Contra a Chape, Esquadrão tenta retomar ritmo de antes após perder duas partidas consecutivas

Após um início promissor no Campeonato Brasileiro, no qual chegou a figurar no G-4, o Bahia agora vive o seu primeiro momento de instabilidade na competição. Não chega a ser necessariamente uma crise, até mesmo por ainda estar dentro do G-10, mas as duas derrotas consecutivas (Palmeiras e América-MG) e os oito gols sofridos somando-se as últimas três rodadas – o que lhe rende o posto de segunda pior defesa da Série A – são mais do que suficientes para deixar o sinal de alerta ligado no Tricolor, que precisa voltar ao trilho anterior de bons resultados e desempenho convincente.

E em meio a essa patinada em chão escorregadio, o Bahia repetiu um feito negativo amargado, até então, apenas uma vez na temporada atual: perder duas partidas seguidas. A dobradinha sem pontos só havia ocorrido no mês de maio, quando o Tricolor foi vencido pelo Independiente-ARG (1 a 0) e pelo City Torque-URU (4 a 2), ambos pela Copa Sul-Americana, na qual acabou, inclusive, eliminado.

Mas como diria Chorão – falecido em 2013 –, ex- cantor e compositor da banda de rock brasileira Charlie Brown Jr., “que sejamos capazes de enxergar algo bom em cada momento ruim que nos acontece”. E a frase faz todo o sentido se olharmos o que ocorreu após o tropeço duplo do Esquadrão. Isso porque o time de Dado Cavalcanti deu a volta por cima e, logo em seguida, emplacou uma bela sequência, com cinco triunfos, dois empates e apenas uma derrota, com direito a classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil.

“Creio que as coisas vão fluir bem, vai dar tudo certo. Peço para a torcida tranquilidade com meus companheiros, que eles vão dar os resultados no momento certo”, previu o artilheiro Gilberto.

O jogo do possível restart tricolor, o do reencontro com os triunfos, será contra a Chapecoense, hoje, às 11 horas, na Arena Condá, pela nona rodada do Brasileirão. O Alviverde ainda não venceu, é o vice-lanterna, com apenas quatro pontos conquistados, e dono da pior defesa da competição, com 15 gols sofridos.

Mudanças

Com 11 pontos conquistados após oito rodadas do Brasileirão, a missão do comandante tricolor para recolocar o time nos trilhos não será das mais fáceis. O ataque vai bem, obrigado. Já são 15 bolas nas redes e, de quebra, Gilberto é o artilheiro da Série A, com seis gols marcados. Porém, quando o assunto é a defesa, a Nação Tricolor coloca as mãos na cabeça na mesma hora. E não é para menos. O Esquadrão tem sido uma peneira nos últimos jogos.

Ainda sem contar com o argentino Germán Conti, que se recupera de estiramento na coxa, Dado tem um problemão para montar a dupla de zaga. O único garantido como titular é Juninho. O companheiro do defensor é o que mais preocupa. Contra o América-MG, o escolhido foi o experiente Lucas Fonseca, reeditando uma das duplas que mais deram errado na Série de 2020, e o resultado não poderia ter sido diferente: quatro gols sofridos. A outra opção é Luiz Otávio, que começou bem, mas falhou nas últimas chances que teve. Por fora, corre o recém-chegado Ligger, que, assim como Juninho, é canhoto e, além disso, está sem ritmo de jogo.

Outro problema que Dado precisa resolver é no meio de campo, criticado pela falta de combatividade no último duelo. O treinador alegou cansaço e não descartou mudanças no setor. Recuperado de lesão, Matheus Galdezani está à disposição. Mas o cão de guarda Jonas também pode ganhar uma chance no time titular para dar mais força física e reforçar a proteção à zaga.

Dado também terá uma mudança forçada. Suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo, o atacante Rossi não poderá atuar. Óscar Ruiz e Maykon Douglas disputam a vaga, com clara vantagem para o segundo. Uma outra alteração pode acontecer por questões físicas. Rodriguinho e Gilberto sempre vêm sendo poupados em jogos alternados, sendo uma vez de cada. Com isso, Thonny Anderson pode pintar no time titular.