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ESPORTE

Lenda do Tênis baiano, Pedro Silva tenta tri de torneio internacional

Pedro Silva pode ser considerado o maior tenista baiano da história

Por Celso Lopez

11/09/2022 - 7:00 h
Eu treinava bastante, mas a minha prioridade sempre foi ser professor, diz tenista
Eu treinava bastante, mas a minha prioridade sempre foi ser professor, diz tenista -

Atletas de sete países vão se reunir dos dias 12 a 17 de setembro, no Costa Verde Tennis Clube, em Salvador, para disputar o Torneio Internacional Seniors. Com abrangência de tenistas entre 30 e 90 anos de idade, o baiano Pedro Silva estará, mais uma vez, dentro das quadras para fazer o que mais ama. Já aos 74 anos, a lenda conhecida como maior tenista baiano de todos os tempos construiu seu legado através de seus alunos e feitos. Na segunda-feira, 12, ele estreará contra Gilvan Feitosa a partir das 9h e tentará o terceiro título consecutivo na Bahia.

Até onde se pode chegar pelos outros? Se fosse Pedro Silva a responder essa pergunta, ele teria direito de entoar “ao topo”. Na ponta da raquete para todos os cantos do Brasil, o destaque nas quadras ficou visível, mas é provavelmente fora delas que o tenista mais marcou as pessoas ao seu redor. Diz-se que há características que só os outros podem falar sobre você, independentemente disso ser verdade ou não, é impossível não admirar aquele que foi um dos pioneiros em popularizar o esporte na Bahia.

“Pedro Silva é uma unanimidade não somente por sua humildade, seu caráter, como por seu talento. Se ele tivesse atuado nos grandes centros de tênis do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná ou Brasília, ele teria hoje uma importância muito maior do que a que tem, e olha que ele tem muita importância, porque pode ser considerado o maior tenista que a Bahia já teve em todos os tempos”, afirmou Jolivaldo Freitas, jornalista e atleta amador de tênis.

Sobre histórias, o jornalista ainda comentou um caso cômico. “Em um dos campeonatos brasileiros que houve aqui na Bahia, um oponente dele chegou na Associação Atlética e foi avisado de que o adversário era Pedro Silva e o cara disse: ‘É aquele baixinho que vai ganhar de mim? Que nada’. O cara tinha quase dois metros de altura, tinha um saque impecável, mas sem humildade nenhuma [risos]. Chamaram Pedro Silva para a quadra e ele não sabia dessa história, porque não contei. Pedro deu 6/1 e 6/0 nesse cara e, se eu não me engano, foi 1h10 de jogo, coisa rápida. Na saída, perguntei o que aconteceu ao cara, e ele respondeu ‘Esse rapaz deve ter feito alguma coisa, algum feitiço que paralisou minha perna’ [risos]”, relembrou.

O acaso e o talento

Para chegar aqui, até parece que foi consequência de um longo plano de vida. O que é difícil de imaginar é que tudo ocorreu ao acaso. Nascido em Serrinha e criado em Riachão do Jacuípe, Pedro Silva teve o primeiro contato com o esporte após ser trazido pelo cunhado para o Bahiano de Tênis, onde começou a ser boleiro.

“O tênis entrou na minha vida assim, por acaso. [...] Então, eu não tinha essa intenção de ser jogador. Naquela época o boleiro não tinha muita vez para jogar. Daí comecei a me interessar pelo esporte, brincar com raquetinha de madeira no fundo da quadra. Quando você vai melhorando, o professor sempre lhe dá uma chance de trocar uma bolinha com ele, e assim aconteceu”, contou Pedro Silva.

Apesar do fator aleatório que mudaria o resto de sua vida, uma chance foi o suficiente para o professor Freitas saber que o menino de Riachão do Jacuípe tinha muito potencial. No vislumbre de uma vida melhor, o jogador ainda se profissionalizou como professor antes mesmo de ser um atleta, e isso transformou-se em motivação para ser cada vez melhor.

“Eu treinava bastante naquela época. Nas décadas de 70, 80, treinava muito. Eu representava a Associação Atlética da Bahia e dava aulas para muitos tenistas. Carregava para jogar os torneios. Aí eu me sentia na obrigação de estar bem preparado para poder conduzir esses meninos a um bom nível de tênis. Era por eles também. [...] A minha prioridade sempre foi ser professor, dar aula”, comentou.

Dos mais de mil alunos que já teve pelo Brasil, Patrícia Medrado foi uma das que mais se destacaram, muito por conta de seus ensinamentos. “Jogava com Pedro sempre depois da minha aula com Evaldo Silva. Como este foi o meu primeiro professor, era quem me passava as instruções e correções. Saía da quadra dele e ia jogar, tentando executar os aprendizados com Pedro, na quadra ao lado. Esses treinos foram de suma importância, já que ele era e é muito regular. Sempre respeitou meu nível técnico de forma que nossas trocas me ajudassem a treinar controle e tática de jogo”, contou Patrícia, que chegou a ser número 48 do ranking da WTA.

Com menos responsabilidades de ser o melhor por conta dos outros, Pedro aproveita a tranquilidade e lida com o tênis no seu próprio ritmo. “Hoje é tranquilo, a gente joga para se divertir [risos]. Para poder representar o seu estado. O cara vai fazer um campeonato no seu estado, por exemplo aqui no Costa Verde, e aí você que é um dos melhores jogadores daqui não participa, isso significa aposentadoria [risos], quando o cara não quer mais jogar. E eu gosto de jogar, apesar de já estar atuando nos 70, adoro jogar torneio”, ressaltou.

Para continuar com atuações em campeonatos ou dar aulas, a resposta bem humorada é a mesma. “Enquanto a idade deixar, eu tiver saúde para jogar, estou aí. Como diz aquela história, enquanto minhas pernas me aguentarem, eu estou aí”.

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