NOVO COMANDO!
Ferretti fala de "primeiras ações" como presidente e teme rebaixamento
Presidente do Bahia conversou exclusivamente com a reportagem do Portal MASSA!
Eleito presidente da associação do Bahia no último sábado, 2, Emerson Ferretti conversou com a reportagem do Portal MASSA! nesta manhã de terça-feira, 5 e comentou sobre seus primeiros passos com o 'retorno' ao Esquadrão, dessa vez fora de campo. Emerson é ídolo pelo que construiu como atleta, sendo considerado um dos principais goleiros que vestiu a camisa tricolor.
O agora presidente ressaltou que ainda inicia o processo de "transição", ou seja, a passagem de bastão de Guilherme Bellintani para ele. Ferretti afirma que este início de trajetória terá o primeiro planejamento de ações no cargo, com o que ele chamou de "processo de estruturação" para dar sua cara ao clube.
"A primeira coisa a ser feita é iniciar o processo de transição. Já iniciar o planejamento estratégico, justamente para balizar as primeiras ações. Primeiro é o processo de estruturação. Tomar posse, fazer a transição, montar a equipe de trabalho e fazer o planejamento estratégico", detalhou o presidente.
Ações sociais e Fundação Esquadrão
Emerson destacou a necessidade de seguir dando continuidade nas ações sociais desenvolvidas pelo Bahia nos últimos anos. Ele afirma que irá criar a 'Fundação Esquadrão', projeto inspirado na 'Fundação Barça', do Barcelona, uma entidade criada em 1994 para ajudar comunidades vulneráveis infantis e adultas.
Com a mesma proposta do clube espanhol, o presidente quer utilizar o esporte para ser uma "ferramenta de transformação social". No entanto, além do esporte, ele ainda quer trazer "outras frentes" para o projeto.
"A criação da Fundação Esquadrão tem como inspiração a Fundação Barça, que é uma referência. A ideia é potencializar o trabalho social do grupo, que já existe através do Núcleo de Ações Afirmativas. É potencializar o trabalho social para cuidar. O objetivo é cuidar do nosso povo, da nossa torcida, do nosso sócio, cuidar da nossa gente, cuidar dos jovens, das crianças, com projetos que tragam principalmente o esporte como uma ferramenta de transformação social, mas também usando outras coisas como a música e a educação formal. Outras frentes também para que a gente possa, como eu falei, cuidar do nosso povo, cuidar da nossa gente", explicou.
Relação com o Grupo City
Com anos de experiência no esporte, Emerson destacou a necessidade de "estar junto" do Grupo City nos próximos anos de seu mandato. Apesar da venda de 90% das ações do futebol do Esquadrão, a associação segue com 10% e promete tratar o campo como "obrigação" e "patrimônio".
"Eu entendo como uma necessidade, uma obrigação do clube, quando é dono, como dono ele precisa cuidar do seu patrimônio, 10% é o patrimônio do Bahia. Então ele precisa cuidar do seu patrimônio. E é uma necessidade estar junto, usar a nossa experiência dentro do futebol, do esporte, e para poder ajudar o Grupo City a se envolver. O objeto de amor dos torcedores é o futebol, que é o objeto do Bahia SAF, então nós temos a necessidade e obrigação de estar junto para ajudar no que puder. Desenvolver o futebol do clube e principalmente representar o torcedor junto ao Bahia SAF, o clube, o presidente, é a voz e o sentimento dos torcedores", garante Emerson.
Possível rebaixamento
Perguntado sobre a situação do Bahia no Campeonato Brasileiro, Emerson Ferretti foi sincero ao dizer que o Tricolor tem "grandes chances de cair". Pressionado por estar na zona de rebaixamento e precisando torcer contra os concorrentes, o time terá o desafio de manter a parte mental ajustada, segundo o presidente.
Apesar de reconhecer que o tempo de trabalho de Rogério Ceni será curto até quarta-feira, 6, dia da partida contra o Atlético-MG, Ferretti ainda acredita na permanência do Esquadrão na Série A. Ele afirma que agora é o momento de ser "certeiro" na última cartada da equipe na temporada.
"A situação é bem delicada. O Bahia tem grandes chances de cair. É uma situação que o próprio Bahia se colocou porque não conseguiu resultados que o colocassem numa situação diferente. Logicamente, quando os resultados não chegam, alguma coisa acontece internamente e o que me preocupa é justamente a questão da confiança e da segurança dos atletas. A gente torce muito para que o Rogério [Ceni], nesse pouco tempo de domingo para quarta, consiga trabalhar essa confiança dos atletas, porque eles precisam entrar em campo bastante fortes emocionalmente e psicologicamente. Ainda há solução, ainda há vida, ainda há um tiro a ser dado, mas precisa ser certeiro", acredita Emerson.
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