associativismo para criar musculatura na hora das compras e dividir um centro de distribuição.

“Voltamos para um momento que o cliente olha muito para o preço. Troca a manteiga pela margarina, comprar o presunto ou o queijo. O ticket médio diminuiu muito. A forma para tentar contornar isso vai depender muito do cliente. Como trabalhamos com os dois públicos, temos loja em bairros mais nobre e em mais populares, nossa solução é sempre um bom atendimento, uma loja higienizada e um grande mix de itens”, afirma Machado.

Para o especialista do Sebrae a logística desse expressivo mix de produtos e a gestão da equipe profissional também costumam ser peculiaridades desafiadoras desse segmento, já que o volume de funcionários e de produtos nos estabelecimentos costuma ser muito grande. O setor é considerado um dos maiores empregadores do país e tem uma média de 20 mil itens por estabelecimento, segundo a Abase.

É o caso, por exemplo, do supermercado RedeMix, que emprega em suas 17 lojas 2,5 mil profissionais. Para o sócio João Cláudio Andrade, capacitar a equipe é um ponto fundamental para o sucesso do negócio.

“É um segmento que recebe um público muito grande, que tem uma equipe muito grande, mas que precisa qualificar essa equipe, porque os supermercados são praticamente a porta de entrada para o primeiro emprego, então muitos deles estão tendo ali a primeira experiência. Lidar com isso é um desafio no nosso dia a dia”, conta João Cláudio.

Mas além de olhar para dentro, é preciso também enxergar as mudanças que acontecem fora dos supermercados. O sócio do RedeMix lembra que durante a pandemia o segmento exigiu jogo de cintura dos empresários. Desde então, ficaram, segundo João Cláudio, a necessidade de continuar aperfeiçoando as vendas online e de se adaptar ao novo perfil de consumo do cliente.

“O consumidor percebeu uma nova forma de consumo, de lazer e precisamos entender e trazer produtos que atendam essa nova demanda. Se antes ele saía para comer fora, agora prefere tomar um vinho bom em casa. Os produtos de limpeza, muitos passaram a fazer parte da rotina, não com a mesma intensidade, mas continuaram. Foi preciso se adequar, quem não conseguiu perdeu cliente”, conta.

Apesar de tantas mudanças, João Cláudio acredita que o mercado baiano tem se destacado nacionalmente. “É um estado que ainda paga o preço de um monopólio de 30 anos, que foi se diluindo e agora está respondendo com o surgimento das redes regionais”, avalia o sócio do RedeMix

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