EMPREGOS & NEGÓCIOS
Uber atrai desempregado e quem quer completar renda
Por Renato Alban

Uma veterinária, um empresário, um analista de sistemas, um técnico em eletromecânica e um taxista começaram a rodar pela Uber em Salvador. A plataforma de transporte com carros privados opera há quase quatro meses na cidade e tem atraído profissionais de várias áreas, seja por desemprego, dificuldade financeira ou oportunidade de complemento de renda.
De acordo com pesquisa da própria Uber, nove em cada dez motoristas que rodam com o aplicativo estariam procurando trabalho se não estivessem ocupados com a plataforma. E três dentre dez foram demitidos do último emprego. Foi o caso do técnico em eletromecânica Sinho Oliveira, 28 anos. Ele era funcionário da unidade da Gerdau em Simões Filho, que fechou em 2014.
Há quase dois meses, ele alugou um carro e começou a rodar com a Uber. Nesse período, conseguiu um emprego como operador de máquinas em uma empresa, mas, para equiparar o salário que ganhava, trabalha como motorista sete horas por dia, de segunda a sábado. Com isso, diz tirar
R$ 1.200 por mês, já descontando o gasto com combustível e aluguel do carro.
Também com veículo alugado, o analista de sistemas Erivan Barbosa, 36, afirma ganhar até R$ 6 mil por mês por meio da plataforma. Antes de virar motorista, Erivan trabalhou como analista de sistema por cinco anos e prestou serviços para uma empresa de evento por dois anos. Nas duas ocupações, ganhava menos do que o que recebe pela Uber com 60 horas por semana. "Prefiro a Uber a estar empregado. Trabalho mais, mas estou gostando".
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