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Itabuna e Bahia de Feira são rebaixados no Baianão

Dragão foi derrotado pelo Vitória, enquanto o Tremendão venceu Cancão, mas não conseguiu escapar do descenso

Publicado domingo, 03 de março de 2024 às 18:15 h | Atualizado em 03/03/2024, 18:36 | Autor: Beatriz Amorim
Itabuna x Vitória, pela 9ª rodada do Baianão
Itabuna x Vitória, pela 9ª rodada do Baianão -

Com o encerramento da primeira fase, o Campeonato Baiano conheceu os rebaixados da temporada de 2024. Sem conseguir ultrapassar a casa dos 8 pontos, Bahia de Feira e Itabuna não fazem mais parte da elite do futebol estadual. Na última rodada, o Tremendão até venceu a Juazeirense, mas viu o Atlético Alagoinhas marcar no final e garantir a permanência na elite.  Do outro lado, dentro de casa, o Dragão perdeu para o Vitória por 2x0 e não jogará a Série A do Baianão em 2025. 

De semifinalista à rebaixado, os torcedores do Itabuna estão encarando uma realidade muito diferente da temporada passada, quando avançaram da primeira fase e terminaram o Baianão na 4ª colocação. Nesta edição, o Dragão somou apenas seis pontos em nove jogos disputados, com quatro cinco derrotas, três empates e apenas uma vitória, três ponto a menos que o Jacuipense, 8ª colocado.

Na última rodada da competição, o Itabuna enfrentou o Vitória dentro de casa e foi derrotado por 2 a 0, com gols do lateral PK, ainda no primeiro tempo, e Alerrandro, de dentro da área, na segunda etapa. 

Com 8 pontos somados, o Bahia de Feira conquistou duas vitórias no decorrer da competição, além de cinco derrotas e dois empates, finalizando a temporada na 9ª colocação. Contra a Juazeirense, na última chance para se manter na elite, a equipe de Feira de Santana venceu por 5 a 1. Entretanto, quando tudo parecia decidido, o Atlético Alagoinhas marcou no finalzinho diante do Barcelona de Ilhéus e ultrapassou o Tremendão.

Mudanças por vir? O que ocasionou o descenso?

Em meio a diversas hipóteses do que, de fato, aconteceu com as duas equipes para serem rebaixadas da elite do futebol estadual, além do futebol apresentado, Itabuna e Bahia de Feira possuem um fator em comum: o conflito da direção interna.

O Dragão, que na temporada passada foi semifinalista, caminhava a passos largos para a venda da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) enquanto conseguia ótimos feitos, entre eles o título da Série B do Baianão em 2022. Entretanto, neste ano, o grupo de investidores deixou o clube após desavenças com a atual gestão.

Em 2023, em conversa exclusiva com o Portal A TARDE, Leonardo Amoedo, investidor responsável pela SAF, opinou sobre o manuseio deste tipo de investimento, que segundo ele, "a gestão e a governança precisam estar sempre acima da política".

“As pessoas discutem muito cifras com a SAF. Eu falo que a gestão e a governança precisam estar sempre acima da política. Nas primeiras derrotas, queriam que demitíssemos o treinador. Pessoal não entende que o Sérgio Araújo participa de um projeto grande. A gente sabe o que quer e, principalmente, o que a gente não quer para o Itabuna" disse Amoedo.

Portanto, coincidência ou não, após a saída dos investidores, o Itabuna retorna à segunda divisão do Campeonato Baiano em 2025. Porém, ainda neste ano, pela vaga na semifinal de 2023, a equipe do sul disputa a Série D do Brasileirão, garantindo um calendário de jogos para além do estadual.

O Bahia de Feira, por sua vez, vive uma realidade não muito distante e sofrerá com as saídas de Jodilton Souza, diretor Executivo, e Tiago Souza, atual presidente, que afirmam estar insatisfeitos com o alto investimento realizado e com o baixo retorno proporcionado na modalidade.

Desta forma, em conversas com o Portal A TARDE no início de fevereiro, os empresários garantiram que pretendem transformar o clube numa SAF e que irão divulgar publicamente quando o negócio for sacramentado.

Assim, com o negócio fechado, ambos devem deixar o Tremendão de lado e seguir com foco em outros negócios. Além disso, durante a conversa, Jodilton Souza afirmou que é muito difícil trabalhar com futebol baiano no interior.

"É muito difícil fazer futebol no interior da Bahia, receita baixa, custo alto, a gente implementando um mundo de dinheiro dentro e acho que chegou o momento da gente se afastar e buscar outras alternativas na vida da gente", disse o dirigente, que dá nome à Arena Cajueiro.

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