ESPORTES
Clubes brasileiros têm revanche contra argentinos na Libertadores
Por Rafael Teles
A Copa América acabou, mas as partidas continentais não. Esta semana quem vai movimentar os gramados sul-americanos é a Taça Libertadores, que retorna com os jogos de ida das oitavas de final. Três brasileiros estarão em campo nesta terça-feira, 13, e dois deles vão enfrentar equipes argentinas. É a chance de dar o troco nos hermanos depois de eles vencerem o Brasil e ficarem com o título no Maracanã.
Em Buenos Aires, o título continental e o fim do jejum de 28 anos sem conquistas da seleção argentina ainda são comemorados, mas ao menos os torcedores do Boca Juniors vão dar um intervalo na festa para torcer pelo Azul y Oro, que recebe o Atlético-MG na Bombonera, às 19h15 (da Bahia). Mais tarde, às 21h30, o São Paulo encara o Racing, no Morumbi.
O jogo entra Boca e Galo é o mais aguardado das oitavas de final da Libertadores. O clube brasileiro se classificou com a melhor campanha da fase de grupos e vive bom momento sob o comando de Cuca, que em 2013 foi campeão continental com o Alvinegro, e no ano passado chegou à decisão com o Santos.
Com quatro vitórias nas últimas quatro partidas, o Atlético se mantém na cola dos líderes do Campeonato Brasileiro. O time também está garantido nas oitavas de final da Copa do Brasil e foi campeão estadual há dois meses. Para Cuca, no entanto, nada disso serve para colocar o time como favorito na noite desta terça.
"Jogar contra o Boca é sempre difícil. Tem que dividir. São duas grandes equipes. Eles têm o ponto positivo que estão super descansados, e por outro lado o que temos de positivo é estar com ritmo de jogo, ainda que não totalmente descansados", disse o treinador.
Como foi apontado por Cuca, os argentinos não têm o desgaste dos times brasileiros. Eles entraram em campo pela última vez no fim de maio, quando terminou a temporada 2020/21 por lá. Depois de alguns dias de férias, as últimas semanas xeneizes foram focadas na preparação para enfrentar o Galo.
A Bombonera, nesta terça, seguirá sem público, mesmo com a recente autorização da Conmebol. Isso porque as autoridades sanitárias da Argentina não permitiram o retorno da torcida aos estádios por lá. Mas a arquibancada estará enfeitada, inclusive com faixas para homenagear Messi e o recente título conquistado pelos hermanos contra o Brasil.
Para São Paulo e Racing, que jogam netsa terça no Morumbi, nem seria preciso ter o Brasil x Argentina na final da Copa América. A rivalidade entre os clubes começou na fase anterior da Libertadores, com os dois juntos no Grupo E.
O empate em Avellaneda e a vitória argentina na capital paulista garantiram a La Academia a primeira posição. Agora, no mata-mata, o Tricolor vai tentar fazer o que ainda não conseguiu nos dois encontros anteriores: vencer o Racing.
A equipe treinada por Hernán Crespo chegou a ficar sete jogos sem ganhar nos últimos 30 dias, mas duas vitórias nas últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro parecem ter estancado a crise bem a tempo de entrar em campo pela Taça Libertadores.
Os problemas na cabeça do treinador agora dizem respeito à escalação do time. Crespo já sabe que não vai contar com Daniel Alves, que está com a Seleção Olímpica, e pode também não ter Luciano, Miranda e Rigoni. Os três são dúvidas por problemas musculares.
Fluminense
Como nem só de Brasil x Argentina vive a América do Sul, nesta terça o Fluminense vai até Assunção, no Paraguai, enfrentar o Cerro Porteño. A partida, no La Nueva Olla, está marcada para as 19h15 (da Bahia).
O Fluminense foi um dos destaques na fase de grupos ao superar o River Plate e se classificar na primeira posição. O time treinado por Roger Machado também faz um bom início de Campeonato Brasileiro, atualmente no sétimo lugar.
Essa é a quinta experiência de Roger como treinador na Libertadores, e ele tenta superar a barreira das oitavas de final da competição continental pela primeira vez.
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