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23/01/2021 às 6:04 - há XX semanas | Autor: Alex Torres

ESPORTES

Ídolos do passado da dupla Ba-Vi acreditam na salvação do rebaixamento

A última vez em que os dois times foram rebaixados no mesmo ano aconteceu no Brasileirão de 2014 | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia e Letícia Martins | EC Vitória
A última vez em que os dois times foram rebaixados no mesmo ano aconteceu no Brasileirão de 2014 | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia e Letícia Martins | EC Vitória -

A temporada de 2020 não foi das melhores para a dupla Ba-Vi. Após viverem contextos bastantes distintos nos anos anteriores, os clubes baianos terminaram se alinhando com um único e indigesto objetivo nas últimas rodadas do atual Campeonato Brasileiro: escapar de uma possível queda de divisão. Atualmente, os times se encontram próximos à zona de rebaixamento, ocupando a 15ª (Bahia) 16ª (Vitória) posições das Séries A e B, respectivamente.

>>Veja tabela de classificação e jogos da Série A

>>Veja tabela de classificação e jogos da Série B

E, para falar do atual momento das equipes, os ex-jogadores de ambos os clubes e que escreveram seus nomes no futebol baiano, Emerson Ferretti (goleiro) e João Marcelo (zagueiro), concederam entrevista ao Portal A TARDE. Entre os principais fatores mencionados na tentativa de encontrar uma razão para os insucessos das equipes, estiveram as constantes trocas de treinadores ao longo da temporada e, muitas vezes, apostando em alternativas consideradas equivocadas.

"No caso do Bahia, acredito que nenhum dos treinadores que passaram pelo clube conseguiram extrair todo o potencial que o elenco tem. Eles não conseguiram implementar um esquema tático que pudesse fazer com que o time jogasse, então ficou aquém do que pode produzir. No Vitória, lógico que as várias trocas de treinador com pouco tempo de trabalho afetaram bastante, porque termina não dando um padrão ao time. Além disso, também existe uma questão de limitação técnica do elenco somado à difícil situação financeira que afeta o dia-a-dia do trabalho, sem dúvida nenhuma", analisou o ex-goleiro.

Imagem ilustrativa da imagem Ídolos do passado da dupla Ba-Vi acreditam na salvação do rebaixamento
| Foto: Reprodução
Ex-goleiro Emerson Ferretti foi bicampeão da Copa do Nordeste com o Bahia, além de campão estadual pela dupla Ba-Vi | Foto: Reprodução

Ao todo, Bahia e Vitória tiveram nove treinadores ao longo da atual temporada, sendo cinco no Rubro-Negro e quatro no Tricolor. Após conseguir livrar o time do rebaixamento em 2019, o Leão optou pela permanência de Geninho que, posteriormente, viria a ser substituído pelo seu auxiliar Bruno Pivetti. Sem conseguir implementar seu estilo de jogo, o comandante foi substituído por Eduardo Barroca, que depois saiu do clube e foi treinar o Botafogo. No final, a solução encontrada foi a efetivação do técnico Rodrigo Chagas, que treinou o time sub-20 e havia tido bom desempenho enquanto interino.

Já no caso do Bahia, após a saída de Roger Machado, a solução encontrada foi Mano Menezes, que chegou prometendo resolver o problema no sistema defensivo do Esquadrão. Com um rendimento abaixo do esperado, o treinador foi desligado e o interino Cláudio Prates assumiu até a efetivação de Dado Cavalcanti, que havia treinado o sub-23 durante o Baianão e estava exercendo a função de coordenador das divisões de base.

Presente nos dois melhores momentos dos times em sua história — o título do Brasileirão no Bahia em 1988 e o campanha de segundo lugar do Vitória no Brasileirão de 1993 — o ex-zagueiro João Marcelo também tratou das mudanças de comando. Além disso, ele se aprofundou ainda mais e fez algumas críticas relacionadas a gestão dos clubes, mas, principalmente, à atual do Bahia presidida por Guilherme Bellintani que, na opinião dele, cometeu uma série de equívocos de planejamento.

"Entre os fatores para que os times estejam nessa posição na tabela, situação que já vem há alguns anos, são as administrações de futebol, gestores incompetentes que dirigiram os clubes... Tem a parte financeira também, lógico que sabemos que houve a pandemia, mas não é somente isso. Houveram investimentos errados que foram feitos, como é o caso de Fernandão e Elias no Bahia. Para fechar, a troca de treinadores. Roger ficou um ano e não conseguiu dar uma cara para o time. Depois veio Mano, Claudinho (Prates) e agora Dado. Então isso mostra uma falta de experiência muito grande da parte de futebol. Então essas coisas foram responsáveis por esse momento do Bahia [...] No Vitória também houve muitas trocas de treinadores. O presidente apostou muito em Pivetti e sem experiência, sem ter dirigido nenhum time. Ele não fez o time do Vitória jogar. A gente vê que nem Bahia e nem Vitória possuem um padrão de jogo depois de ter passado por todos esses treinadores", disse João Marcelo.

Rebaixamentos conjuntos

Nos últimos 20 anos, houve dois momentos marcantes em que Bahia e Vitória foram rebaixados juntos ao final de um Campeonato Brasileiro. Possivelmente, a mais impactantes delas aconteceu em 2005, no qual os times terminaram nas últimas seis posições do Brasileirão da Série B e amargaram, pela primeira vez na história, a terceira divisão da competição nacional.

