SALVO, POR ENQUANTO
Com empate do Goiás, Bahia segue fora da Z-4, mas crise está instalada
"“Não estamos sabendo lidar com a responsabilidade", disse o zagueiro Kanu
Por Da Redação

Mais uma semana a salvo. Com o resultado de ontem, em Goiânia – o concorrente direto Goiás ficou no 0 a 0 com o Atlético-MG – o Bahia se garantiu fora da zona de rebaixamento até o início da próxima rodada do Brasileiro. Mas o Esquadrão segue firma na portaria.
Com 13 pontos em 15 jogos, o Tricolor é o 16º colocado, apenas uma posição acima do grupo dos quatro últimos. O Z-4 tem justamente o Esmeraldino do Planalto Central no posto mais próximo da salvação, em 17º, com um ponto a menos. Se tivessem vencido, os goianos iriam a 14 e teriam tomado a 16ª colocação.
O risco, entretanto, segue bem alto para o Bahia, que pode terminar a 16ª rodada até na 18ª posição. Para isso, teria de perder para o Corinthians, sábado que vem, na Fonte Nova, e amargar as vitórias de Goiás (domingo, em Minas, contra o Cruzeiro) e Coritiba (segunda-feira, em casa, frente ao Fluminense).
A verdade é que, mesmo com o pequeno alívio de não ter adentrado o Z-4, a situação do Bahia é alarmante, com muita pressão e críticas da torcida ao trabalho do técnico Renato Paiva, da cúpula do Grupo City – representada principalmente pelo diretor de futebol Cadu Santoro – e dos jogadores. Todos são atingidos enormemente pela sequência recente de 14 partidas com apenas um triunfo.
E a crise é comprovada também pelas declarações mais ‘quentes’ que o normal após a derrota do último domingo, por 2 a 0, para o Athletico-PR. “Compreensível o que o torcedor está passando neste momento. Uma atuação lamentável, que não é digna da camisa que a gente veste. É preciso uma mudança muito grande, de nós, jogadores, para que as coisas mudem. O treinador está se empenhando, o clube dá todas as condições, e nós não estamos sabendo lidar com a responsabilidade. Se tiver que sair na porrada lá dentro, vamos sair”, afirmou o zagueiro e capitão Kanu.
Do seu lado, o técnico Renato Paiva, alvo principal da ira do torcedor, tratou-se de se defender, sem medir palavras que possam atingir elenco e diretoria. “São sete meses de trabalho, um mês de pré-temporada com quatro reforços. Com reforços a chegar, um elenco novo. Não faço milagres. As pessoas querem tudo para ontem e não entendem que seis, sete meses é pouco tempo. Para um elenco com 20 jogadores novos não é muito tempo, e não temos tempo para treinar. É a realidade, mas sendo a realidade, não faz de nós milagreiros”, disparou, antes de falar sobre possíveis reforços: “Há posições que temos que reforçar. Estamos trabalhando nessa procura de jogadores. Não é tão fácil encontrar jogadores nessa época. Dentro das opções que estamos analisando, acho que essa semana chegará algum jogador. Mas minha parte é o treino. Espero que Cadu e a equipe de análise façam o melhor para reforçar o grupo”, falou.
Problema à vista
Para piorar a situação, o Bahia sofre com algumas perdas por lesão. E o atacante Kayky pode virar mais um problema. Com uma entorse no joelho, ele saiu chorando de campo no domingo, na Arena da Baixada, e está sendo avaliado. O atleta vai passar por exames e uma lesão mais grave não está descartada.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes