ESPORTES
Antes do Ba-Vi, Léo Fortunato recupera as energias no carinho da família
Por A TARDE On Line
Após quatro jogos ausente, o xerife está de volta. Léo Fortunato retorna ao seu posto na zaga do Vitória após se recuperar de uma contusão no dorso do pé. E mais confiante e feliz, garante o atleta.
Após três meses na Bahia, o zagueiro se diz contente, principalmente após suas fontes de alegria, a esposa Neuza e sua filha Alice, de apenas cinco anos, estarem adaptadas e felizes na terra do Leão.
Nos raros momentos de folga, Fortunato corre para a praia de Vilas do Atlântico atrás de força para enfrentar o batente puxado no Barradão. E, na semana que antecede o primeiro Ba-Vi das semifinais do Estadual, não poderia ser diferente.
Enquanto Alice se deliciava com um sorvete de chocolate, Fortunato bebia uma água de coco com amigos mineiros que vão torcer pelo xerife no clássico de Pituaçu.
Não adianta ansiedade. Tenho de estar focado e bem preparado para enfrentar um clássico. Já atuei em diversos e eles pedem um cuidado especial. Porém, não adianta desespero. Relaxar com a família e amigos é um ótimo remédio. Com este cenário maravilhoso, a cabeça fica serena para qualquer desafio, garantiu o xerife do Leão.
Para Neuza, Salvador já se tornou sua morada. Ou melhor, da família Fortunato. Em Portugal, não estávamos felizes. Nossa filha chorava todos os dias querendo voltar. Aqui ela já se sente uma baianinha. Tem muitas amigas na escola e nem pensa em sair daqui. Léo é muito ligado a família. Quando não estamos bem, isso influencia em tudo. Aqui, estamos felizes com a morada e com o Vitória, garantiu Neuza, casada com o zagueiro há oito anos.
Olho gordo - Porém, tem muita gente desejando levar o zagueiro do Leão. Enquanto Fortunato conversava com nossa equipe, um torcedor do Cruzeiro se aproximou. Ei, você é Léo Fortunato! Quando você vai voltar para a Raposa?, disse Carlos. Por enquanto só penso no Vitória, respondeu.
De fato, o time sente a falta do xerife. Nas quatro rodadas anteriores que o Leão atuou sem Fortunato, só não levou gol no jogo contra o Camaçari, sábado passado. Em 14 jogos com a presença do zagueiro, o Vitória teve uma média de 0,7 gol sofridos por embate.
Sem Léo, o rubro-negro levou sete gols em sete jogos, uma média de uma bola na rede contra o time do técnico Antônio Lopes. No aspecto disciplina, Fortunato também é um exemplo no grupo. Mesmo sendo zagueiro, o carioca levou apenas dois cartões amarelos até aqui.
Três perguntas para Léo Fortunato:
Alguém te chamou de louco quanto optou pelo Vitória, na Série B?
Até hoje chamam. Mas as vezes temos que dar um passo para trás e depois três para frente. O Vitória é um time de Série A. Aqui encontrei qualidade de vida e um ótimo local para trabalhar. Não me arrependo nem um pouco.
E o grupo? Sentiu união na equipe?
Estamos focados e unidos. É um grupo jovem, mas com a cabeça centrada. Estou ensinando e aprendendo muito aqui. Temos muitos desafios pela frente, como o próximo Ba-Vi, mas não vejo ninguém ansioso ou com receios. Isto é bom.
Sua filha não gostou da Europa. E da Bahia?
Aqui ela está se sentindo em casa. Não reclama de nada aqui. Na escola, já fez muitas amigas, ao contrário de Portugal. Aqui parece muito com o Rio de Janeiro. Não temos nada o que reclamar daqui.
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