Em um passado não muito distante, a dupla Ba-Vi ainda experimentaria novamente a sensação de serem rebaixados de mãos dadas em 2014. No entanto, dessa vez, o descenso ocorreu pela elite do futebol nacional e os times baianos tiveram que disputar a Segundona no ano seguinte. Curiosamente, em ambas as ocasiões, 2005 e 2014, o Leão terminaria conseguindo o acesso no ano seguinte, enquanto o Esquadrão amargaria mais um ano na respectiva divisão.

Agora, a situação é um pouco diferente, uma vez que Bahia e Vitória se encontram em divisões distintas. Em caso de rebaixamento de ambas equipes, o momento seria ruim não somente pelo fato de não possuir um time baiano na Série A do Brasileirão, mas também por estarem em certames distintos, não havendo uma disputa entre as duas maiores forças do estado, algo que poderia impactar o futebol local em nível de relevância.

"Se os dois times caírem, o futebol baiano perde como um todo em aspecto de relevância e também financeiramente. Os dois terão seus trabalhos de recuperação comprometidos, não somente na parte técnica. Ter as nossas duas grandes referências em um momento ruim, acaba afetando os times de uma forma geral. O nosso futebol termina ficando menos atrativo para investidores e patrocinadores, então termina sendo um ciclo vicioso negativamente", pontuou Ferretti.

Dá para escapar

Para João Marcelo, Bahia e Vitória possuem boas chances de permanência. No entanto, ele afirma que precisa haver uma blindagem no elenco de forma que fatores externos não venham a comprometer o trabalho que está sendo feito internamente. Além disso, o ex-zagueiro ainda foi categórico em dizer que ambos os presidentes "falam demais" e que deveriam se resguardar um pouco, principalmente nessa reta final, para que isso não acabe se voltando contra os dois times.

Imagem ilustrativa da imagem Ídolos do passado da dupla Ba-Vi acreditam na salvação do rebaixamento
| Foto: Reprodução
Ex-zagueiro João Marcelo foi campeão brasileiro com o Bahia em 1988 e participou da campanha do vice-campeonato do Vitória no Brasileirão de 1993 | Foto: Reprodução

"Acho que nesse momento precisa dar tranquilidade para os atletas. Fazer com que eles esqueçam os problemas externos. A última rodada vai ser algo bem acirrado. Torço para o futebol da Bahia e acho que não vou nem assistir a última rodada [...] Enquanto acreditar se os clubes vão ficar ou se vão cair, eu sempre acredito. A pessoa que é do esporte, ela sempre acredita que vai ter condições de sair dessa. Acredito muito e estou rezando para que tanto o Bahia quanto o Vitória não caiam. Acho que o problema dos dois presidentes é que falam demais, tem muita entrevista, deveria se resguardar mais. Eu já vi o Bahia na segunda, já vi na terceira; já vi o Vitória também, então, não gostaria de ver não porque é doloroso para nós daqui do Nordeste", garantiu o ex-defensor.

Emerson afirmou ainda que, após o fechamento da última rodada das Séries A e B, os clubes dependem apenas deles mesmos para tentar fugir da degola. Por coincidência, ambos os times findaram seus jejuns sem vencer nas competições e conseguiram sair do Z-4.

"Os dois times dependem apenas de si mesmo. Quando você depende de outros resultados, termina ficando mais complicado. Então eles ainda estão nessa situação (de depender de si mesmo). O Bahia tem jogos a mais, então tem mais tempo de recuperação. Em contrapartida, o Vitória tem somente dois jogos e não dispõe desse mesmo tempo. Eu acredito que eles podem escapar. No futebol pode acontecer de tudo e a mobilização nos clubes para saírem dessa situação parece ser bem grande", concluiu Ferretti.

O que dizem as estatísticas?

Com a penúltima rodada em andamento na Série B, as chances de rebaixamento do Vitória tem caído consideravelmente desde o triunfo contra o Guarani no meio de semana. Após novo revés do Figueirense, adversário direto do Rubro-Negro pela permanência, o objetivo agora se tornou apenas de um ponto, ou seja, basta empatar contra o Botafogo-SP, no Barradão, para garantir a permanência na Segundona de 2021.

De acordo com dados levantados pelo Infobola, a atual probabilidade do Leão de ser rebaixado para a terceira divisão pela segunda vez em sua história se reduz a apenas 6%. Isso porque, Figueirense (91%) e Paraná (98%) precisariam ganhar todos os seus jogos restantes e torcer para o time baiano ser derrotado nos dois próximos confrontos, contra Botafogo-SP e Brasil de Pelotas.

Na elite do futebol nacional, a situação do Bahia é um pouco menos confortável quando comparado ao seu rival, apesar de ainda possuir boas chances de permanência. Atualmente na 15ª posição da tabela, restando oito jogos para o fim do campeonato, contando com o jogo adiado contra o Corinthians, o Bahia pega três confrontos diretos até o fim do certame — Sport, Vasco da Gama e Fortaleza.

Segundo o mesmo Infobola, a possibilidade de permanência do Esquadrão na Série A é de 24%. Adversários diretos na luta contra a última vaga do descenso, Vasco (17º ) e Sport (16º), com os mesmos 32 pontos, possuem 31% e 36%, respectivamente. Logo acima do Tricolor baiano na tabela está o Fortaleza, com 35 pontos e 17% de chance de queda.

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