EC.BAHIA
Bahia vacila no fim, cede empate em casa ao Goiás e segue ameaçado
Por Daniel Dórea
Como explicar o que aconteceu na noite deste sábado, 6, na Fonte Nova? No confronto direto contra o rebaixamento, entre as duas piores defesas do Brasileirão, Bahia e Goiás empataram em 3 a 3. Esse é o fato puro, mas o complicado é tentar entender as razões que levaram a ele.
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O Tricolor começou a partida dormindo e parecia não ter chance nenhuma de vencer. Levou o gol, mas reagiu e virou. Sofreu o empate em nova falha de Anderson, porém, com um jogador a menos após a expulsão de Daniel, o Bahia se colocou de novo à frente – numa jogada com assistência de Anderson (!?) e gol de Alesson. Nos minutos finais, Fernandão, que já havia marcado um gol, aplicou cruelmente, e em dobro, a lei do ex.
Com o resultado, o Esquadrão saiu provisoriamente da zona de rebaixamento, no 16º lugar. Mas pode voltar à 17ª posição até o fim da rodada, se o Vasco não perder para o Fortaleza na quarta-feira, 10.
Intertitulo
O início de jogo do Bahia foi tão ruim, mas tão ruim, que parecia impossível não entregar os pontos. É... o time parecia mesmo destinado a retornar à Série B. Escalado de maneira estranha, com o centroavante Gabriel Novaes ao lado de Gilberto no ataque devido à ausência do armador Ramírez, o Tricolor se apresentava de maneira ridícula. Não tinha intensidade na marcação e, nervoso, não conseguia trocar mais que dois passes certos.
Dessa maneira, sofreu, merecidamente, o gol que o colocou atrás do placar. Com auxílio do árbitro de vídeo, Rafael Traci assinalou pênalti por toque na mão de Gregore. Aos 18 minutos, Fernandão foi para a cobrança, carimbou Anderson, mas o perseguido goleiro não se redimiu das falhas recentes. A bola tocou no travessão e sobrou para o mesmo Fernandão aplicar a lei do ex.
Era difícil acreditar numa reação do Bahia, porém, o Goiás ajudou. Recuou em demasia após o gol e o Esquadrão foi praticamente obrigado a atacar. Ocupou o campo ofensivo e logo chegou à igualdade em sua primeira investida mais aguda. Aos 25 minutos, Gregore cruzou, a zaga rebateu mal e Gilberto soltou o pé esquerdo, de primeira, para empatar. E a luz no fim do túnel voltou a aparecer.
E quase se apagou novamente aos 36 minutos, quando Shaylon deu lindo passe de trivela para Fernandão, numa jogada só de ex-tricolores. Dessa vez, Anderson se saiu bem ao bloquear o chute do grandalhão. Quanto à luz? Brilhou um pouco mais forte nos acréscimos. Aos 47, Gilberto acertou o lançamento para Gabriel Novaes, que justificou a escolha de Dado Cavalcanti ao cortar o zagueiro e virar o marcador.
Entretanto, era otimismo demais achar que a maré ia virar assim, de uma hora para outra. O cenário é de terror absoluto e a prova disso veio logo aos três minutos do segundo tempo, com Anderson aprontando das suas novamente. Após cruzamento de Índio, o goleiro sai de maneira atabalhoada da meta e Vinícius testou para a rede.
Impossível não desanimar. E foi o que o Bahia fez. Recolheu de vez as asinhas. Dado até tentou mudar, colocando Daniel e Alesson. Mas o efeito foi reverso ao esperado. Numa entrada de sola totalmente despropositada em Rafael Moura, Daniel acabou expulso aos 20 minutos e pareceu dar fim às chances tricolores.
Com um jogador a mais, o Goiás partiu para cima. Aos 27, Miguel Figueira errou por pouco um chute de fora. Dentro da área, aos 28, Ariel Cabral tirou tinta da trave. Era questão de tempo o gol da virada goiana... Era mesmo? Pois foi aí que o inexplicável, tão presente no futebol, resolveu dar as caras.
Aos 33 minutos, Anderson, o execrado, mandou uma bicuda para frente. E ela serviu de assistência para o pouco estimado Alesson, que ficou frente a frente com o goleiro. Ele o driblou e tocou para o gol vazio. Incrível! A maré virou, ao menos por enquanto é bom lembrar: o sofrimento continua.
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