CAMPEONATO BAIANO
Jonilson Veloso tem longa história no comando do finalista Jacupa
Das três semifinais em que o Leão Grená esteve desde 2020, treinador só não esteve em 2022
O Jacuipense finaliza amanhã a disputa da decisão do Baiano pelo segundo ano consecutivo, e vem em clara ascensão no cenário estadual, em três das últimas quatro semifinais, e já chegou até a Série C. Um nome tem grande participação nesse projeto do Leão do Sisal e conhece muito bem a agremiação e todo o caminho percorrido para o estágio atual: o técnico Jonilson Veloso, na terceira passagem pela Jacupa.
O técnico, baiano de Salvador, chegou para a atual temporada, depois de ter trabalhado no clube de 2018 a 2021. O maior feito sob o seu comando foi o acesso à Série C, em 2019, mas também garantiu a manutenção na Terceira Divisão em 2020. Com um estilo discreto e tranquilo, o treinador de 47 anos chama a atenção até mesmo de personagens rodados, com passagens por grandes clubes do Brasil, como o ex-meia Danilo Rios, hoje diretor de futebol do clube.
“Jonilson é um grande treinador, com muito conhecimento, é um cara que estudou bastante e também vivenciou na prática. Foi jogador e é um cara que conhece muito de futebol. Ele é muito tranquilo, muito observador. Ele está de olho em tudo sempre, está vendo tudo o que acontece com o elenco, com os jogadores”, opina Danilo Rios.
Trajetória
Reconhecido como estudioso, Jonilson já fez estágios na Europa, com o treinador espanhol Pep Guardiola, no Bayern, e com o suíço Lucien Favre, no Nice, clubes defendidos pelo sobrinho famoso: o zagueiro também baiano Dante, ex-Seleção Brasileira.
A trajetória bem sucedida e a chegada à decisão do estadual são comemoradas por Jonilson também por quebrarem alguns preconceitos infundados que prejudicam carreiras de muitos profissionais.
“É bom porque a gente mostra a nossa competência. Um treinador baiano, daqui da terra, um treinador negro mostrando a competência para estar no mercado do futebol”, disse o comandante, em entrevista coletiva.
Danilo Rios vive o segundo tipo de relação de trabalho com o treinador. De comandado, na época de jogador, a chefe, agora como diretor, o ex-meio campista, revelado pelo Bahia e com passagem pelo Vitória, o enaltece, a partir dos dois pontos de vista.
“Ele me ajudou muito, quando eu ainda era jogador. Sempre confiou muito em mim, sempre passou essa confiança, mesmo nos momentos difíceis. Quando, às vezes, jogava mal, ele sempre passou que confiava bastante em mim”, conta Danilo.
“De fora, conversando muito mais com ele, estou podendo ver o quanto ele trabalha e se dedica ao clube. Vestiu a camisa do Jacuipense desde o início”, enaltece Rios.
A visão de Danilo Rios é corroborada por outro ex-jogador bem rodado: o ex-atacante Dinei, ídolo do Vitória, que jogou no clube e foi comandado por Jonilson de 2020 a 2021.
“Falar sobre Jonilson é fácil. É um cara tranquilo, de grupo. Uma pessoa muito família, que abraça o time. E o staff do Jacuipense também ajuda bastante”, diz o ex-centroavante.
“Esse sucesso já vem de antes. Foi o cara que levou o clube da Série D para a C. Joguei com ele na Série C, na campanha em que conseguimos evitar a queda. Estou na torcida por eles, para que façam história”, diz Dinei.
No ano passado, durante a campanha que levou à primeira final estadual, Jonilson não estava no clube, comandado à época por Rodrigo Chagas, mas as digitais dele certamente ainda estavam presentes, depois de tantas contribuições durante o projeto.
O próximo desafio de Jonilson é a decisão do Baiano, amanhã, contra o Bahia. O adversário conseguiu o empate no jogo de ida e vai para a decisão em uma Fonte Nova lotada. Mesmo que seja negativo, o resultado da final não muda o significado das grandes realizações do treinador na condução da Jacupa. Se vencer, entra, de uma vez, para a história do futebol baiano.
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